Escrevi praticamente apenas no Facebook em 2016/2017, deixando o blog de lado, mas não quero que o FB domine o mundo, então vou tentar escrever mais por aqui, assim continua sendo um bom "livro de bordo".
Em plena quinta feira saí feliz de São Paulo junto com Nani “Coxinha” rumo a Atibaia para pegar minha Triton que lá ficara esperando a troca de tirante, mas como os Austríacos atrasaram a entrega, fiquei de novo a ver navios. Passamos rapidamente no pouso de Atibaia na loja da FlyLimit, e continuamos na proa de Santa Rita do Sapucaí, um pouco depois de Pouso Alegre (MG).
Em plena quinta feira saí feliz de São Paulo junto com Nani “Coxinha” rumo a Atibaia para pegar minha Triton que lá ficara esperando a troca de tirante, mas como os Austríacos atrasaram a entrega, fiquei de novo a ver navios. Passamos rapidamente no pouso de Atibaia na loja da FlyLimit, e continuamos na proa de Santa Rita do Sapucaí, um pouco depois de Pouso Alegre (MG).
Chegamos meio tarde na rampa, mas ainda deu para decolar com os
amigos que lá estavam. Após a minha
decolagem, vi que a capa da linha do freio da vela havia rompido novamente
! No penúltimo voo de 200km , o mais
longo com a vela, já tinha ocorrido o mesmo.
E agora, mesmo com a linha trocada aconteceu de novo, fiquei muito
bravo. A dúvida, pousar ou continuar ? Resolvi continuar com curvas somente para a
esquerda, usando o tirante C no lado direito, o braço cansou um pouco mas deu
para fazer um delicioso voo de 80km inicialmente rumo Lambari, mas na altura de
Heliodora mudarmos a proa para São Gonçalo do Sapucai e depois retorno numa
cloud street em direção a Pouso Alegre.
Após o pouso comecei pensar melhor na proposta do Cezar e do Benito,
da Sky Parapentes, para experimentar a nova vela da Sky categoria “C”. Eu sou meio “quadrado”, ou seja gosto de voar
a mesma vela por muito tempo, mas não tinha muito outro jeito pois mesmo na
troca do freio, ele iria ser comido novamente, pois a rodela (em vez de
roldana) estava triturando a capa da corda do freio direito.
E lá fui eu com a vela Exos da Sky para a rampa na sexta-feira, com
mais pilotos na rampa afinal fim de semana do grande evento do Santa Rita Race
se aproximava velozmente. A vela ainda
novíssima e crocante me animou bastante.
Tirei ela da concertina e comecei a notar os diferentes detalhes. Material bem mais leve que da Triton, vela bem acabada com clara preocupação de
manter tudo menos pesado possível até na bolsa para guarda dos tirantes preso
com botão de pressão deu para ver o detalhe.
Tudo pronto, estava bem tenso, pois apesar de ter 900horas de vôo ,
ainda é o momento que fico bem apreensivo.
Dei um toque nos tirantes e a leve vela Exos subiu facilmente a minha
cabeça. Decolagem foi super tranquila
apesar da minha tensão, na hora percebi os comandos mais curtos e
precisos. Fui um pouco no lift e já subi
na primeira térmica. Senti a vela um
pouco mais “mexida” que a Triton, mas estava voando com 111kg, bem abaixo do
peso máximo de 120kg. E mesmo assim não
levei fechada alguma durante o vôo de 3h horas.
Voamos rumo sul seguindo a rodovia na proa da pedra do Baú, claro que o
Sergião e Jeison com suas flamejantes velas Zenos (2 linhas) não eram fáceis de
serem seguidas. Comecei a experimentar
o acelerador e achei muito mas muito estranho !!! De tão leve que era, nem
parecia que estava acelerado, uma grata surpresa especialmente porque gosto de
fazer voos de longa distância normalmente acima de 5h. Claro que fui ficando para trás em relação as
Zenos, mas consegui acompanha-los já que me ajudavam bastante sinalizando os
caminhos melhores ou mesmo mostrando onde afundava mais. Junto com o Sergião ficamos lambendo o chão
por um bom tempo, mas o zerinho aos poucos foi melhorando e conseguimos voltar
para a confortável e refrigerada base das nuvens.
Próximo a Paraisópolis o Eliabe se juntou com sua Triton e surfamos
nas belas montanhas da região com um céu um pouco escurecido das nuvens mais
carregadas. Voando junto com os urubus
percebi que as 2 velas voavam de forma muito parecida. Claro que foi um voo mais tranquilo, sem
competição com pouca possibilidade de comparação vs. outras velas. O pouso foi padrão, num ótimo pasto e leve
vento de frente até consegui pousar de pé !!!!
DOMINGO SANTA RITA RACE
Fomos todos cedo para a rampa, pois estávamos receosos do vento
virar repetindo o sábado quando não conseguimos decolar. Prova de 55km pronta, todos se prepararam
rapidamente para decolar. Decolei ao
redor das 11:15 e desta vez levei 3,5 kg de lastro totalizando 116kg como peso
de decolagem. Logo de cara senti a vela
mais estável que no primeiro voo.
Ficamos bastante tempo esperando a largada as 12:00. Cometi um erro estratégica após colar na base
fui cedo demais para o norte, me aproximando do cilindro de entrada e fiquei um
pouco baixo. Acabei largando mais baixo
do que a maioria dos pilotos e tive que batalhar bastante para conseguir subir
novamente. Nisso já estava com o último
pelotão indo em direção a rampa para o cruzamento Norte/Sul, alguns pousaram
embaixo de mim, mas junto com o Samuquinha e a Eliana conseguimos subir para
próximo da base.
Do outro lado da cordilheira resolvi mudar desviar um pouco pela
direita, o que começou a surtir bom efeito, passei vários parapentes já
acelerando mais de 50% com a Sky Exos.
Voei sozinho esta parte do voo, pois ainda estava bem para trás da maioria
dos competidores. Na proa para
Piranguinho desviei bem para o sul o que para mim funcionou bem, voando em cima
dos morrotes em vez do rio Sapucai que era a proa mais direto. Novamente a vela mostrou-se bem estável,
consegui acelerar um pouco mais e senti tudo bem estável. Cada vez mais baixo tive que parar no meio
dos 2 pilões para subir com a mais fraca das térmicas, neste momento inclusive
juntei forçar com o amigo Eliabe a bordo de sua Triton 2. Juntos fomos nos arrastando por um bom tempo,
até que próximo ao pilão estacionei para subir mais algumas centenas de metros. O Eliabe foi direto mas próximo a São Jose do
Alegre, na proa da chegada , ficou muito baixo.
Meio planeio não dava para chegar no goal, estava 400m abaixo,
desviei para esquerda ainda acelerado no primeiro estágio, fiquei bem baixo mas
quando finalmente cheguei no relevo mais alto, com vento de cauda, as térmicas
recomeçaram a funcionar. Com isso passei
mais uma ½ dúzia de parapentes que escolheram ir pelo meio do vale, que estava
bem menos ativo. Resultado da prova que
achava que seria péssimo devido minha largada calamitosa até que não foi tão
mal assim. Cheguei em 11 na geral e 5 na
Sport, um bom resultado para o segundo voo com a vela Exus Sky. Senti também ela bem melhor voando um pouco
mais pesado. Já o Cezar (da Pousada Pico
do Gavião) ganhou a prova e o campeonato na classe Sport voando a mesma vela
que eu, aliás ele estava muito feliz.
Minha boa surpresa foi o Benito me oferecer a vela para voar o
Campeonato Brasileiro em Baixo Guandu com a vela zero quilômetro dele, será uma
ótima oportunidade para entender melhor ela e puxar um poucos mais os
limites. Agradeço ao Benito e ao Cézar pela oportunidade de voar
essa vela de projeto novo e também de poder ir ao Campeonato Brasileiro com uma vela zero quilômetro, já estou me sentindo
top pilot !!!!
Ótima foto da chegada em configuração "trem baixo e travado"
Vale também agradecer a excelente resgateira Nani "Coxinha" e também aos organizadores do #2 Santa Rita Race muito bem organizado, espero poder voltar mais vezes a voar boas provas nesta inclinada rampa da Serra do Paredão.
Equipe Sky completa no pouso em Pedralva
Recebendo o troféu de #5 na Sport pelas mãos da fiel escudeira Nani Neme
3 comentários:
Ótimo ler os seus comentários!Apesar de eu ter migrado para o kart em função do meu Filho, o Voo ainda está na minha cultura. Abc!
tem algum script no blog que está lançando uma janela de aviso/spam. não se pode clicar nas fotos para ampliar que ela aparece. dá uma olhada? clicando para comentar apareceu, também, deleta esse cometário depois de ler, pela chatice. ah: vida dura e monótona, hein? dureza.
Obrigado por compartilhar. Belo livro de bordo.
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