Todos super animados já que depois de 4 dias de provas canceladas, e uma prova na classe 18m que decolamos mas não partimos, ávidos para voar sem duvida alguma. Decolada toda classe aberta e 15m, de forma simultânea, era nossa vez. Hmmm, decolagens suspensas, e eu dentro do planador para decolar, era a segunda fila. Poucas térmicas, vi uns 40 planadores na mesma térmica entre 500 e 700 metros visão bonita do chão mas em vôo bem complicado.
Finalmente nossa decolagem, passa do meu lado um rebocador com motor a turbina, cheiro de querosene, mas eu fui brindado com um Scout, decolagem foi ótima já que o vento ajudou, mas subia muito pouco, estava com 600kg, soltei 40litros de água no reboque mesmo. Em cima da cidade a primeira térmica, e muitos mas muitos planadores, numa raio de poucos quilometros mais de 100 planadores encurralados em 2-3 térmicas. Como estava mais baixo, me instalei tranquilamente e fui subindo aos poucos. Quando alguém muda de térmica e sobe um pouco melhor, uns 30 planadores chegam em questão de segundos. Tensão forte no ar, o „Flarm” apitando o tempo todo, nem olhava mais para ele, o negócio era olhar para fora. A maioria dos pilotos entram na térmica de forma respeitosa, mas alguns mais arrojados (idiotas mesmo) entram cortando mesmo, uma hora olho para cima e vejo a menos de 1m um planador passando... Tensão total, boca amarga.
Faixa aberta, tinha que subir um pouco mais, e no segundo pelotão de partida fui no junto grudado na base. Primeira perna muitos planadores juntos, praticamente impossível de fazer o vôo individual, planadores para todos os lados. Conversando um pouco com o Damian (Argentina) e Carlos (Chile), fomos trocando idéias por onde andar e tal. Aproximação de cirrus, reduzimos o anel um pouco, como todos aliás. No ponto de virada que as coisas começaram a piorar para o meu lado, cheguei um pouco mais baixo tipo 200m, e perdi contato com o enorme „gaggle”. Sem muito o que fazer fui em frente, tempo bem estranho a esquerda sem térmicas e a direita lindos cumulus... mas... era espaço aéreo proibido, fronteira com a Sérvia que estava fechada infelizmente. Alguns planadores mais atrasados aqui e ali, fiz grande parte do voo sozinho mesmo.
Passei por cima de Szeged, a caminho do proximo ponto mais a Leste, cheguei a 400m proximo a pista, consegui subir junto com uns 3-4 planadores da classe aberta, até 800m, e fui em frente, já pensando que seria o pouso fora, mas do lado de um riozinho, engrenei quase 2m e junto com ½ duzia de Nimbus4 e ASW22 subimos até uns 1200m mas já era 4 da tarde. O Blois avisando a equipe que não iria completar a prova e o Egon meio pessimista. Consegui contactar as nuvens na outra ponta, mas não era o 3m/s que parecia, subia, mas apenas 1,8m/s, subi a 1700m a altura máxima para o dia. E rumo ao penultimo ponto de virada, horizonte totalmente azul, 5:30 da tarde, sabia que as chances eram pequenas, mas estava lutando. Varios planadores da classe aberta, e alguns 18m também. Foi um planeio final interrompido por uma termiquinha que me levou 300m para cima. Já no melhor planeio, passei em cima de uma pequena cidade, e 2 planadores uns 200m mais baixo que eu. Aí o dilema 2 bandos de pássaros brancos e a direita 2 planadores girando, como as aves podiam estar atrás de mosquitos, fui para o lados dos planadores. Junto com o XX Nimbus4 e o HE (se não me engano), fiquei 20 minutos girando entre 250 e 300m uma térmica ridícula, mas tinha esperança que acontecesse algo de novo. Observei vários planadores pousando fora, perto de mim. Mas fiquei firme no 0,2m/s, nem eu nem o Nimbus conseguimos subir. as 17:40 pensei comigo, ninguém vai queimar um pasto aqui, então vou para casa. Liguei o motor a 300m, perdi 100m, e fui para casa.
Resultado ruim na prova, faltou 400m para chegar, mas faz parte. Muito cansado pela tensão do voo, fui dormir cedo, e hoje pronto para outra.
Teve um acidente muito grave, mas agora vou preparar minha prova para voar.
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