quinta-feira, 15 de junho de 2017

Prova 4 - Vinho e boa comida !



Dia com base bem mais baixa, abaixo de 2000m, liberaram o espaço aéreo para 3700m na Espanha.  Talvez para o meu consolo, já que na primeira prova fiz 0 pontos, por ter passado 150m do teto de 3000, tinha esquecido completamente da restrição.  E no segundo por ter perdido muitos pontos novamente por ter passado 30m...    Como sempre a subida inicial após a descolagem (sim assim mesmo... ) foi um pouco difícil, e acabei largando um mais ao sul da malta (grupo) .  E assim fui em frente, buscando bom caminho e na certeza de pegar algo forte na frente.  


Realmente consegui dar um bom gás no início da prova, mas no meio do azulão resolvi que teria melhores chances voando com mais parapentes em vez de ir totalmente solo.  Mudei um pouco minha praia, e juntei-me ao primeiro pelotão que estava um pouco a esquerda.  Estávamos em ½ dúzia de parapentes, quase todos Zenos, 2 conseguiram descolar um pouco e estavam um pouco a frente do grupo .  E assim foi muito fácil o voo sempre voando entre 1000 e 1800m, foi um passeio em cima do “deserto” espanhol.   Poucas pessoas, muito árido e quente.  O piloto russo, ex paraquedista militar, pousou no meio do “deserto”, na verdade uma grande fazenda alma viva.  Ele caminhou 9km debaixo de escaldante sol de 32 graus, e ainda por cima ficou sem água para beber.


Com alguns parapentes do mesmo modelo que o meu, Zeno, voando mais rápido na esticada, tive que dominar as emoções e partir para acelerar 70%.  Aos poucos fui me acostumando a essa nova velocidade neste que é o meu primeiro parapente 2 linhas e mostra ser muito sólida.  Desta vez o setor “end of speed” (até onde contam os pontos de velocidade) ficava a 8km do goal (onde devemos pousar), algo bem diferente do usual e alguns pilotos mais a frente foram um pouco lentos em beliscar este ultimo pilão, o Nélio mais ligado foi lá entrou no ESS, e voltou para subir na térmica onde estávamos. 


Finalmente “consegui” não romper o teto do dia terminando a prova em #4 posição.   Ao redor de 30 pilotos chegaram no goal, rompendo com a sequencia de apenas 10 completando a prova nos últimos dias.   Como normalmente o vento em Portugal/Leste Espanha é forte demais para o voo no contra vento sempre vamos a um posto de gasolina com um bar encostado para dar uma refrescada antes da volta rodoviária de 1h.  Desta vez foi o “Mi Casa” onde todos beberam uma cerveja gelada ou qualquer outra bebida fria !  Mesmo a água que levamos a bordo parece mais um chá morno do que H2O.


Jantar foi no restaurante Pedro II sem dúvida a melhor refeição em Castelo de Vide, com muitas risadas com os amigos pilotos, bom vinho e ótimo pato ao molho de amora.  Para completar ainda havia um show de musica portuguesa na praça principal da pequena aldeia.




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