Prova#5
Definitivamente não foi meu dia, pior colocação
do campeonato... pousei logo após o rio Doce.
Largada razoável, mas fiquei indeciso para qual lado ir, e no final fui
para baixo mesmo. Tinha grupo a esquerda
e a direita, e fui pelo meio... Ou seja não ficar indeciso é muito
importante. Pousei numa planície junto
com 5 outros pilotos, a maioria do RJ mesmo.
Saimos caminhando por um bom tempo, deu para queimar o café da manhã, e
a van acabou nos encontrando no meio do caminho.
Aliás vale salientar o excelente sistema de
resgate do campeonato, a cargo do Dioclécio Rosendo, que conhece cada detalhe
da região, a ponto de dizer “vá buscar a chave da porteira com o vaqueiro da
casa laranja”. Jantar na churrascaria
Espettus, cortesia ABVL, boa confraternização.
Os outros pilotos da turma “Invasores do Espaço Aéreo” conseguiram fazer
distâncias maiores. Destaque para o
Shumacher que subiu bastante na colocação da classe Sport, para 4 lugar. Também aprendi bastante sobre medição de vela
junto ao Martin, que mediu a vela do Paparazzi (Fabio Potenza), Delta1 que tinha várias
linhas com comprimento de linha errados.
Medindo comprimento das linhas
Prova #6
Penultimo dia de prova desta etapa do
Campeonato Brasileiro de Parapente, a previsão foi muito otimista, o resultado
foi um dia de térmica seca, com base descendo cada vez mais, difícil passar dos
1300m do nível do mar. Decolagem bem
tranquila, antes da largada grande concentração dos coloridos parapentes nas
poucas térmicas existentes. Eu ainda não
me sinto super a vontade numa térmica com 50 parapentes acima de mim...
Acabei largando um pouco atrasado, e os
pelotões foram se definindo rapidamente.
Um dia de voo difícil, bastante técnico, contra vento de 33km até
Engenheiro Caldas foi bem difícil para chegar no pilão. Até mesmo para trás tive que voar um pouco,
para pegar uma térmica, mas como era um dia de sobrevivência e não de
velocidade no final valeu a pena. Vi
muita gente aterrissando, e fui para as montanhas a esquerda da estrada, com
isso aumentando as chances de mais atividade térmica. Várias vezes fiquei a 300m do chão, mas
consegui subir, com auxilio de urubus e outros parapentes.
Prova complicada contra vento dá para ver as montanhas direita, que salvaram meu voo
Sempre me apoiando nas encostas com o vento
relativamente forte para GV e o sol batendo fui desenvolvendo os kms da prova. Depois de muito tempo conseguir chegar no
primeiro pilão, contra vento que exigiu
muita paciência e insistência.
Para o segundo ponto, antena Alpercata, novamente consegui aproveitar
algumas térmicas fracas, e a baixa altura.
No final virei a Antena e pousei.
Pouso bem complicado, com linha elétrica a 10m do chão e outra passando
dentro do terreno além de um charco, mas no final deu tudo certo. Resgate na VAN bem rápido com transbordo para
o ônibus executivo no posto de gasolina em Alpercata. Cidade que ficou famosa com o assalto a mão
armada do piloto Rangel logo após o pouso.
Algumas horas depois conseguiu recuperar todo equipamento com auxílio da
polícia local, que fez um “rapa” na cidade toda, bateram de porta em porta, mas
fica a dica de pousar longe das cidades que infelizmente estão cada vez mais
violentas até mesmo no interior.
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