Aeroporto de Doha com seu gigantesco freeshop faz jus ao resto da cidade, com todas as marcas chiques do mundo, não sei para que tanto perfume e bolsas luxuosas. O mais interessante que os chocolates e frutas secas faziam mais sucessos que os artigos de maior valor, talvez por causa dos trabalhadores estrangeiros que vão para casa e precisam levar presentes para toda a família. Estão construindo um novo aeroporto, que deve ficar pronto em Janeiro de 2014, pois o atual não tem fingers suficientes, e os aviões ficam parados bemmmm longe.
Voei no moderníssimo Boeing 787 da Qatar Airways, feito com novas tecnologias de construção, fibra de carbono etc etc.. O avião estava bem cheio e apertado, foram 3h não muito confortáveis com um Indiano super folgado do meu lado, comerciante de ouro, que ia e voltava da Rússia, pelo menos conversei bastante. Cheguei no Indira Gandhi Int’l Airport as 2:30 da manhã, aeroporto enorme, bonito e bem cuidado, surpreendendo bem a expectativa. Lá Adnar & Karina já estavam me esperando no desembarque, estavam com uma cara mais cansada que eu, acho que se cansaram muito no turismo que fizeram nos 2 dias de Paris.
Aeromoça com má vontade, avião velho com aparência de mal mantido, estofamento velho
Esperamos bastante para nossa conexão para Dharmshala, pagamos excesso de peso, já que só o parapente pesa 20kg, mais a todas as coisas que estávamos levando não dava para encaixar nos 15kg autorizados em voos internos na India. O turbohélice estava com a conservação bem a dever, ou seja velho mesmo, meu vizinho a bordo estava pensando em desembarcar, com medo de voar o velho avião da Air India, mas no final ficou, afinal melhor 1h30 de voo do que 12/14h de taxi ou muito mais de trem no trecho Delhi – Dharmshala. O aeroporto é gigantesco, taxiamos por uns 15 minutos pelo menos ou até mais, pela propaganda, tem capacidade para 35 milhões de passageiros ano, e terminais gigantes, além de um terreno igualmente impressionante, mas para um país com a população Indiana tem que ser isso mesmo. Da janela do avião deu para ver as enormes casas humildes de Nova Delhi, logo após a decolagem, o que foi assustando um pouco a primeira vista, mas quem falou que São Paulo é muito diferente ? Céu azul durante o voo todo, uma inversão térmica bem forte, bastante poeira no ar, não dava para ver muita coisa. Nossa única aeromoça não gostou que bati uma foto dela fazendo a demonstração de segurança e veio falar para eu apagar a foto, e claro que não fiz isso.
O contraste em Nova Delhi
A enorme metropole
No horizonte já dava para ver as nuvens, que mostrava nossa proximidade com a cordilheira do Himalaia, claramente rompendo a estabilidade da atmosfera, aliás como andou chovendo na semana anterior, estava bem mais úmido que o normal, com nuvens empilhando na encosta do primeiro cordão de montanhas. Na aproximação para o pequeno aeroporto de Kangra-Dharamshala o avião fez várias curvas assustando um pouco meu vizinho e sua esposa, que perguntaram o porque dessas “manobras”, acho que deveriam dar uma volta com o RV7 - ZTO para ver o que é curva de verdade.
Adnar e Karina no aeroporto de Kangra/Dharmshala
CHEGAMOSSSSSSS !!!!!!! Depois de 14 hs SP-Doha, + 3h Doha-Delhi +7h de aeroporto, 1h30 de voo Delhi-Kangra de turbohélice, agora só mais 1h30 de taxi
Nosso taxista já nos esperava e em poucos minutos estávamos a bordo da camionete Toyota rumo a Bir-Billing. Um trecho de 50 km que levamos mais de 1h30 para cumprir. Apesar de ser considerada uma highway, a velocidade média é muito baixa. O asfalto é estreito, com pessoas andando dos 2 lados, bastante comércio, todo tipo de motonetas andando naturalmente sem capacete, ou seja a Índia de verdade. Algumas vilas com aparência muito humilde, até nos assustando um pouco, mas a medida que fomos nos aproximando de Bir, tudo ficou mais verde e mais bonito. Vimos alguns parapentes voando próximo as nuvens escuras que estavam “empilhadas” próximo as montanhas.
Chegada na pousada estávamos bem cansados da viagem, praticamente sem dormir durante 24h, um terreno grande, na ponta da vila de Bir, conseguimos ainda almoçar as 1430, comida deliciosa com molhos e gostos diversos do que estamos acostumados. Resolvemos combater o nosso sono, e passear um pouco pelas proximidades. Do nosso hotel até o pequeno templo tibetano, passamos por várias plantações de chá com o pessoal local trabalhando nelas. Visitamos o colorido templo, e espero que com a chegada do quarto brasileiro da turma, ele possa nos explicar com detalhes o significado das estátuas, cores enfim da tradição budista que ele é ioga, entendo tudo do assunto.
Aqui o transito é na base da buzina mesmo, o tempo todo, essa é a rodovia principal de Dharmshala a Bir, voar é bem mais seguro !!!
Na entrada de BIR, vimos escrito PWC 2013 , conversamos com o pessoal local, que nos explicaram alguns detalhes de documentação, autorização de voo, tudo bem tranquilo pois o evento só começa na outra semana. Tiramos as fotos tamanho passaporte por US$1 as oito fotos, copia de passaporte e fomos também visitar o pouso oficial de parapente. Como a gripe do contraste de temperatura me pegou em Doha, resolvi voltar para o hotel, pois começou a esfriar com o por do sol e estava apenas de camiseta e shorts.
Comida ótima, com diversos molhos e algumas opções com especiarias, o esquema do hotel é do tipo “coletivo” ou seja cada um se serve no buffet, que tem poucas mas saborosas opções, somos apenas 20/30 hóspedes. E a agora dormir !!!
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