Últimos dias de voo em Pedavena
Com o passar dos dias comecei a pegar o jeito do voo em Pedavena, o vale tem a cadeia de montanhas ao Norte, que sempre funciona bem melhor que o vale. Neste vale alguns dias tivemos forte inversão alguns dias.
Próximo a decolagem
Inclusive numa das provas mais de 70 pilotos não conseguiram nem largar, enquanto os 30melhores chegaram no goal ! O que aconteceu para esta disparidade total ? Apenas quem decolou cedo e conseguiu subir rapidamente em cima do Monte Avena rompeu a primeira inversão térmica, os demais pilotos (eu incluído), foram um pouco a Leste da decolagem, e as térmicas lá não eram potentes suficiente para romper esta primeira inversão. Ou seja a térmica que levou o pessoal para bem alto (no mínimo uns 1000m acima da rampa) saía do cume da montanha de onde decolamos, e dos outros locais nada. Voei cerca de 1 hora tentando subir, mas não funcionou, no final pousei no “Aterraggio Boscherai” mesmo (o oficial) muito bravo comigo mesmo, pois como poderia ter perdido esta ? Era a oportunidade de recuperar uns pontinhos no campeonato, o detalhe foi que tive que andar da decolagem leste para norte, com o parapente preparado, e todo pronto para decolar junto com meus 11 litros de água, demorei muito para decolar, e isso certamente me desconcentrou de observar o que estava acontecendo. A decolagem leste estava difícil, com pouco declive, e o pessoal correndo muito... Aproveitei o dia para ir ao Supermercado, descarregar água suja e repor a água limpa do motorhome. Tivemos um ótimo jantar da Birreria Pedavena, onde sentei com alguns Franceses e a Joana da Venezuela, voando sua vela Gin GTO, junto comigo os únicos sul americanos.
Carrera e as sombras voadoras
Já no ultimo dia de prova estava apenas 30 pontos de terceiro colocado, e resolvi que iria ser um pouco mais agressivo no voo. Nesta altura do campeonato já tinha pego um pouco mais o “jeito” de voar neste lugar. Sempre o máximo possível encostado nas montanhas, rodando pouco, pois com o vento certo tudo subia. O detalhe que em alguns locais a cobertura vegetal mais intensa inibe as térmicas, importante voar um pouco no lugar para entender o fluxo do ar.
Teatro de operações
Mas o voo não foi tão fácil, apesar da prova um pouco mais curta, fiquei baixo e tive que ir para o vale, que funcionou razoavelmente, peguei bastante turbulência no lado W do Monte Avena quando voava colina (lift), de volta, e resolvi que estava meio perigoso rodar térmica próximo da encosta, fui em frente, e na ponta leste subi com uma térmica fraca. Vi o meu grupo passar uns 400m em cima de mim, claro que tinha errado, mas não tive estomago para turbulência que estava acontecendo. Mas logo a frente era hora de puxar o freio de mão, e este grupo acabou quase todo indo para o chão, vindo mais conservador, consegui sobreviver melhor, e aos poucos chegando no planeio final. O instrumento Flymaster mostrava que faltava 300m de altura para entrar no cone, enquanto que no Naviter já sobrava 250m... Em quem acreditar, resolvi subir mais um pouco, e isso custou o primeiro lugar da Sport nessa prova, pois o pilotoTcheco a bordo de seu Aspen 5 entrou no planeio final mais baixo que eu, naturalmente chegando antes... Não iria mudar o resultado final, mas não ganhei a prova. Este problema que tive aconteceu nos últimos 2 dias de prova, fato que também aconteceu com um piloto Sueco, portanto algo errado no setup do Flymaster ?
Sempre as pedronas por perto
Os voos comparativos foram interessantes, mostrando que as velas pequenas realmente tem dificuldades em acompanhar, brigando um pouco, consegui acompanhar por um bom tempo a Polonesa Klaudia que voa um Enzo2 XS, já a Nanda com o Trango 3xs voava praticamente igual, perdendo nas transições por falta de velocidade do tamanho pequeno. Não deu para voar ao lado do Cayenne 5, novo lançamento da Skywalk, porque tínhamos estilos muito diferentes, mas a impressão que as velas são parecidas.
Pedavena citá
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