quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Araxa 2013 o retorno de RV7

O voo de volta para SP foi mais tenso, pois uma frente fria se aproximava velozmente, já passando em SP na manhã do domingo.  Acordei cedo, fui para o aeroporto de Araxá, fiz plano de voo, pois se tivesse que entrar na área da AFA para desviar de tempo ruim, iria dar confusão sem o dito cujo.  

Creio que as imagens dizem muito, mas no final o voo foi muito calmo, poucos aviões no ar, devido a mudança de tempo, corredores VFR na TMA SP vazios, e um pouco de sorte, pousei as 9:xx da manhã, e 15 minutos depois caiu uma chuva forte em Cotia !!! 

Andradas no fundo, passando São João da Boa Vista 

Voando a 350km/h, vento de cauda muito alto, logo depois comecei a descer para 5500pés, altura dos corredores em SP. 

 Tempo ficando mais sinistro..., ao fundo a direita Extrema

Já nos corredores de SP, ao fundo o pico do Jaraguá 

Aproando Cotia, Rio Tietê, morro do Capuava (Pirapora) 

Fundos de Alphaville, no fundo Cotia...  

 Após por o avião no hangar... 



 Boa Chuva !

Araxa 2013 - Provas

18 Campeonato Brasileiro de Parapente

Minha idéia era experimentar voar com mais parapentes, em provas de velocidade, um pouco diferente dos voos de "cross" onde o objetivo é voar o mais longe possível.  Nos voos de campeonato, ganha quem fizer a maior velocidade média, atingindo o objetivo, chamado de "goal" (ou gol ???).  Decolei todos os dias na rampa menor de Araxá, com menos gente, mais tranquila, sempre no pelotão do fundo, ou seja deixava os mais ávidos sairem primeiro.  Com mais de 100 parapentes voando, o céu ficava cheio rapidamente de velas coloridas.  Rampa baixa, sempre tem que ser cuidadoso na decolagem, pois se errar feio, é prego (pousar alguns minutos depois).  Nos primeiros 2 dias tivemos muita umidade no ar, dia começava azul, mas encobria tudo, foram dias de voo bem técnico, pois ficar muito baixo numa área de sombra, era pouso na certa, como o que ocorreu com muitos pilotos.  Acabei efetuando vários desvios, para aproveitar as nuvens que subiam um pouco, e sempre voando alto, acabei fazendo boas provas.  Base bem alta, acima de 3000m do nível do mar, as térmicas funcionavam mesmo debaixo de enormes sombras, o solo bem seco da região sem dúvida ajudou nisso.  Os voos foram com vento NE, portanto para o lado a da Serra da Canastra, linda região que vale a pena visitar.

Ficou o detalhe para meu primeiro goal, segundo dia de prova, com o voo bem difícil, peguei a ultima térmica em cima de um pivô central, que estava debaixo de sol, térmica ótima, e derrepente olho o instrumento, ele indicava que  eu iria chegar 1300m acima do pouso, havia esquecido do planeio final !!! Mas tudo bem, cheguei bem alto no objetivo, junto com outro parapentes igualmente altos.  O detalhe é que tinha um fio elétrico no MEIO DO CAMPO !! Eu vi esse fio um pouco tarde, e no pouso parei apenas 3metros dele, não foi muito bom e fica o aprendizado de sempre olhar o pouso, em busca dos postes, como era um objetivo oficial do campeonato e vi um monte de gente pousada, não procurei tanto como deveria.

Tapete vermelho voador, no Goal ultima prova

No dia seguinte o vento muito forte impediu o voo, mas a tarde decolei para um lift gostoso, fiquei mais de 1h voando em cima da bonita falésia de Araxá, apreciando a paisagem mesmo.   A Terceira prova válida estava complicada, vi muita gente indo para o chão, o dia parecia bonito mas não funcionava bem.  Decolei mas no final, como de costume, engatei numa térmica na frente da rampa, junto com uma vela Icepeak6 (competição), subimos uns 300/500m acima da decolagem, com vento bem forte.  Mas aí no contravento, eu desci muito, não conseguia ir para frente, então com vento de cauda, fiquei brigando durante mais um tempo na cordilheira, até pousar.  Foi uma pena, lá esfumaçava minha boa posição no campeonato.  Mais tarde houve superdesenvolvimento de nuvens com chuva, e a prova foi parada, inclusive alguns parapentes avançados tiveram que descer com reserva, modelos de 2 linhas que deixam de voa quando molhados.  A prova acabou sendo bem valorizada.

Canastraaaaaa

Ficamos 1 dia sem voar, vento muito forte... E finalmente no sábado, a meteoro parecia ótima, mas e o ventão ??? Este deu trégua, e fomos adiante. Todos decolando e subindo bem.  Foi a última prova do campeonato, e depois de 2/3 sem voar, estava com vontade de fazer uma navegação bacana, e quem sabe chegar no goal.  Tempo bonito, tudo funcionava, mas não consegui largar bem, fiquei bem abaixo da base.  Mas para não perder o pelotão, no azul, fui junto, e aproveitando bem as linhas de sustentação fui ganhando altura relativamente aos outros.  Só depois do primeiro ponto que achei uma térmica bem forte, que me fez subir a base.  E aí decidi fazer algo diferente para ver se dava para reduzir a diferença com o primeiro colocado, não deu muito certo, não achei a bombástica térmica a baixa altura.  Rodando junto com outra vela baixo, comecei com 1m/s, e lá em cima voltou a 2,5/3m/s , e com mais cautela fui em frente.  Algumas nuvens formando, ajudavam a sinalizar melhor as térmicas.  Entrei no planeio final com 600m de reserva, ainda receoso da forma que é calculado pelo Flymaster, e como o dia melhorava cada vez mais, cheguei alto no goal, perdi uns 300m em relação ao que o instrumento indicava voando acelerado.  Neste dia muita gente chegou e dava para ter voado mais 1-2 horas, completei a prova em 1:50, isso é pouco !!! Mas ultimo dia... pontuação, pessoal querendo ir embora, realmente costuma ser dia de provas mais curta.



Comemoração, pódio, semana de voos interessantes, e aprendendo bastante. Mais informações das provas no site da ABVL.

Turma de São Pedro

Araxá 2013

Parapente em Araxá (MG)

Resolvi experimentar este ótimo local de voo, situado no triângulo mineiro, famoso pelas águas termais, mas também por ótimas condições para o voo térmico.  A rampa é relativamente baixa, ao redor de 200m de desnível, porém com ótimos voos. 

Decisão foi influenciada pelos excelentes voos realizados na semana anterior do campeonato, como o 200km do Dió e o record de 300km no dia 12/09 da equipe SOL.  A bordo do pequeno RV7, fui de Cotia para São João da Boa Vista, com uma ilustre passageira, abastecimento resolvido e rumo ao triângulo mineiro.  Pista de Araxá, muito bem mantida, extensa e deserta.  Um enorme terminal de passageiros, 2 hangares, da CBMM e do Aeroclube de Araxá.  Consegui estacionar dentro do hangar, mediante a pagamento correto de estadia, deixando mais tranquila minha estadia na cidade.


Rio Grande

Rapidamente me livrei da bagagem, subi de carona para a rampa "Horizonte Perdido".  Esta sim merece grande elogios, a proprietária do restaurante cuida muito bem da rampa, estacionamento, banheiros limpos, além de um bom serviço do restaurante, que tem uma ótima vista, acesso bem fácil apesar da estrada de terra. 

Antes do campeonato
Voo deste primeiro dia foi ótimo, base bem alta, 3300m do nível do mar (msl), térmicas fortes, me levaram e cruzar novamente o Rio Grande, voltando para o Estado de SP.  Bem diferente do planador, no parapente é preciso ter uma boa estratégia para compensar a falta de planeio.  Não escolhi muito bem o caminho, e custei a subir de volta para a base das nuvens, no lado paulista do rio.  Mas após aproveitar o final de uma queimada, aos poucos consegui voltar para a base da nuvem, e voltei a sentir muito frio.  Sim porque a 3300 a temperatura estava baixa, ao redor de 7 graus Celsius, especialmente minhas mãos ficavam geladas sempre que passava 2800m.  Pelo menos era confortável ficar baixo, me esquentava rapidamente, mas o risco de pousar antes do final do voo não era ideal.  


Atravessando o Rio Grande, divisa SP/MG

No planeio final avistei a cidade de São Joaquim da Barra e lembrei do meu primeiro campeonato Brasileiro de Planadores, em Bebedouro, que um dos pontos de virada era uma das pontes próxima a esta cidade, mas como eu segui um piloto Argentino (Pepe) acabei fotografando (sim não tinha GPS na época) a ponte errada !!!!   Mas no parapente, o vôo é diferente, escolhi um pasto ao lado da rodovia, avistando inclusive o ponto de ônibus. Consegui carona para rodoviária de São Joaquim, e isso facilitou bem o meu retorno, com bastante tempo antes da partida das 2020 para Uberaba, jantei num restaurante Japonês ao lado da estação de Onibus. Conversei bastante com os pilotos Samuel Faria e Brett Hazlett que haviam pousado mais para frente do que eu.   De volta no hotel as 2 da manhã, pois o trajeto Uberaba - Araxá é razoavelmente longo.  Fui dormir feliz, com o primeiro voo de Araxá, 148km olc. 


Preparando para o pouso, do outro lado da ponte, São Joaquim da Barra


Recepção no pouso

No sábado, dia de treino oficial, parecia possível voar 200km, mas eu preguei… Com ajuda do Takeo, que também estava no chão, subimos de volta para rampa.  Aí resolvi fazer um dia e volta, num voo de 3horas, levei 2 horas para voar 25km no contra vento, deu um pouco mais de 50km de vôo, pousei no início da cidade de Araxá.  Fiquei bastante tempo voando em cima da enorme mineração de Nióbio da CBMM, com belas imagens já no final da tarde.  Pousei no ultimo campo/arado, antes do início da cidade de Araxá, ao lado da rodovia, e após alguns minutos consegui carona para o hotel.


Visual de fim de tarde

Dá para ver o Grande hotel de Araxá, no canto direito da foto, quase engolido pela mineração da CBMM

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Voando próximo a SP Capital

Dois locais muito próximo a SP tem atividade de voo livre, limitadas em altura pela terminal SP, e pela própria gigantesca cidade.

Vendo a serra do Japi por "trás" ou seja por muitos anos, apenas via de Jundiaí, desta vez...


 Com vento leste, fui seguindo a Castelo Branco para o interior, mas o dia estava difícil

 Futuro aeroporto de São Roque ????

 Já voltando com o resgate, em Araçariguama, um avião meio ... largado, não entendi bem

 Já no extremo Leste da capital Paulista, dá para ver o rodoanel trecho Leste sendo construído

 Vôo urbano, no fundo a esquerda a montanha da decolagem


Socorro Agosto 201

 E na sexta feira em meados de agosto de 2013, fui experimentar o voo em Socorro, na verdade estava a caminho de Andradas, mas pela ventania observada, desviei para a rampa do Pico da Cascavel, que é mais baixa, um pouco mais abrigada do forte vento Noroeste que soprava no dia.

Na quinta feira decolei tarde para o lift, mas na sexta feira, fiz o voo mais longo com o novo parapente Chilli 3, foi o primeiro voo térmico decente, e mandei bem.  Deu um voo de aproximadamente 120km.  Base altíssima, de 3000m do nível do mar, dia bem tranquilo de voo.

Passando alto na serra da Extrema (MG) 

Linda região de vôo, com releve bem acidentado, vale muito pela paisagem bonita, já o resgate tem que dar várias voltas para acompanhar, pois as estradas não acompanham o trajeto do ar.

Represa de Joanópolis e meu exíguo painel de instrumentos 

Nova cor nos ares, e poucas linhas neste parapente, mas tudo bem colorido 


Ainda Joanópolis 

Fui até a rodovia Ayrton Senna com a DPedro, mas com as térmicas mais fracas, resolvi voltar, o contravento foi difícil mas peguei uma boa "cloud street" em direção as montanhas no vale do Paraíba. Passei Jacareí, Dutra,  avistava o sinuoso rio Paraiba.  Eis que no rádio o piloto Jeison resolve descer no módulo emergência, porque precisava tirar água do joelho.  Eu fiquei pensando o que fazer, mas a unica nuvem bonita estava em cima do aeroporto de São José dos Campos, não dava para chegar perto.


Campo de pouso, que na realidade faz parte da Universidade Vale do Paraiba, foi excelente escolha !!!