domingo, 14 de agosto de 2011

THE END ANNECY 2011


Dia 05
Prego’s day, não teve jeito encoberto parte do dia, onde eu estava ninguém mantinha  mais que alguns minutos, depois ia para o pouso.  Já em Planfait, alguns conseguiram subir e fazer bons voos.  Mas a decolagem estava com vento meio lateral, não adequada para mim.

Não resisti, e fiz um segundo prego, pois estava realmente parecendo o ultimo dia de voo.

Os 2 pousos principais de Annecy


Dia 06
Visita cidades próximas, fui a La Clusaz, estação de esqui, fui falar com o pessoal de parapente, que me incentivaram a voar.  Só subir no teleférico e talz, me mostraram as montanhas no mapa.  Resolvi visitar o pouso, que é ridiculamente pequeno, e com uma placa gigante, das 12 as 18 pouso complicado devido a grande atividade termal, o dia estava encoberto, mas começava a sair o sol... Depois de visitar o pouso nem pensei em voar... Além de pequeno vendo do vale, misturado com vento da montanha, e não vi ninguém voando.

 Preso ao lado do pouso de La Clusaz

Essa grama mais clara é o pouso ...

Resumindo, valeu muito a pena ter ido a esta região, mesmo quem tem pouca experiência (como eu) pode se divertir muito voando.  O cenário é muito bacana, a região oferece muitas opções de turismo, bicicleta, montanhismo, caminhada, queijos maravilhosos, castelos enfim atrações para todos, e não apenas para os voadores.  Dá para fazer voos longos também, no único dia possível, voei em volta do lago, pois com minha restrição de pé torto não queria arriscar pousar em outro local, do que o oficial, como automóvel estacionado do lado.


O voo fantástico atravessando o lago de Annecy

Dia 04

Hoje estava todo preparado para voar, fui para a decolagem as 10:30 e alguns minutos depois veio a Navette, que por Eu$6 leva 8 voadores para o topo da montanha, digo topo porque quem vai de carro próprio tem que camelar uns 20minutos, pois a cancela só funciona para o serviço de transporte pago, e as operadoras de voo duplo (que são muitas).  Não há espaço para o grande publico, pois além das dezenas de voadores, existem varias centenas de turistas que sobem para passear a pé, de bicicleta.

Fiquei enrolando umas boas 2 horas, e aí as nuvens começaram a subir e vi que o pessoal de cross começou a se mexer, antes era tudo prego.  Bati papo com Espanhois e Argentinos, o que ajudou o tempo passar.  Aliás o argentino me ajudou na decolagem.



Vamos ao vôo, primeira inflada, gravata então sem problemas derrubei a vela, já tenho que me acostumar mais com isso, pois a Prymus não tinha isso não.  Na segunda tentativa o vento não ajudou, nem virei para correr.  E o coitado do Argentino fazia questão de me ajudar.  Na terceira pus na cabeça virei, caminhei e corri, e saí na melhor decolagem de todos (finalmente !!).

Engatei numa térmica na cara da rampa, e subindo subindo, logico que tinha mais uns 50 parapentes voando próximo, aqui não e nem precisa de urubu, os outros parapentes balizam se está subindo.  O único detalhe que tem gente do mundo todo, da Korea ao Brasil (euuuuuu J) e não dá para saber se o piloto voa razoável, eu que não gosto muito de voar no meio de muitas velas tive que me acostumar. 

Voo foi muito bacana, fui subindo para a parte do topo da montanha, 1900m do nível do mar e resolvi cuidadosamente começar uma pequena navegação.  Foi em direção Norte, beirando as montanhas, contra vento, mas com excelente sustentação.  Cheguei bem em cima da outra decolagem, subi novamente e fui em frente em direção da cidade, sempre bordejando o lago.  Térmicas de 1 a 3 m/s, parapente um pouco mais nervoso ainda estou sentindo isso, exige mais trabalho, mas não levei nenhum susto, só trabalhar um pouco mesmo.

Congelado após o voo !

Aqui tem que acreditar no vento mesmo, pois depois da segunda decolagem, não tem pouso, porque a montanha desce no lago, e tem casinhas e estrada, mas fiquei alto o tempo todo.  Novamente muitos parapentes por todo lado.

O frio que bateu forte, consegui passar dos 2000 do mar (aqui é +-400m) algumas vezes, mas não conseguia ficar alto por muito tempo, começava a bater os dentes.  Também, estou voando de shorts, com uma capa de chuva... A luva que comprei aqui, é ótima para o Brasil, mas meus dedos ficaram duros de frio.

Fui até a beira da cidade, alguns continuaram em frente, mas como estava sem resgate, com o trem de pouso meio ruim ainda, resolvi voltar, o que foi facílimo, pois era vento de cauda de 20km/h, virei um foguete voador :) .  Hesitei em atravessar o lago para voar do outro lado apesar de ver muitos parapentes, e fiquei brincando um pouco em cima da Talloire,  aliás vi uns 3 planadores voando, chegaram rápido, tiveram um pouco de dificuldade para subir e se foram, um DG300 passou embaixo de mim, bem pertinho :-) com a pintura laranja/branca na asa para se tornar mais visível.

Mas queria fazer algo a mais, etnão ganhei toda altura possível ,2100m, e fui para o Lac de Annecy.  Foi uma delícia, pois o ar estava calmo, soltei tudo, se tivesse a câmera na mão poderia ter batido várias fotos.  Do outro lado, novamente uma outra colina, cheguei com boa altura, e subindo na encosta novamente.  Mas o frio bateu de novo, e resolvi que o dia já tinha sido ótimo.

Pousei no oficial, 3h20 de vôo, meu segundo voo mais longo de parapente.  Se estivesse com roupa mais quente, poderia ter voado um pouco mais.







Dia de inflar o Mentor2


Dia 3

Acordei com chuva, mas depois o tempo foi limpando, mas não ficou super sensacional não.  De tanto esperar na escola, me falaram “a navette está completa” aí puto da vida, fui de carro para o pouso oficial em Dussard, peguei o caminho errado, atravessei várias montanhas lindas, e cheguei lá todo feliz.  Os furgões que sobem a cada 30min, resolveram não ir hoje, pois o tempo estava duvidoso, e tinha uns 10 na minha frente, que subiam aos poucos nas “sobras” dos voos duplos.  Foi até boa a fila, pois peguei dicas com um inglês, depois com um espanhol, de novos locais J e quando chegou minha vez, não quis subir, pois o tempos estava escurecendo, e os ingleses também não foram.


Resolvir... fazer o “gonflage” ou seja inflar o parapente, tinha umas 50 pessoas inflando, no imenso pouso de Dussard, com a boa brisa do Lago.  Fiquei 1 hora brincando com a vela, o que não tinha feito ainda, com medo de entortar novamente o pé.  Foi muito bom, pois descobri que a vela engravata um pouco, algo que nunca tinha acontecido com a anterior.  Também percebi ela um pouco mais ativa, logicamente, em voo percebi muito menos do que no treino solo.

Decolagem em Forclaz 

O interessante foi que tinha muita mas muita gente inflando, também com esse vento é uma delícia mesmo.  Tou atrás de uma super bota para ajudar a prender bem meu pé, da empresa Hanwag, mas tá difícil achar alguém que tenha o modelo Sky e o tamanho, escrevi para a fábrica, vamos ver !  

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

VOANDO EM ANNECY SEGUNDO DIA


Diário de Bordo, 02/08/2011

2do voo de Parapente em Annecy,
2do voo com o Mentor 2
2do voo com a Selette Suppair 



Após alugar um automóvel Spark, compacto da GM, fui para para a base temporária, que é o quartel general de 3-4 operações de parapente, no pouso chamado Perroit.  Batendo papo um pouco, já dava para ver que o dia estava estável, ou seja poucas térmicas, e o pessoal de voo duplo pensando se ia para decolagem de Planfait , mais próxima e mais baixa (960m) ou para Montmin 1260m.  Na estrada a van levando as 2 passageiras e nós , foi para a decolagem mais alta, mas lá o vento não estava muito bom, as vezes de cauda, outras de frente, mas tinha gente decolando.  O Pierre resolveu voltar para Planfait, pois achava que o vento seria mais constante.  

Falando sobre o Brasil, já esteve em vários locais voando, sendo que Valadares foi o que mais gostou, e japonesa (chamada de Seiko), venceu o ultimo mundial feminino na Turquia, ou seja fera mesmo, levou a outra passageira.  Chegando na área da decolagem, em menos de 10min os 2 foram embora, com seus passageiros.   Eu fiquei um bom tempo olhando, pois era decolagem nova para mim, com o vento rodando um pouco, mais fraco que o dia anterior.  O tempo todo tem gente decolando, parece um fluxo constante de gente indo voar.

Muitos turistas que praticamente ocupam todo estacionamento da decolagem, praticam o turismo aventura, com arborismo, e toda uma infraestrutura, o parapente é apenas mais uma atividade do topo desta montanha.   Aqui tem a cultura francesa de apreciar mais a natureza, e inventar muitas atividades, o que é ótimo pois traz infra estrutura e movimento para as decolagens.


Decolagem Planfait ao fundo, e no meio pessoal passando pendurado numa corda, muitas atividades para todos

Aliás, aqui na França a maioria das decolagens é cuidada pela municipalidade local, sendo que as empresas de voo duplo ajudam financeiramente a manter o local, além de pagar o fiscal de decolagem, que ajuda a todos, e manda tirar da frente se estiver enrolando muito.  Ninguém me pediu documento algum, em qualquer momento !!!  Já o pouso é mais complicado, o terreno é alugado, pois o m2 aqui é caro, mesmo no interior, dizem que dá confusão pousar fora dos locais “oficiais” , especialmente numa região com tanto parapente como Annecy.

Ao lado da decolagem, um monte de atividades para os turistas, cheio de gente !!!

Minha decolagem foi meio chata, pois estava com medo de correr, e o vento estava mais fraco, mas finalmente fui para o ar e de cara turbulência.  Novamente o voo  foi bem chacoalhado, com o vento do lago misturando-se com as térmicas de montanha.  Mais de 60 parapentes voando, apenas nesta decolagem, consegui brincar bastante.   Fiquei a maior parte do tempo na cara da rampa indo e vindo,  mas também dei um pulo até a montanha mais alta, Dents de Lanfon, mas não consegui subir muito não, apenas 2 parapentes conseguiram subir acima do pico da montanha, mas no meu horário a atividade térmica estava mais fraca.    Foi um voo com  lift / colina gerado pelo vento do Lac de Annecy, e umas bolhas aqui e ali.  E derrepente começo a ver que todos vão para o pouso, resolvi ir também afinal a prudência diz, faça como os locais.

Decolagem Planfait

O que já suspeitava estava rolando, com a entrada de cirrus matando de vez a pouca atividade térmica,  o vento aumentara.  Fui para cima do pouso, e no contra vento vi que estava parado no ar, estava a uns 500m do chão ainda, e o acelerador apesar de conectado, estava preso no velcro, mas felizmente não precisei mexer nele.  “Esqueci” as regras de tráfego locais, e fique fazendo o ziguezague em cima do início do pouso, realmente o vento estava forte e havia turbulência.  O pouso fica num local meio chatinho mesmo, eles chamam de técnico, pra mim a palavra é outra (...)  Desci praticamente parado, e vi um parapente aterrissado bem antes do pouso e da rodovia, um sinal forte.  Uma chacoalhada forte a 100m de altura exigiu uma pilotagem ativa, bastante barulho da vela, e eu corrigindo.  No final pousei a uns 10m depois da mosca, com pouquíssima velocidade em relação ao solo, o que foi ótimo para meu “trem de pouso meio avariado”.  Mas posso dizer que foi um dos pousos mais tensos que já fiz, mas dá para ver que os voos no Brasil me ajudaram bastante, para eles pode ser normal pousar com esse vendaval, para mim ainda não.

VOANDO EM ANNECY

Não deu para resistir...

Voei ontem manco e tudo mais, depois de muito hesitar resolvi subir para a rampa, e pensei se tiver uma boa brisa da para decolar.  Estava eu com um tênis tamanho 49,5 branco de um lado, e o outro normal...só assim para ficar confortável com uma tala de plástico que tenho de usar mais um pouco,

Decolagem de La Forclaz

Visual animallllll, fiquei mais de 2h observando o movimento, acho que mais de 100 parapentes decolaram, rampa com grama artificial, vento perfeito, mas o ar estava mexido o ar e confesso que estava meio receoso.
Trem de pouso ainda não 100% , vela nova, local novo, selete nova .... Não resisti aqui novamente.

Visual lindo 

Fiz o cheque das linhas e selete de forma bem criteriosa pois nem inflado (...) eu tinha o pp, e o fiscal da rampa que me falou que iria dar uma olhada sumiu... Na primeira inflada tinha uma "gravata", quando a ponta entra dentro dos fios, de tão novo que estava ainda a vela.  Uma pilota veio correndo e me ajudou a desembaraçar, e na segunda inflada decolei bem.

Pouso gigantesco em Dussard

Decolei tipo 1730 e pousei 1 hora depois porque estava cansado, foi muito bacana voar uma bela diferente da Prymus, senti os batoques mais duros,'resposta mais rápida, mas me virei nem nas térmicas que peguei apesar do horário.  Aqui é a Meca do parapente, asfalto ate a decolagem, varias rampas etc et all.

Só faltou a companhia brazuca para dividir a alegria do voo !! Pois os franceses nao dão bola para nada, na primeira inflada, parapente novinho, tinha uma gravata e uma pilota me ajudou, na segunda sai voando numa boa.
Passeando a pé próximo a minha pousada...