Valadares News
Muito bacana minha segunda participação num
campeonato Brasileiro de Parapente, este que está a acontecendo em Governador
Valadares no final de Abril 2014. Vim
para cá de PT-ZTO, meu recém apelidado “teletransportador” fez Cotia-GV em 2h40,
com um bom vento de cauda de 25km/h. Estamos no terceiro dia do
campeonato, e já voamos 3 provas, a meteorologia tem sido boa para nós. Os dias um pouco mais curtos já que estamos
no outono, ou seja a partir das 1500 as térmicas diminuem rapidamente, ficam
fracas e distantes, condição bem diferente dos voos do final de Fevereiro,
quando os dias são mais longos, e as térmicas mais fortes.
Prova #1
Não lembro mais, mas cheguei no Goal.
Prova #2
Cheguei no Goal também, tendo que voar
muito baixo algumas vezes, e alguns malabarismos para conseguir chegar. O mais bacana foi o desvio de 60 graus na
rota, quando já estava no planeio final, com vento de frente e faltavam 250m
para chegar. Com vento de frente não
tinha muita chance, então desviei bastante para cima de uns morros altos de
pedra, sendo aquecidas generosamente pelo sol.
Nesta segunda prova, voei bastante tempo com o piloto Jeison de SP, e
fomos nos ajudando e centralizar melhores as térmicas. A prova foi para o Nordeste, aproveitando o
vento diferente do usual, um visual muito bonito, cruzando o Rio Doce, junto
com o desafio de falta de térmica por vários trechos, e depois nuvens bem
carregadas e sombreadas, que foram a alegria dos que souberam aproveitar, pois
vários acabaram pousando... no meio do caminho, como é normal durante
campeonatos onde buscamos um pouco mais de velocidade e com isso mais risco de
pousar prematuramente. No planeio
final das famosas pedras, estava junto com Delta2 e Cayenne 4, ambas subindo
comigo na fraca térmica de final de dia, no planeio final no entando fui
deixado para trás, eles chegaram no goal antes de mim, já que o Chili 3 é um
pouco mais lento quando totalmente acelerado.
Até estou numa colocação boa, #5 na Sport e #2 na Fun.
Prova #3
Dia novamente com vento sul predominante,
foi no entanto bem diferente do anterior.
Decolagens foram demoradas, no final tive que me impor para conseguir
sair da rampa. Subida inicial bem
turbulenta próximo ao paredão de pedra do Pico do Ibituruna, levando algumas
orelhadas, e precisando compensar os avanços da vela, acabei largando quase 10
minutos após abertura da janela, ou seja perdendo tempo. Mas junto comigo muitos pilotos também
largaram mais tarde o que embolou um pouco o início da prova. Grandes ascendentes de até 3,5m/s de média,
com descendentes igualmente fortes e abundantes, base das nuvens acima de
2000m, foi um voo muito divertido. Hoje
não me congelei em voo como ontem, já que levei mais roupa em voo, mas estava
bem frio lá em cima. Fiquei muiiiito
baixo, praticamente na altura de um morrote, mas consegui sair rapidamente com uma
térmica bem forte. Foi um dia turbulento
de altos e baixos, dia difícil também, no final não consegui virar o ultimo
pilão (ponto de virada), faltava 200m para chegar no goal, mas com vento contra
e certo sombreamento era certeza que não ia chegar, então joguei para um morro
do outro lado da rodovia fora da rota, fiquei voando encosta por uns 20
minutos, junto com um Enzo1 do Francês, muitos urubus, mas não conseguimos subir. Pousei no pasto próximo, e vi mais uns 10-15
parapentes pousando no entorno, desta vez não consegui o Goal. Mas o dia foi muito bacana, um relevo bem
diferente com o voo para uma região que eu não conhecia em GV. Ahh e
o Allan nos visitou com seu motoplanador de asa alta, Sinus, enroscando térmica
em cima da rampa e mesmo na rota também vi ele próximo ao ponto do Goal.
Os pilotos paulistas chegaram quase todos
próximos do objetivo final, e depois encaramos o gélido ônibus do resgate
oficial que não tem vidro nas janelas , ou seja um gelo total após escurecer,
voltei sentado no corredor mesmo, assim pegava um pouco menos vento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário