Diário de voador sem motor, que de um super-planador 1:50 tenta voar um invertebrado 1:8,345627
Sábado 05/11/2011
Enrolei muito tempo para decolar, mas finalmente as 14 e pouco saí com uma boa decolagem (finamente) vento muito bom e talz. O dia estava bonito, fui pela cordilheira até a cidade, depois subi bem, e fui para o meio do vale, quase pousei, 300m... Vento batendo numas pedras, urubus, consegui subir de novo, mas não cheguei na base. Mais para frente fui ficando baixo novamente, e tinha escolhido uma plantação para o pouso, o vento estava bem forte.
Fiquei voando baixo um bom tempo, até que vi que não dava, e decidi pousar no pasto ao lado que era muito bom, tudo ótimo. Dava para ver as antenas e o povoado de 10.000 habitantes, Santa Rita de Caldas. Até o celular pegava, contato via fone com a familia Vedrano, a Mirella veio ao meu encalço. Eu caminhei 2,8km (maps.google do celular :-) ), até a entrada da cidade de Santa Rita de Caldas, por um caminho de terra, foi um ótimo treino para o meu pé que não reclamou, e o equipo de 20kg no lombo, preciso fazer mais treinamento aeróbico :) uns 25-30km, 1h40 de voo.
Fiquei braaavooo com o pouso pois foi cedo, tipo 1530 ainda tinham ótimas térmicas, errei na transição para uma nuvem, e no chão vi um parapa muito alto, indo para o cross, o kr tinha pregado, voltou pra rampa e ainda fez uns 80km ... !!! Cesar e Eliana apesar de terem decolado as 12:00 voaram tipo 40km. Teve um piloto que voou uns 150km, e asas voaram razoavelmente também, tinha umas 8 nesse dia. Mas no geral pouca gente voando.
Domingo foi bemmmm diferente...
Marcelo e Cleyton decolaram, e eu fiquei sambando na rampa, simplesmente nào conseguia manter a vela na cabeça, e numa das vezes até fui estilingado para cima, caí de costas na rampa após sair do chão por uns 30cm de altura, e fiquei feliz pela bela mousse da minha selete. Depois de umas 5-6 infladas consegui decolar. Cleyton lá em cima indicando que havia coisa boa, fui subindo aos poucos aqui e ali, mas o voo não rendeu muito. Já nas antenas da cidade de Andradas escutava um barulho, vum vum , um gavião resolveu atacar a vela, e vinha em rasante, dando bicadas. Umas 6-7x e eu mexia no pano, gritava e nada... Até que abri o capacete, e gritei mais alto, aí o bicho foi embora junto com minha concentração.
Fui para o pouso, e senti o vento forte, o GPS mostrava velocidade (gs) de apenas 10km. Como vi o Cleyton se aproximando, resolvi ir do barlavento (de onde vem o vento) para onde ele estava para encaixar o trafego do pouso. Resultado, não cheguei no pouso oficial... Pousei numa plantação de batatas, arado mesmo, com postes de luz proximos, meio em curva, e senti como o arado estava macio, pois aterrisei meio de lado. Fora a enorme besteira, e a terra que sujou bem tudo, nenhuma avaria pessoal :-) . Mesmo as bicadas de gavião não deixaram marcas no vela do Parapente, uuufaaa.
Depois já do restaurante "Baiana" vimos a formação de Chuva bem cedo, a meteorologia estava mudando rápido, cirrus forte, e CBs isolados.
Então realmente não foi o meu dia não:
- decolagem ruim
- bicadas de gavião
- pouso ruim
----->>>>>>>>>>>>>Treinar mais inflar com vento mais forte e prestar mais atenção no pouso
Foi ótimoooooo o fds !!!!! Andradas valeu a pena mesmo.
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