domingo, 28 de junho de 2015

Krushevo Resumo das Provas


Não consegui manter o blog em dia, mas aqui vai um resumo geral deste excelente local de voo.   Voamos do segundo ao penúltimo dia, 5 provas válidas, sendo que uma delas foi interrompida por vento forte no pouso.  

Antes da largada, muita gente com dificuldade para subir no início

Local muito bom para voar de parapente, a grande planície de Pelagonia, protegida por montanhas por todos os lados, e por este motivo é um local com relativa pouca turbulência e com muita opção de pouso.  Pequenos vilarejos pontuam a região toda, e plantações familiares por todos os lados, com ampla possibilidade de pouso. 

A pequena Krushevo ao fundo

Tivemos meteorologia relativamente fraca, apesar de ser o início do verão, as temperaturas estão muito abaixo do normal, com noites em Krushevo sempre abaixo de 10 graus, alguns dias com 5/6 graus.  Nos voos tivemos que ter muita paciência alguns dos dias, especialmente no ultimo, com vento forte e muita sombra, a estratégia acabou sendo muito importante para completar a prova.  Alguns momentos voamos totalmente no contra vento para ir para o sol e esperar alguma térmica encorpar.  Em outros momentos era planeio sem acelerar torcendo para encontrar algo em cima dos vilarejos e elevações, pois o céu não mostrava nada.  

No planeio final, quando fui o ultimo a pousar no Goal, mas cheguei ! Notem a pequena elevação a frente, sempre nessas regiões subia.

Aprendi bastante neste campeonato, corrigindo meu erros iniciais, em especial nos primeiros dias quando ainda teimava em voar sozinho, não me preocupando muito com os pelotões.  Nas Provas #2 e #3, fui um pouco mais lento que os demais justamente por não analisar melhor o que o grupo estava fazendo, foram dias secos, com céu azul, e com a planície funcionando muito pouco a maior parte dos pilotos deu uma volta maior pelas montanhas, e eu fui pela planície.  Resultado que fiquei baixo várias vezes, fui salvo por uma cegonha mas mesmo assim foi o último a chegar no goal dos 23 (de 85) com média de velocidade bastante reduzida. 

Pedras salvadoras depois de longo voo na planície

Já na prova #3, novamente fui um pouco mais lento por insistir em ir para a frente sozinho e não usar mais as informações do grupo.  Peguei uma bombástica térmica de 3,5m/s (média), e estava quase no planeio final, faltava 300m para entrar no cone, mas nessa prova interromperam ela quando os primeiros estavam próximo do goal.  E como aqui eles rodam o relógio 10minutos para trás, minha posição era baixa... e com isso minha pontuação sofreu bastante.  A decisão foi muito acertado, pois o vento aumentou muito depois, apesar da chuva ter passado do lado, estava bem ameaçador.


Já nos últimos dos dias tentei voar um pouco mais com o grupo que estava por perto, estratégia que funcionou um pouco melhor apesar da meteorologia ser ainda mais difícil.  Tivemos que enfrentar vento, grandes sombras e usar muita estratégia.  Vários pilotos que num momento estavam altos ao meu lado logo em seguida estavam pousando por não usarem boas linhas de sustentação, ou por saírem cedo demais da térmica.  Claro que conhecer melhor a região começou a ajudar também o meu voo.   Na prova #4 comecei a acelerar um pouco mais nos momentos possíveis, sentindo mais segurança na vela, mas ainda posso apertar um pouco mais.  Cheguei com 500m no pouso, altura excessiva, que tenho que trabalhar melhor, praticamente empatei na prova chegando 3 pontos atrás do primeiro colocado da Sport.

Pousando no dia da prova suspensa

No ultimo dia a tática de ir para o sol, e praticamente “estacionar” funcionou bem, foi um dia de muita paciência tivemos que rodar térmicas de 0,8m/s e algumas vezes sem subir, tinha que esperar o pessoal do pelotão a ir em frente, pois voar sozinho seria pouso na certa.   Grupo dividiu-se, fui para o sol quase no contra vento junto com mais ½ dúzia de velas de alta performance, entre eles o André Becker.  Alguns acabaram pousando, pois chegaram baixo demais em cima do morro onde tinha um zerinho.   Esperamos até que o sol apareceu, pois o vento do Norte vinha limpando o céu, trazendo mais claridade. O André subiu tão bem na térmica que abriu mais de 500m de mim !!!  E partiu sozinho em frente, estava seguramente em primeiro lugar na prova do dia, mas infelizmente acabou pousando cedo demais sem chegar ao goal.  Eu encontrei um outro grupo mais a frente e fomos juntos rastreando as esparsas térmicas existentes.  E a maioria deste grupo chegou ao goal, fiquei em primeiro nesta ultimo prova na classe Sport.

Largada no ultimo dia 

Ultima térmica ao lado de Bitola, salvou todo mundo 

Pousando no Goal, próximo a 3 km da fronteira com a Grécia

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