sábado, 14 de agosto de 2010

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fotos


Jantar de encerramento da equipe Brasileira comendo peixe no "Fehértói HalászCsárda"
Bassi, Moure, Sra Heinz, Blois, Cláudio Abreu, Heinz (nosso equipe alemão), eu

A vedete da classe 18M (clicar para ler mais detalhes)

Limpador de mosquitos do bordo de ataque elétrico

Jet !!! No HPH, muito barulho, pouca subida

O melhor sistema de guincho !!!!

Resultados do WGC2010

Fico devendo ainda reflexões sobre o campeonato, que foi o MÁXIMO !!! Uma experiência que me deu um ânimo danado de voar de planador.  Aliás espero logo o Campeonato Brasileiro de Planador que será no SW da Bahia, em Luiz Eduardo Magalhães no começo de Outubro, onde  espero voar bem mais do que na Hungria onde a meteorologia foi fraca, mas mesmo com a meteoro ruim os vôos foram super interessantes.

Resultados do Mundial aprovados pela FAI:
Sport: Gliding
Title: 31th FAI World Gliding Championship
Type : World
Date:  24.07 - 08.08.2010
Location: Szeged (Hungary)

Final Results :
Open Class - Overall
1st : Michael Sommer            GER
2nd : Steve Jones               GBR
3rd : Pierre de Broqueville     BEL

15M Class - Overall
1st: Stefano Ghiorzo    ITA
2nd: Leigh Wells        GBR
3rd: Thomas Gostner     ITA

18M Class - Overall
1st: Zbigniew Nieradka  POL
2nd: Uys Jonker         RSA
3rd: Karol Staryszak    POL


Colocações dos Brasileiros ai ai ai, todos lá no final... 

38 Egon Rehn Open (43 participantes)
43 Claudio Blois 15m (49 participantes)

36 Thomas Milko 18m (51 participantes)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Acabaram os voos...Fotos !!!

E o Diretor do Campeonato declarou finalizado, devido as chuvas que se aproximam de Szeged

Planador FOX acrobático

O 15m ousado da Polonia, com performance fantástica

Notem od detalhes do canopi, pinos da asa, o planador não tem longarina principal, o próprio revestimento é estrutural.  Peso total do planador de 15m com flaps é de apenas 182kg vazio vs. o ASG29 que pesa 280kg, vejam a diferença !

Torcia para pegar esse rebocador, super potente, mas não de certo (acima o Cmelak) rebocador monstro

Na curta final

Moure, eu e Bassi no grid, pronto para decolar



Maioria das fotos cortesia do Rodrigo (AR)

Prova do dia #7 After flight

Mais um dia fantástico nas planícies molhadas da Hungria.  Tivemos muita sorte de conseguir voar no campeonato, pois 1 mês antes, a Hungria estava inundada com as piores chuvas dos ultimos 100 anos, amplamente divulgado na imprensa mundial.  Mas voltando a prova do dia, a previsão era ruim, base entre 800 a 1200m, com muita umidade no ar, sombreamento em várias regiões, foto de satélite animadora para ir ao cinema.  Mas como ninguém entende o cinema em Húngaro... e faltava apenas 1 dia para terminar o campeonato, resolveram que iríamos tentar voar.  

O autor deste blog e o mapa do campeonato

Briefing como de costuma começou as 10:00 pontualmente, premiação dos vencedores de 2 dias atrás, cada um ganha uma garrafa de pinga húngara (tá bom, ela se chama „Pálinka”).  E o meteorologista que a cada terceira palavara falava o „As you can see” no seu macarrônico ingles, porém bem mais compreenssível que o meteorologista da primeira semana, que não dava para entender absolutamente nada.
Recebemos 2 provas,  ambas  de velocidade em circuito fechado.  Uma de 420km e outra de 380km, algo não batia com a meteorologia.  Logo depois do Briefing anunciaram a prova „C” que não diminuia muito a distância. Confusão geral, Grid montada, ½ hora depois veio a prova „D” esta com 289km também em circuito fechado, pois a organização precisava atender ao número mínimo de provas desta modalidade, requisito do regulamento da FAI.  O tempo já bastante encoberto 7/8 de cumulus , mais cirrus e outras nuvens bagaceiras mesmo.  Tive a honra de ter minha posição mudada no grid, para o outro lado da classe 18m, e com isso bati papo com outros pilotos.  E mais algumas fotos de outros planadores.

Fui brindado na decolagem com o pior rebocador de todos, aliás eu digo que é um acidente esperando para acontecer, o ultraleve Dynamic WT, com seu pequeno ROTAX, deve ser ótimo para decolar planadores mais leves em pista de asfalto.  No meu caso, estava com 600kg, carga alar de 57kg/m2 numa horrível pista de grama, onde um piloto inclusive quebrou o plexi (capô) de tanto bater a cabeça na decolagem.  Decolagem muito marginal, tive que manter 2 dentes de Flap positivo, pois a 90km/h o avião estava voando e eu saltando como um canguru na pista, saltando e voltando para o chão.  Uma vez em vôo não foi tão ruim assim o reboque, levamos 4:30minutos para chegar a 600m, o ultraleve tem uma aerodinâmica muito boa.
Grrrrrrrrrrrrrrrrr foi esse que me levou para cima ... depois colocarei o video da decolagem

O posicionamento para largada foi uma batalha constante para não ficar baixo, cheguei a ficar a menos de 400m, mas consegui subir novamente e larguei na incrível altura de 950m acima do solo, era a altura da base das nuvens.  Muitos planadores tentando vários caminhos, já que haviam nuvens, fui ficando baixo e a 500m proximo ao ponto de virada tive que ciscar para achar algo, depois de perder uns preciosos 5 minutos ciscando e subindo pouco, vi um planador numa térmica decente, e fui para 1150m com média de 2.4m/s, mas se calcular o tempo perdido para achar a dita cuja... Foi a altura mais alta do dia.  Mas como tive que ainda ir beliscar o ponto de virada, perdi o bando de planadores. 

Campeonato mundial de remo em Szeged

Estava virando modulo de sobrevivência pois o tempo estava cada vez mais encoberto, joguei ½ do lastro para ter carga alar de 48kg/m2, e continuei navegando para o proximo ponto desviando para o lado do sol, não via mais planadores.  Rodava térmica cada vez que achava algo ao redor de 1m/s, voando entre 600 e 800m, após o ponto de virada começou a ficar complicado pois tinha que entrar na sombra.  A 330m peguei uma boa térmica de 1m/s e consegui voltar para a baseque estava a 930m, parecia tão alto que comecei a comer o lanche da tarde a bordo do ASG29E.  Consegui contato rádio com a equipe Brasil, e o Bassi me informou baseado no SPOT (que eu levo a bordo e emite sinal a cada 10min de onde stou) e no Yellow Brick (sistema de rastreamento em tempo real que poucos pilotos levam) estava perto do bando da frente.  Um pouco depois vi vários planadores girando mais baixo, ou seja aos poucos consegui recuperar o tempo perdido no início do voo.  Quando cheguei no bando grande a 500m, vi uns 25 planadores girando 0,3m/s, nada muito animador e a tradicional bagunça na térmica fraca.  Subimos juntos todos, mas meio tenso com o excesso de planadores.   Resolvi sair em frente, e esse foi o grande erro que me custou um grande número de pon tos, pois em vez de esperar o bando de planadores sair para ir junto, fui um pouco a frente um pouco mais baixo.  Fui ficando baixo, e liguei o motor, vendo os outros planadores subirem numa térmica mais a direita.  Foi um voo super interessante, e esse pequeno erro me custou muitos pontos , fiz apenas 600 !!!  No final apenas 2 dos 50 planadores chegaram com média de 70km/h. 

Moure e Bassi mostrando o "kit de pouso fora para Sérvia", se o carro atolar ... Mas no final foi o trator que resolveu o atoleiro, será que irão levar de lembrança para o Brasil ?

Sede do nosso bunker !

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Prova do dia #7 para 18M

Tempo estranhooooooooooooooooo, prova de 430km, viajaram... alternativa 377km, também improvável... Acabaram de anunciar que virá alternativa "C", vamos passear pela Transilvânia (Romenia) espero que seja só voando, sem resgate automotivo.

Ahh acabou de chegar alternativa "C" para 300km, todas provas de velocidade.

Não consigo enviar imagens, net está lenta.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Poucas Noticias

Tempo estranho, passou uma frente, só voaram com a classe 15m, outras classes descanso mesmo, para resolver a vida por aqui um pouco.  Blois completou a prova em 29 lugar.

Nosso Mercedes achou um irmão bem parecido, do time Polonês

Equipe Polonesa !

Na festa internacional, o improviso de ultima hora, servimos bolo de sobremesa

Na festa internacional, mostramos o video do Nordeste, e servimos 4 tortas, cada time fez algo de comida, mas principalmente bebida !  Foi bem bacana, boa confraternização.  Agora dormir, amanhã voaremos provavelmente.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Instrumentos e Flarm

Interessante também são os instrumentos, não existe consenso cada equipe no final leva o equipamento vendido próximo de casa.  Os americanos e canadenses, além do Blois, com o Clear Nav, muito Zander também e LX8000, cujo fabricante tem um chalé no aeroclube que fica a 8km daqui (ponto de virada 099). Muitos pilotos bem treinados, isso é fácil de perceber, por outro lado muito acostumados a voar nos "paliteiros", que ainda me deixam um pouco tenso, mas bem menos que no início.   Irei fotografar alguns painéis se der tempo !

Flarm é consenso, quase todos tem, apesar de não ser obrigatório.  Ajudou muito nos dias com visibilidade reduzida quando voamos proximo a base em direção oposta, como o tempo está mais azul não faz tanta diferença.  Na térmica com 30 planadores até atrapalha um pouco, pois o alarme soa com bastante frequencia.  Mas creio ser um grande aumento na segurança, eu que era contra o uso de Flarm no Brasil, mudei de idéia totalmente.  E se fizermos uma compra em quantidade teremos um bom desconto, já conversando com o pessoal da LX, e como é instrumento aeronáutico é isento da maioria dos impostos.  

Tem o instrumento Butterfly que muitos estão usando (o Blois também tem) que é um display que mostra visualmente os outros planadores e ainda calcula a taxa de subida dos outros... aí o que acontece, um monte de gente coloca o Flarm no modulo "stealth" então por 5 minutos o Flarm não é detectado o que não é um grande problema de segurança, pois o Flarm ajuda mais quando estamos navegando, na térmica vale mesmo é olhar para fora.  
Já é possível usar um display que agrega informações do Flarm , Transponder e o futuro ADS-b, ou seja praticamente um TCAS (radar anti colisão) no pequeno painel de planador.  Para o Brasil essa pode ser uma interessante solução.  Ainda meio cara, o instrumento é fabricado pela Garrecht (Volokslogger) e outros também.  Fica assim:
- Flarm box
- TCA transponder box
- Visor LCD que pode ser Butterfly, LX, PDA, etc que consolida esses dados e temos na prática um Traffic Avoidance System bem melhor que os portáteis tipo ZAON.

Depois tem que pesquisar com calma, mas é o caminho anti colisão mesmo.

Hoje a noite palestra da OSTIV sobre segurança de vôo e novas idéias

Prova do dia #5 para 18M

Na prova #5 fiz o erro básico, impaciencia para largar, estava ficando tarde, 1415, estávamos rodando pequenos fiapos para subir.  E eu um pouco mais baixo, querendo sair logo para a prova de 3 horas, cometi o erro de sair 200-300m mais baixo que a base, isso custou lá na frente, pois muitos planadores me passaram mais alto.  Dia majoritariamente azul, (novamente), alguns setores mais difíceis que outros.   Voei sozinho parte do tempo, e fui parar a 350m na primeira hora do vôo.  Vi umas estufas de flores, proximo a uma pequena cidade, e pensei é aqui mesmo, aí ainda um cemitério, perfeito !! E não deu outra, comecei com 0,5m/s o que foi melhorando para 1,5m/s e uns 15 planadores entrando na térmica por baixo por cima, a zona total de sempre.   Então hoje mais disciplina no assunto.  No final da prova até que consegui voar sempre alto, recuperando um pouco da terrível média de velocidade, o vencedor da Nova Zelandia fez 102.9km/h eu fiz 89.8km/h , não foi um dia bom para mim.

Vale destacar a dupla polonesa que voa em equipe o tempo todo e bem disciplinada, mostram os melhores resultados no campeonato (classe 18m) e pela diferença de pontos tem todo o jeito de levar o caneco.  Aliás nenhum alemão, francês ou inglês dentro dos 10 primeiros colocados.  Uns falam que é a meteorologia que não está ajudando, realmente ela está bem diferente do pré mundial, onde o tempo foi muito bom  em 2009.

domingo, 1 de agosto de 2010

Prova do dia #4 para 18m

Várias histórias já rolando do tipo, o planador americano pousou num local muito molhado, deu cavalo de pau, mas não consegue tirar o planador em 4 do arado, precisa de um 4x4 porque está atolado.  O Blois parece que pousou num Arrozal... O Chefe da delegação alemã reclamando que para chegar no local do pouso fora, apenas 50km dentro da Sérvia, são mais de 200km, pois as pontes sobre o rio Tisza (ou Danubio ? ) são poucas apesar de constarem nos mapas.  Já falou que os pilotos vão chegar amanhã de manhã e talvez terão de declarar dia de descanso para a classe 15m..

Domingo, tivemos a visita do "Dodo" que até húngaro já sabe falar !

O voo foi bem enrolado, térmicas bem fracas, furando até a previsão meteorológica, voando entre 600 e 800m na maior parte do tempo.  No meio do vôo já tinha jogado fora toda água, grandes patotas voando junto.  Tivemos que aceitar térmicas de 1m/s e até menos.  Na pontuação se eu tivesse feito 2 quilometros a mais dos 272km voados em 5 horas... , teria pulado de 22 para 12 colocado !!! Foi um dia de muita paciência, onde bons pilotos foram ficando pelo caminho.

Antes da decolagem tudo era alegria 

Já o respeitável GRID da classe aberta foi um banho para os olhos, máquinas antigas, com idade média de 15-20 anos dominam , mas aos poucos entram os novos EB28-29s além do debutante ASH31Mi que não tem chance com tempo tão fraco, 21, contra 26 ou até mesmo os quase 30m do americano.

ASH31mi voado pelo polones Centka

Este tem quase 30m de asa é um ASW22 altamente modificado

EB28 voado pelo Argentino Joaquim Blanco e o copiloto Aimar Matanó



E o por do sol pela primeira vez em 3 dias foi sem chuva ou nuvens, e infelizmente com a maioria das carretas no resgate, seja na Hungria ou na Servia, aqui o 18m Jonkers JS (fabricado na África do Sul) com muito sucesso no campeonato também, veja a asa que interssante.

PARA QUE METEOROLOGISTA ? PROVA 4

Hoje foi sacanagem, todos sabiam que o tempo não seria grande coisa, fizeram provas em que TODOS pousaram fora, os que pousaram de volta em Szeged vieram com o motor auxiliar para casa.  O tempo está fraco, e umido, porque puxar tanto nas provas ? 

E era óbvio, mandaram a classe 15 (Blois) para Sérvia, na prova "C" a maioria pousou por lá.  Nossa classe (18m) mandaram para o oeste, onde choveu um monte ontem, prova de 360 km, pow foi um jogo de paciencia.. Voei quase 6h, media de 50 a 60km/h, nem olhei o voo ainda.  Paliteiros monstros, de 30-35 planadores, no meio do caminho.  Não conseguia fazer o voo sozinho, não rendia, então o jeito foi se resignar mesmo e ir tocando.  A  cada 20 min, via um planador ligando o motor ou pousando fora.  A 900m comecei a comer o lanche de tão alto que parecia estar.  Ao lado do Danubio, fiquei a 400m, o mais baixo, e ciscando... andei para trás 3km e peguei uma térmica super forte, 1,5m/s !!!!  Alcancei o grupo de 20 planadores rodando do outro lado do rio.

Resumindo foi um dia fraco, prova de distância, mantiveram a prova AST em vez de por a de área ?? @$%#$^%@#$ !!!!

O Danubio foi bonito, passamos ao lado da Usina Nuclear que o Egon entrou na área proibida no primeiro dia de treino :-) e levou a lambança.  Depois em cima de uma ex base militar, aeroporto de concreto, com mais de 15 linguas de concreto para estacionar caça, hangares, etc.   Um monte de gente na pista, aeromodelo, kart, etc.. o ponto de virada de Kalocsa.

Sairam para resgatar o Blois que pousou fora no 4 ou 5 dia seguido (ou seja todos os dias), mas hoje foi a classe toda no arado.  Parece que o terreno é meio fofo, tipo um arrozal.  O Bassi foi junto com o Moure auxiliar o resgate.  Vai ser longa a noite deles pois é bem para dentro da Sérvia, e eles são meio chatos por lá, mas com tanto planador pousado talvez irão causar menos dor de cabeça.

Bom esse foi o desabafo pós vôo, agora vou guardar o planador, pois meu equipe está a caminho da Sérvia.