Dia com base bem mais baixa, abaixo de
2000m, liberaram o espaço aéreo para 3700m na Espanha. Talvez para o meu consolo, já que na primeira
prova fiz 0 pontos, por ter passado 150m do teto de 3000, tinha esquecido
completamente da restrição. E no segundo
por ter perdido muitos pontos novamente por ter passado 30m... Como sempre a subida inicial após a
descolagem (sim assim mesmo... ) foi um pouco difícil, e acabei largando um
mais ao sul da malta (grupo) . E assim
fui em frente, buscando bom caminho e na certeza de pegar algo forte na
frente.
Realmente consegui dar um bom gás no início
da prova, mas no meio do azulão resolvi que teria melhores chances voando com
mais parapentes em vez de ir totalmente solo.
Mudei um pouco minha praia, e juntei-me ao primeiro pelotão que estava
um pouco a esquerda. Estávamos em ½
dúzia de parapentes, quase todos Zenos, 2 conseguiram descolar um pouco e
estavam um pouco a frente do grupo . E
assim foi muito fácil o voo sempre voando entre 1000 e 1800m, foi um passeio em
cima do “deserto” espanhol. Poucas
pessoas, muito árido e quente. O piloto
russo, ex paraquedista militar, pousou no meio do “deserto”, na verdade uma
grande fazenda alma viva. Ele caminhou
9km debaixo de escaldante sol de 32 graus, e ainda por cima ficou sem água para
beber.
Com alguns parapentes do mesmo modelo que o
meu, Zeno, voando mais rápido na esticada, tive que dominar as emoções e partir
para acelerar 70%. Aos poucos fui me
acostumando a essa nova velocidade neste que é o meu primeiro parapente 2
linhas e mostra ser muito sólida. Desta
vez o setor “end of speed” (até onde contam os pontos de velocidade) ficava a
8km do goal (onde devemos pousar), algo bem diferente do usual e alguns pilotos
mais a frente foram um pouco lentos em beliscar este ultimo pilão, o Nélio mais
ligado foi lá entrou no ESS, e voltou para subir na térmica onde
estávamos.
Finalmente “consegui” não romper o teto do
dia terminando a prova em #4 posição.
Ao redor de 30 pilotos chegaram no goal, rompendo com a sequencia de
apenas 10 completando a prova nos últimos dias. Como normalmente o vento em Portugal/Leste
Espanha é forte demais para o voo no contra vento sempre vamos a um posto de
gasolina com um bar encostado para dar uma refrescada antes da volta rodoviária
de 1h. Desta vez foi o “Mi Casa” onde
todos beberam uma cerveja gelada ou qualquer outra bebida fria ! Mesmo a água que levamos a bordo parece mais
um chá morno do que H2O.
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