quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Araxá 2013

Parapente em Araxá (MG)

Resolvi experimentar este ótimo local de voo, situado no triângulo mineiro, famoso pelas águas termais, mas também por ótimas condições para o voo térmico.  A rampa é relativamente baixa, ao redor de 200m de desnível, porém com ótimos voos. 

Decisão foi influenciada pelos excelentes voos realizados na semana anterior do campeonato, como o 200km do Dió e o record de 300km no dia 12/09 da equipe SOL.  A bordo do pequeno RV7, fui de Cotia para São João da Boa Vista, com uma ilustre passageira, abastecimento resolvido e rumo ao triângulo mineiro.  Pista de Araxá, muito bem mantida, extensa e deserta.  Um enorme terminal de passageiros, 2 hangares, da CBMM e do Aeroclube de Araxá.  Consegui estacionar dentro do hangar, mediante a pagamento correto de estadia, deixando mais tranquila minha estadia na cidade.


Rio Grande

Rapidamente me livrei da bagagem, subi de carona para a rampa "Horizonte Perdido".  Esta sim merece grande elogios, a proprietária do restaurante cuida muito bem da rampa, estacionamento, banheiros limpos, além de um bom serviço do restaurante, que tem uma ótima vista, acesso bem fácil apesar da estrada de terra. 

Antes do campeonato
Voo deste primeiro dia foi ótimo, base bem alta, 3300m do nível do mar (msl), térmicas fortes, me levaram e cruzar novamente o Rio Grande, voltando para o Estado de SP.  Bem diferente do planador, no parapente é preciso ter uma boa estratégia para compensar a falta de planeio.  Não escolhi muito bem o caminho, e custei a subir de volta para a base das nuvens, no lado paulista do rio.  Mas após aproveitar o final de uma queimada, aos poucos consegui voltar para a base da nuvem, e voltei a sentir muito frio.  Sim porque a 3300 a temperatura estava baixa, ao redor de 7 graus Celsius, especialmente minhas mãos ficavam geladas sempre que passava 2800m.  Pelo menos era confortável ficar baixo, me esquentava rapidamente, mas o risco de pousar antes do final do voo não era ideal.  


Atravessando o Rio Grande, divisa SP/MG

No planeio final avistei a cidade de São Joaquim da Barra e lembrei do meu primeiro campeonato Brasileiro de Planadores, em Bebedouro, que um dos pontos de virada era uma das pontes próxima a esta cidade, mas como eu segui um piloto Argentino (Pepe) acabei fotografando (sim não tinha GPS na época) a ponte errada !!!!   Mas no parapente, o vôo é diferente, escolhi um pasto ao lado da rodovia, avistando inclusive o ponto de ônibus. Consegui carona para rodoviária de São Joaquim, e isso facilitou bem o meu retorno, com bastante tempo antes da partida das 2020 para Uberaba, jantei num restaurante Japonês ao lado da estação de Onibus. Conversei bastante com os pilotos Samuel Faria e Brett Hazlett que haviam pousado mais para frente do que eu.   De volta no hotel as 2 da manhã, pois o trajeto Uberaba - Araxá é razoavelmente longo.  Fui dormir feliz, com o primeiro voo de Araxá, 148km olc. 


Preparando para o pouso, do outro lado da ponte, São Joaquim da Barra


Recepção no pouso

No sábado, dia de treino oficial, parecia possível voar 200km, mas eu preguei… Com ajuda do Takeo, que também estava no chão, subimos de volta para rampa.  Aí resolvi fazer um dia e volta, num voo de 3horas, levei 2 horas para voar 25km no contra vento, deu um pouco mais de 50km de vôo, pousei no início da cidade de Araxá.  Fiquei bastante tempo voando em cima da enorme mineração de Nióbio da CBMM, com belas imagens já no final da tarde.  Pousei no ultimo campo/arado, antes do início da cidade de Araxá, ao lado da rodovia, e após alguns minutos consegui carona para o hotel.


Visual de fim de tarde

Dá para ver o Grande hotel de Araxá, no canto direito da foto, quase engolido pela mineração da CBMM

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