Quando cheguei em Chaves há 10 dias, para acompanhar pela primeira vez meu marido (Claudio Blois) - que já participou em quatro campeonatos mundias - cheia de animação para assistir as provas e também conhecer turisticamente a região, já me imaginava fazendo passeios, compras, etc. Grande engano. A realidade se apresentou bem diferente e tive que lidar com pousos fora, nos arados, no meio do nada e eu sem saber direito onde ele estava; chegada de madrugada com o planador desmontado, recomeçando tudo no dia seguinte. É claro que levei um choque e minha primeira reação foi voltar para casa correndo. Tive, porém, a sorte de contar com a compreensão de todos e as duas brasileiras, esposas de pilotos brasileiros que aqui estão, Julieta e Maza, me explicaram que campeonato é campeonato, não é um passeio turístico e que tudo isso faz parte do esporte.
Como diz o Thomas, o tempo aqui muda a toda hora já que a fábrica de frentes frias está aqui do lado, em Baía Blanca. Assim como o tempo, minha cabeça também mudou, bem como meu olhar sobre o esporte. É incrível a solidariedade e amizade entre equipes e pilotos bem como a concentração deles no campeonato. Chego a ter inveja (no bom sentido, é claro) de um hobby tão envolvente, que fica em primeiro lugar na lista das prioridades de cada um dos praticantes.
Laguna del Corazon, ponto de partida da Classe Aberta
Finalmente, gostaria de registrar algo que chamou minha atenção. No grid de decolagem (caja) observei que os pilotos participantes, independente da idade, parecem incrivelmente jovens, não aparentam a idade que têm e todos tem um brilho especial no olhar. Acho que descobri o segredo dessa eterna juventude: quando eles voam, se sentem VIVOS!!!!!!!!!
2 comentários:
...pois e , cara Berenice , ainda bem, que voce esta gostando !
Assim voce vai gostar de Mundial em Szeged tambem como Equipe de Claudio. Paissagem de la e muito parecida com Formosa , temperatura ate 40 graus centigrados, mas cidade tem alguns barzinhos que servem cerveja quente. Nao tem churrasco, mas tem gulasch.
Proximo lugar civilisado e Budapest,distante uns 300 km.
Thomas pode informar melhor, ele nasceu naquelas bandas !
Oi Berê!!
Adorei ler suas impressões sobre o campeonato. E concordo com você: no dia a dia de um campeonato, independente da correria que representa colocar os aviões no grid, preparar para o vôo, fazer os possíveis resgates (que sempre reservam surpresas inimagináveis)e etc... todos eles parecem realmente extremamente jovens, com uma energia incrível para repetir tudo de novo. O brilho nos olhos deles é contagiante. E pode acreditar: as equipes são parte fundamental nesse processo... Bjs,
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