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do campeonato Argentino de Parapente, em Mendoza. Consegui fazer um voo para reconhecer a
área. Alugamos um carro porque o pessoal
das Tortugas Blancas (Land Rovers Defenders) estavam atrasados na sua vinda
pela Ruta 40 desde Bariloche. Quando
estávamos para subir a montanha, saiu um sujeito do restaurante dizendo para
não subirmos. Explicou que carros
normais não conseguem passar pela estrada, apenas camionetes 4x4. Então voltamos para o QG do voo livre, onde
já estavam alguns pilotos esperando para subir.
Subida bem complicada para a rampa
Vento ainda muito forte, subimos com um jipe modificado, e os parapentes
no teto amarrados. A estrada é bem
sinuosa, e bem complicada. Curvas
fortes, próximas do precipício sem duvida me impressionaram bastante.
Região
é um oásis de tão seco que é, fora da cidade é praticamente deserto. Estamos
voando na pré cordilheira, os Andes ficam atrás da gente, dá para ver o Tupungato
longe e outras montanhas super altas. A decolagem fica a 1600m do nível do mar,
pouso a 1000, acima de 2000m dá para ver os Andes que estão uns 50km para o
Oeste daqui.
Na
rampa esperamos bastante tempo para decolar, até o vento baixar, decolei ao redor
das 19:00, e aos poucos fui subindo, andava apenas 12-15km/h contra vento, mas
cheguei a 3000m do nível do mar, sem sentir frio. As 1930 ainda peguei uma térmica de 2,8m/s
!!! Para pousar então foi difícil descer, mas finalmente já próximo do por do
sol, aterrissei no pouso oficial, em frente ao clube de voo Cerro Arco.
Na
primeira prova, como é normal, fui um dos últimos a decolar, e demorei para
subir, resultado larguei uns 15/20" minutos após abertura da janela. O vôo
não estava turbulento, térmicas de 2 a 2,5m/s. Estava difícil, voei apenas uns
30km. Apenas 6 chegaram no goal da prova de 65km, somos ao redor de 30
competidores, de toda Argentina além de 3 brasileiros e 1 chileno. Mais
histórias para contar, mas fica para depois. O Kiko e Paparazzi também voaram
bem, apenas ficaram um pouco para trás no primeiro pilão.
Bem próximo a rampa a cidade de Mendoza, com 2 milhões de habitantes, a 3ra maior do país
Meu
pouso foi na região das vinícolas Mendocinas, em Luján de Cuyo, pouso ótimo
apesar de ter passado perto demais da rede elétrica. Tive aproximação de vários garotos, que
vieram com um papo meio estranho, mas aos poucos fui dobrando a vela sem
mostrar o equipamento eletrônico. Com o
dono do terreno que apareceu para ver o que estava acontecendo, consegui que
explicasse aos resgateiros onde eu estava.
E um pouco mais tarde chegaram na Ruta 40 para me resgatar. Na
volta ainda pegamos mais ¾ pilotos e com isso conheci bastante a região das
vinícolas, pois estava um pouco confuso o resgate. Missão do dia cumprida, a noite fizemos um
bom churrasco na Cabaña Alfombra Magika que estamos nos hospedando.
Visual da rampa para o Norte, clima bem árido
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