E mais um Campeonato Brasileiro de Parapente voado em Baixo Guandu,
simpático município a 180km a oeste de
Vitória. Evento estava completo com
137 pilotos presentes, incluindo 26 estrangeiros na maioria do
Chile/Equador/Colombia. Pela primeira
vez a equipe Paulista estava uniformizada gerando ânimo ainda maior.
PROVAS
Não tivemos a mesma sorte na etapa do PWC que aqui voamos 2 anos
atrás, muita umidade e a passagem de uma frente fria pelo litoral prejudicaram
bastante as condições de vôo. Prova 1 - foi clássica, mas no dia seguinte amanheceu
chovendo e nem a organização e tampouco os pilotos acreditavam na previsão.
Prova 2 - largamos debaixo de forte cobertura, e com as chuvas isoladas a
comissão de segurança resolveu suspender a prova, não valeu nada pois a
distância mínima de 35km não havia sido voada. Prova 3 - não subimos, e abriu
um sol forte a tarde. Prova 4 – Sondagem
perfeita, melhor dia do campeonato, o vento soprou de cauda até as 14:30,
infelizmente o juiz cancelara a prova 8 minutos antes (...) novamente não
voamos. Prova 5 – sondagem indicando
muita umidade por todas as camadas, esperamos algumas horas na rampa, mas o
tempo não abriu. Prova 6 – de 60km algumas
chuvas isoladas prova muito difícil um vento muito forte entrou no meio da
prova, possivelmente devido as chuvas atrás da rampa, que derrubaram a maioria
dos pilotos, tivemos apenas 18 no goal.
Eu fiquei a menos de 500m do pilão, não tive coragem de encarar baixo o
terreno com pouco pouso, voltei e pousei num vale estreito com muito vento e
turbulência, mais uma dúzia de pilotos já havia pousado no mesmo vale, fui
resgatado na hora pela “ambulância” do campeonato que viu eu pousando. Prova 7 – no sábado a previsão indicava menos
umidade e estávamos mais otimistas, marcamos prova de 72km com chegada prevista
no aeroporto de Baixo Guandu, mas o dia acabou sendo muito mais úmido que o
previsto com base a 1200m. Com o
principal pilão próximo do Rio Doce na direção de Resplendor muitos
participantes pousaram no platô após o primeiro cruzamento do Rio Doce. Eu voei muito mal, e pousei após atravessar o
rio pela segunda vez, pelo menos foi ao lado da rodovia para Governador
Valadares, facilitando o resgate. O
forte vento vindo de Colatina derrubou a maioria dos pilotos que fizeram o pilão,
apenas 12 conseguiram cruzar a linha de chegada, com vários pousando poucos
metros antes da mesma. Vale salientar
que com e exceção dos fortes ventos que sopraram nos últimos 2 dias, a sondagem
extraída do site da NOAA acertou praticamente todos os dias, a despeito de
nossa desconfiança com as constantes mudanças no tempo.
LATINOS
Por se tratar de um Pré-Panamericano tivemos forte presença de
pilotos vindo do Chile, Equador, Argentina, Colômbia, Peru, Bolivia e Trinidad
Tobago além da Marina Olexina da Rússia e do piloto Ucraniano Vitali
Umanskyi. Deram um sabor mais poliglota
ao campeonato além do intenso mercado de venda de equipamentos no ultimo dia.
FAI & REGULAMENTO & CBVL
Por ser um campeonato Pré-Panamericano tivemos a presença do animado
Mitch, que veio dos EUA representando a FAI, apesar de não falar português ou
espanhol estava o tempo todo com seu caderno anotando tudo que acontecia. Depois de algumas cervejas consegui extrair
dele muitas informações interessantes, mas no geral ele gostou bastante do
nosso evento. Tivemos uma boa reunião
entre a Liga e CBVL com discussão de vários pontos a serem melhorados nos
campeonatos tanto organizacionais como de regulamento. A AGE teve presença de 6 Federações com
aprovação das alterações dos Estatutos da CBVL para adequação da legislação do
COB e Ministério dos Esportes.
EU
No primeiro dia apesar da largada péssima, consegui ir recuperando e
cheguei numa posição razoável. Mas nas
outras 2 provas válidas não tomei resultados bons, do contrário errei muito, e
faltou analisar a complicada condição meteorológica. Nenhum piloto de SPORT chegou no Goal nessas
2 provas atestando claramente a dificuldade dos voos. Pensar de forma mais estratégica fez falta
desta vez, também preciso “acelerar” mais nos momentos possíveis. Caprichar mais no posicionamento da largada
também é um campo a ser trabalhado.
Ahhh junto com os outros amigos de
SP fundamos o grupo “Um pior que o outro” assim quem sabe conseguiremos atacar
as deficiências pessoais de cada um.
VELA
Voei com a vela Sky Exos, EN-C, gentilmente cedida pelo distribuidor
brasileiro Sky Parapentes Brasil, e a vela revelou ser uma boa surpresa. De aceleração bem fácil tem boa velocidade
comparada as outras velas de alongamento similar na classe Sport. Não tivemos condições muito fortes nesta
semana, mas mesmo assim passamos por alguns pontos de turbulência isolados e a
vela se comportou muito bem, ela me pareceu um pouco mais estável a colapsos
que a Triton 2. Pessoalmente não levei
nenhuma fechada durante o evento. Claro
que é uma vela para pilotos experientes, pois é EN-C. Espero fazer alguns voos de distância com
ela, se a meteorologia de outono do Estado de SP colaborar nos próximos dias,
aí terei mais experiência com ela.
DIVERSÃO GARANTIDA
Ahhhh mas mesmo indo mal, foi ótimo estar com os amigos antigos do
Brasil todo e dos novos também. A
pequena Baixo Guandu nos pregou uma peça, mas em breve espero estar de volta
naquela região de paisagem exuberante. Vale mencionar a surpresa do excelente
clube local que instalou ótima infra estrutura na rampa e foi extremamente
acolhedor na pessoa de seu presidente e pilotos locais. A organização, apesar de alguns problemas,
também garantiu um ótimo evento e a apuração dos pontos saía em menos de 2
horas após a chegada no goal, ponto para os trackers Flymaster adquiridos pela
CBVL. Ahhh e o hilário time Paulista...
Vamos continuar no Xadrez em 3D é muito bom !!!
Time SP
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