Em principio eu não tinha planos
para ir a PWC (etapa do Mundial) pois 90% dos parapentes são Open classe ccc, e
não tem muita graça ficar para trás após 15 min de voo. Mas
como era muito perto, resolvi experimentar.
Fui aceito como Wind dummy “Biruta” oficial, com direito a camisetas,
passe do teleférico e do trem tudo grátis !
Trem ? ! Claro pois o sistema na Suiça é auto resgate, o piloto que não
chega no goal, tem que voltar de trem, não tem Vans ou automóveis buscando os
pilotos.
O Cristiano Ricci (Vermelho) de
Poços de Caldas veio do Brasil especialmente para voar este campeonato e o
Martin Portmann (Suiço-Baiano) completaram a presença Brasileira no PWC.
A decolagem de parapente não
funciona bem em período fora de campeonato, pois o teleférico de cadeira após a
gondola só era ligado para nós subirmos, claro que Fiesch é muito mais
fácil. Por outro lado neste vale conseguem
fazer provas onde temos que pular as montanhas no sentido perpendicular, e não
apenas ficar no vale principal como foi o caso de Fiesch. Com o nível mais altos dos pilotos de PWC
fizeram provas mais longas e técnicas. Tivemos alguns dias de vento Norte, o que complica
um pouco mais o voo na região.
Ajudava os competidores a
decolar, e saia em seguida, consegui completar apenas 2 das 5 provas, pois
tinha pouco tempo para subir e largar. Na prova mais longa de 105km (+-), consegui
completar, apesar de ter demorado bastante, pois sempre tínhamos que subir nas
térmicas de sotavento (lee thermals), que são sempre mais turbulentas e eu
tenho zero experiência nelas. Ia em
locais apenas porque outros pilotos já estavam lá, novamente não teria voado
nessa região sozinho de jeito algum.
Atravessar os desfiladeiros mirando o topo da montanha “col” vendo se vai dar ou não para passar,
realmente é para os pilotos locais mesmo. Uma pena que não levei a camera, pois voamos em regiões de beleza fantástica, vales remotos e assim por diante. Mas como tratava-se de um PWC, ótimos vídeos feitos pelo Belga Phillipe Broers:
O penultimo ponto, a direita no gráfico, foi especialmente difícil, pois tivemos que atravessar vários vales de forma perpendicular, e sempre pegar as térmicas de sotavento (leeside thermals) arghhhhh !!!!
Indo para o Briefing ao lado da decolagem
Pronto para birutar, no bonito tapete branco !
No último dia, decolei quando a
janela da prova já estava aberta, e aí teria de voar sozinho, além disso estava
já cansado da sequencia de mais de 10 dias voando em condições de muita
turbulência e fortes ventos, estava cansado.
Resolvi ir para o pouso, nem tentei fazer a prova, que aliás foi a
melhor do Vermelho que ficou em 20 lugar neste dia. No pouso um vento muito forte, tive que me
concentrar muito para não ter problemas próximo ao chão. Ainda bem que acabou,
agora será uma semana inteira sem voos !!! Pois os últimos 2 dias já estavam
cancelados, devido a meteorologia ruim.
Realmente no dia seguinte
amanheceu chovendo, e fomos ao delicioso Brunch no hotel Sax, onde provei uns
15 diferentes tipos de queijo, nhocttttttt !!!!! No PWC vencido pelo já lendário Maurer, a
maioria das 10 primeiras posições são de Suiços mesmo, ou seja conhecimento
local é decisivo para esta região.
Claramente a proporção de estrangeiros voando foi bem menos vs.
locais. Tivemos vários reservas, até um
que o piloto conseguiu aterrissar numa parte alta, pois não calculou bem a
passagem da montanha, e no dia seguinte lançou o reserva após um Twist, acabou achando uns escaladores e passou a noite num abrigo de montanha com ótimo jantar e farto vinho !!!
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