segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Video com 3 decolagens

Video com 3 decolagens minhas rebocado, com emergência (rompimento do fusível)


Quem falou que rompimento de cabo de reboque não existe ???


domingo, 16 de setembro de 2012

Atlanta Paragliding

Decolando da planície em vez da montanha

Procurando na Internet, localizei o SPP, Southern Para Pilots com o pequeno detalhe e que eles operam com sistema de guincho.  Então olhei no mapa onde fica, humm 115 milhas, isso deve dar umas 2 horas e pouco de estrada, mas com meu calhambeque de 14 anos de idade, carro cortesia para quem pousa em Sandersville (free mesmo !), achei meio distante.   O Ray me emprestou o utilitário Toyota dele, e as 8 e pouco da manhã estava com o pé na estrada.  Fui do sul ao Norte da Georgia, tudo por estradas pequenas, mas que no Brasil seriam consideradas ótimas, tudo parecia meio vazio, poucos carros mesmo.  Com muitas árvores em volta e pequenos aglomerados de casa ao longo do caminho deu para ver que é uma região um pouco mais sofrida, pois muitos locais em estado precário.  As rodovias principais são todas radiais de Atlanta.

 Lindas casas na saída de Sandersville, típicas de uma outra época, estas em excelente estado




Na chegada ao SPP já avistei um paraglider voando, sabia que estava no caminho certo.  O sítio de voo fica dentro de uma propriedade rural, e é tocado por 2 sócios, um inglês e outro tcheco.  Fui bem recebido, um outro piloto da Bielo Russia disse que já tinha visto meu blog (via facebook…).  Praticamente uma galera internacional, pois logo depois chegou uma pilota argentina e até um americano.  O pessoal já estava fazendo vários reboques enquanto eu assistia a operação.  

Como não tenho experiência de decolagem com reboque estático, apenas de lancha, o instrutor me explicou primeiro dentro da sala todas as etapas do voo, teoria toda.  Depois fomos para o simulador de voo, que é uma catraca pendurada num galho grosso de uma árvore, onde treinei várias situações de voo, já sentada na minha selete (cadeirinha).  Nada complicado, mas com alguns detalhes e sistema diferente do que usei no curso de SIV com o Kurt, na represa de Bragança.

Aguardamos o vento de cauda terminar, por conta de uma térmica, e era a minha vez de decolar.   Tudo posicionado, e o palavreado deles "tension tension tension", para tensionar o cabo, e depois yes yes yes yes, enquanto está tudo em ordem e eu correndo e decolando.  Saí meio torto para esquerda, mas compensei com freio direito, esperei um pouco para sentar na nova selete, e para minha surpresa até que sentei com uma certa facilidade.  E o instrutor gritando no rádio direita direita,  achei estranho o parapente pendendo para esquerda, mas o reboque foi tranquilo.  Quando faltava ainda 1/4 do reboque, eu havia entendido "release" e puxei o desligador, mas como ainda estava em posição com maior ângulo de ataque… deu aquela pendulada.  Depois o instrutor me falou no rádio, que não era para desligar ainda, estava meio baixo ainda tipo 250.  Notei que algo estava errado pois o parapente teimava em ir para esquerda, olhando para cima vi uma gravata (nó mesmo) na ponta esquerda, o que causou essa tendência, aí comecei a puxar a linha do estabilizador tum tum tum tum  e consegui soltar o galho.  Também notei a diferença por estar voando a selete nova, que tem uma ancoragem (pontos de fixação do parapente) mais baixos, e parecia um pouco mais aberta a distância entre os mosquetões. 

Achei uma térmica fraquinha a 200m subindo lentamente até ver uns pássaros rodando próximo, fui para lá e engatei numa boa subida.  Fiz um voo bem sossegado de 1h30 aproximadamente, segui a rodovia rumo a Atlanta, mas fiquei com medo depois de não achar o pouso, aí voltei fui para a direção oposta, tempo muito bom, nuvens alinhadas e térmicas bem macias.  A região é bem arborizada, mas tem pouso para todos os lados, bem fácil mesmo para fazer distância.  É obvio que passei um frio lascado,  já que quando estava vestindo meu uniforme azul, o instrutor falou, está um calor danado, você não vai sentir frio algum…  Como estava sem GPS, apenas com o vario Flytec, prestei bastante atenção para não perder o pouso de vista, as referências em relação a rodovia principal, galpões em volta e fui passear um pouco num raio de 15km.

No segundo voo o reboque foi bem melhor, sem o zig zag da gravata, mas durou poucos minutos , já que era o final da tarde.  

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Salt Lake City segunda parte


Outros dias em Salta Lake City (SLC)

A meteorologia não foi tão favorável nos outros dias, mas mesmo assim consegui voar todos os dias.  As escolas começam a instrução as 7 da manhã na colina sul, além é claro dos pilotos que gostam de praticar pouso e decolagem, ou seja as 730 da manhã já um monte de gente no ar (isso que ainda é horário de verão !).

No segundo dia o vento estava bem forte para decolar, mesmo assim bastante gente voava.  Muitos parapentes de velocidade (speed wings), que são perfeitos para brincar com vento forte.  Vi muitas da marca Little Wing (Spiruline?), mas também várias outras, além das asas deltas, sempre presentes aqui nos EUA.   Como o vento no topo estava impossível para mim, fui para o pouso novamente (de carro), e subi 1/3 do morro a pé mesmo.  Já bem "aquecido" pela subida a pé, abri o parapente na parte mais alta onde os alunos treinam os primeiros, tipo morrinho.  Decolei bem, mas não consegui ficar mais do que alguns minutos.  


Futuro carro de resgate ???


Resolvi insistir, e subi novamente o mesmo caminho, desta vez ainda mais determinado !  Desta vez consegui ficar no lift, e aos poucos fui subindo o morro voando até chegar no topo dele, devo ter voado 1 hora, muitas vezes voando a menos de 1 metro da encosta do morro, que é totalmente aterrisável em toda sua extensão.  Quando estava para encostar os pés no chão dava uma pequena freada e apontava um pouco para baixo, e assim fui praticando, pela primeira vez fiz este tipo de voo e achei muito bom para melhorar a pilotagem. 

No terceiro dia de voo, o vento soprava ainda mais forte, em plena segunda feira, vi apenas 1/2 dúzia de asas e outro tanto de parapentes speed wings, apenas 2-3 parapentes de tamanho normal (como o meu).  Conversando com outros pilotos, vi que dava para voar, então em vez de caminhar morro acima, resolver usar minha cabeça, e caminhei morro abaixo.  Desci aproximadamente 1/3 dele, e tentei decolar, mas os galhos que prendiam nas "cordinhas" do parapente atrapalhavam, na terceira tentativa consegui por a vela para cima.  Voando já na encosta, parecia um varal de galhos, vários deles pendurados, mas tudo voando bem, resolvi ignorar.  Desta vez o lift estava mais "gordo" e subi bem acima do morro.  Algumas vezes ia bem para frente, para perder sustentação, voltando em seguida para subir no zig zag da encosta.

Já cansado de comer a comida "junk" americana, sempre com molhos ou fritura que me fazem mal,  descobri um supermercado meio delicatessen, com altíssima variedade de tudo, inúmeros queijos, frios, frutas e me esbaldei.  Comprei uma caixa de sushi mesmo, além de frutas e outras iguarias,  para almoçar as 11 da manhã, sentado no segundo andar, com acesso a wifi e comida decente.  A região tem a famosa variedade americana de lojas espalhadas por todos os lados que sempre surpreende a brasileiros, ao mesmo tempo é um pouco mais do mesmo.  

 

Fui visitar as lojas de parapente, em especial o representante da GIN, onde tinha a selete (cadeirinha de voo) que eu estava de olho.  Testei ela sendo erguido por um guincho elétrico, para ficar com os pés fora do chão mesmo.  Eles tem toda a linha GIN e algumas outras marcas.  Depois de anotar os preços, resolvi ir embora e pensar um pouco sobre o assunto para não ser impulsivo.  

 
Testando o novo brinquedo...


No ultimo dia em Utah, o vento ainda mais forte, desta vez não dava para decolar nem no meio da montanha, na verdade se eu tivesse chegado as 7 da manhã provavelmente teria voado, mas com a insônia que me assolou nestes ultimos dias, cheguei perto das 9 da manhã.  Papeando com outros pilotos visitantes resolvermos passar no Harmons novamente, e almoçar por lá mesmo, desta vez um buffet de salada quase como os saudosos restaurantes por kg brasileiros.  Aqui é fácil puxar um papo com o pessoal, os americanos são muito receptivos e o Brasil está sempre em alta.    Aliás no voo livre, aqui nos EUA pelo menos, quase todos os pilotos de parapente já ouviram falar do Brasil, os mais experientes já foram para Valadares e outras rampas, e os menos sempre tem uma simpatia extra.  

 
Neste dia o vento estava tão forte, que soquei o parapente no porta malas, para dobrar depois


Martelo batido, fiz um rolo danado, e troquei minha selete por uma melhor, porém igualmente pesada.  Fui para o meu bunker, aluguei um quarto na casa do instrutor, arrumar as minhas coisas para a viagem do dia seguinte.  Patrick costuma levar americanos para voar no Brasil, e se pressionado consegue falar um português "macarrônico".  



Brincando com o vento forte (não sou eu)



No final da tarde fui para a decolagem Norte, o "Point of the Mountain" clássico, que fica a 2min de carro de onde eu estava hospedado.  Comecei a praticar solo com a nova selete, o vento estava forte, mas não conseguia ficar com a vela na cabeça muito tempo, todas as vezes que olhava para cima, batia o capacete no cocoruto da selete, tentei várias vezes, e efetivamente perdi a confiança em inflar.  Na hora pensei "que burrada devia ter ficado com a selete antiga", já estava arrependido.  Resolvi descansar um pouco, e na volta, resolvi investigar um pouco.  Tirei a mochila da vela de dentro da selete, e… mágica ! A parte de trás ficou mais mole, hummmmmm.  Me amarrei novamente, o vento já estava bem calmo, via gente voando altooooooooo, inflei o parapente e NÃO BATI  a cabeça !!! Fiquei feliz da vida, pratiquei mais um pouco e decolei com facilidade.  O vento já havia diminuido, e por isso fiz o voo mais curto da viagem, tipo 3 minutos.  Pousei feliz da vida e ainda consegui uma carona para a decolagem novamente na van de uma escola.  Uma pena que levei tanto tempo para perceber que havia socado muita bagagem no pequeno porta malas da selete (em comparação a selete antiga que era enorme), o comandante da American Airlines, decolara 1/2 hora antes e fez um voo longo indo para o segundo estágio da montanha etc et alll !  

E com as novas descobertas encerrei minha temporada de voo sem motor nos EUA.


As 630 da manhã a 33.000 pés

domingo, 9 de setembro de 2012

Parapente em Salt Lake City (Utah - EUA)

O caminho para chegar em Salt Lake City, capital do estado de Utah foi mais longo do que a rota SP - EUA.  Foram 2h20 de Sandersville (Georgia), onde ficou o RV7 na oficina, até o gigantesco aeroporto de Atlanta.  Depois 1h de espera para pegar o voo, 2h até Dallas, 1h conexão e mais 2h20 até pousar em Salt Lalt Lake.  

Já na aproximação do aeroporto, olho pela janela, e vejo uma enorme quantidade de parapentes voando, debaixo do Boeing !!! Pensei comigo mesmo, estou chegando no lugar certo !!! Carro alugado, fui na direção sul, resolvi parar num Super 8 Motel mesmo, uns 30 minutos do aeroporto, mas ficava do lado da estrada, mudei para um outro que ficava mais para dentro.  O kit chip AT&T para o iphone  (pré pago a US$2/dia) e um GPS Garmin de automóvel me ajudaram a escolher o hotel, e negociar a tarifa.

Liguei para 3 operadores de parapente, e gostei mais do jeitão do Patrick, fiquei meio incrédulo quando ele falou que as 6 da manhã ele vai para a decolagem sul, um morro com formato perfeito, para treinar os alunos.  Param de voar ao redor das 9-10 da manhã, porque o vento começa  mudar de direção. No sábado, acordei as 5:30 da manhã, estava ainda no fuso horário da costa leste do país, 2h para frente, e as 07:00 cheguei no local de voo.  Nunca acordei tão cedo para ir voar, e ver que muitos já estavam voando !!!!


Uma colina perfeita, assinei todos os papéis necessários, filiação a USHPA, e pela conversa ele nem solicitou a minha carteira FAI, grrrr, eu tinha corrido em SP para conseguir obter ela a tempo, aconselhado por um amigo que voa nos EUA, melhor estar com os documentos em dia do que ser barrado depois pela burocracia.


As 8 da manhã no lado sul, todos voando !

O local se chama Point of the Mountain, com decolagens ao sul , período da manhã, e ao norte período da tarde.  Local com muita gente voando nos finais de semana, e mesmo nos dias de semana nesta época do ano, que é considerada uma das melhores do ano.  



Arrumei carona para subir na montanha, e me preparei com calma, voei por 40" pousando várias vezes no topo da montanha (finalmente !!!!) em seguida decolando novamente, um dos meus pousos... foi arrastado, ainda bem que estava de macacão, mas os outros N pousos foram ótimos. Papo vem papo vai, percebi que estava mal equipado para voar nesta região, especialmente meu tênis velho que escorregava no solo pedregulhoso  As 10h o Patrick falou me liga as 12h que direi onde vamos nos encontrar para fazer o "mountain flight". 

Fui para uma loja de artigos esportivos , REI, enorme, e comprei luvas de inverno, uma bota de caminhada leve, porque meu pé derrapava no solo pedregulhoso.  O impressionante foi a quantidade de lojas na região, novamente o Garmin me indicou o caminho, realmente dá para ver o que o esporte nacional dos EUA é comprar.  Estava num suburbio de Salt Lake, e imensos shoppings, áreas comerciais, com lojas de todos os tamanhos. 

Estacionei o carro num local ao lado da rodovia, onde muitos carros já haviam estacionado, e podem ficar por 24h, ou seja o pessoal se encontra, deixam o carro e seguem em 1 para a atividade "outdoor" do dia.  Nesta região muita gente gosta de ir para as montanhas escalar, caminhar, andar de bicicleta, etc etc...

Fomos para a decolagem de Inspo (Inspiration Point, na cidade de Orem), uns 20 min de carro com rodovia de 4 pistas, infra estrutura dos EUA absurda o tempo todo.  Antes de subir, o instrutor me mostrou o pouso oficial e os alternativos.  O desnível de aproximadamente 500m, estava já com uns 20 pilotos ou mais se preparando para decolar, estava acontecendo uma espécie de campeonato internor do clube local.



Aos poucos o pessoal começou a decolar, céu totalmente azul e base altíssima. Me alertaram para não passar de 4500metros porque eu não tinha oxigênio, vi alguns pilotos decolando com sistema já instalado !!  Esta decolagem fica a 2000m , e é conhecido como porta de entrada para o voo de alta montanha, pois ao redor várias montanhas bem altas.

Decolei a esquerda do Cascade Mountain, e o voo foi para o Norte

Consegui subir já na frente da rampa, térmicas boas, fui para perto do enorme lago e não consegui pegar muita coisa, então voltei para a montanha, e novamente as térmicas disparando.  Rick, o outro piloto (e dono do carro) , pousou 1/2 hora depois, e o instrutor resolveu levar o carro para o pouso.  Estava voando local, quando ele começou a me animar a ir levemente contra vento, em direção de Salt Lake, com as montanhas praticamente no eixo Norte/Sul, e o vento soprando de NW estava perfeito, o sol aquecia a encosta e o vento completava a fórmula disparadora de térmicas.  Fiquei baixo em cima de uns tanques de água, mas tinha o gramado de uma escola como alternativa de pouso, quase desistindo do voo, a 200m do chão, consegui subir novamente.  E mirei a encosta, voei na parte média/baixa delas, pois não conseguia passar de 3000m, ao redor de 1500 acima do solo.

O mais alto que cheguei foi 3300m do nível do mar, maior parte do voo foi a 2500m, não consegui baixar o voo, porque o mac não conversa com o flytec de jeito nenhum.

O solo basicamente pedras, rochas e alguns trechos um pouco mais arborizados.  Lá no vale, casas o tempo todo, então eu basicamente ia de escola em escola, cada uma delas tem um enorme campo verde de esportes, além dos campos verdes de algumas das inúmeras igrejas (afinal Utah é a terra dos Mormons).  Aliás o interessante, que todos aqui conhecem alguém do Brasil, a maioria dos instrutores já foi para Valadares, e mesmo as pessoas que não voam tem algum parente ou conhecido que já passou pelo BR.

Mas voltando ao voo,  Patrick, o instrutor, ia seguindo de carro encorajando e alertando para eu não entrar demais em alguns dos canyons.  Uma hora estava bem baixo, a ultima alternativa, encostar na montanha mesmo, e novamente subiu !  


O gramado perfeito no pouso

Com esta mistura de térmicas desprendendo da montanha, e um pouco de insistencia, voei 3h , pousando num campo de futebol americano impecável, nunca vi um gramado tão perfeito !  Faltou muito pouco para eu chegar no Point of the Mountain, que é o local tradicional de voo.

Bem destruído após o vôo, mas contente :)

Para fechar o programa do dia, fomos para o Point of the Mountain, face Norte onde 3 dezenas de objetos voadores aproveitavam o vento norte soprando na encosta perfeita, parece até que foi construida !

Recomendo a região, é muito bonita !!! Além de ter outras atividades quando não dá para voar.

O Patrick, que fala algumas palavras em português, esteve em Valadares algumas vezes, é muito bacana, http://www.potmp.com/index.php



Outra colina perfeita, lado Norte 






segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PICO DO URUBU


PICO DO URUBU - LOCAL MAIS PRÓXIMO DE CASA QUE JÁ VOEI

Sabadão encarei a marginal Tietê inteira, início da rodovia Ayrton Senna, e logo depois cheguei, nem parecia que estava indo voar de parapente. Apenas 80km de casa, incluindo os 30km de SP, cheguei em praticamente 1h em Mogi das Cruzes.  Peguei o Alê ao lado do Pórtico da cidade, que celebra a numerosa colonização oriental (Japonesa) da região. 

A estradinha para a rampa é muito boa, inclusive com calçamento nos trechos um pouco mais ingremes, qualquer carro consegue subir.  Até o maps.google mostra o caminho para o topo da rampa, algo raro neste software gringo que quer dominar o mundo. 

LADO NORTE
Segundo os locais, 80% do tempo essa é a rampa a ser usada, neste dia inclusive soprava vento nordeste na rampa.  Decolagem é tranquila, tem espaço para abrir o parapente, checar tudo, mas decola apenas 1 por vez.  Creio que esta rampa é boa para vento vento Norte e Nordeste, com vento Noroeste é melhor ir para Atibaia, pois lá fica turbulento, nem aconselham a voar.   O pouso é próximo, com alternativas se não chegar no "oficial" que tem uma biruta ao lado da cerca.  Diria que é bom ter um pouco de experiência para voar lá, mas todos da "nossa turma" já tem qualificação para voar lá.  

LADO SUL
Olhando para a cidade, não gostei, o pouco é num local não ideal, ok, mas não iria para lá voar com este vento.  A decolagem é tranquila, mas o pouso... E o vento sul normalmente é frio, apagando as térmicas, a rampa fica a 40km do oceano atlântico. 

O VOO
Observei alguns decolando na frente, tentando liftar, sem muito sucesso, o vento estava um pouco fraco para tanto.  A maioria pousava depois de 10-15min, maximo.  Um piloto conseguiu romper a inversão e subiu para uns 500m acima da rampa, parecia lá no alto !  E depois pousou em local desconhecido ( por mim), pois não conseguiu chegar no oficial.  
Alê enrolando, resolvi decolar, fui direto para esquerda, vi uns Urubus, e uma pedra preta, escura, sem erro, peguei uma boa térmica e subi subi subi... Bem macio, não estava turbulento, o pessoal no rádio falando para eu ir para Suzano, mas eu estava apreciando a paisagem.  
Visual muito bonito a 1800m do nível do mar, ou 700 acima da rampa.  Dava para ver a serra do mar, com as nuvens um pouco mais baixas cobrindo tudo, e Mantiqueira ao norte e o vale do Paraiba.  Fiquei boiando entre várias térmicas proximo a rampa, a idéia era conhecer o local sem navegar para lado algum.

O dia estava bem azul, sem fiapos indicando térmicas, o Alê no rádio falou "Thomas eu NÃO vou resgatar você" , heheheheh, mas eu não ia para lugar nenhum mesmo.  Fiquei observando a rota para o litoral, com idéias para o futuro, as represas, e o caminho para chegar em Bertioga- Enseada ou mesmo na Riviera S Lourenço. Esse voo já foi feito algumas vezes, mas tem suas peculiaridades, especialmente a travessia da serra do mar, mas pode ser um desafio interessante para o futuro. 

Tem gente voando lá todos os finais de semanas, com escolinha, o pessoal parece estar se articulando, disseram que tem NOTAM, tem resgate de Brasilia R$10, com o pouso no oficial, se for em outro é R$20 (né Alê ??????).  Fica próximo a SP, como alternativa para bate-volta ou mesmo para voar no período da tarde... vale a pena.  

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Parapente fotos minhas

Outro dia me perguntaram, o que é um parapente ???  Por isso resolvi colocar 3 fotos super simples, by the way bem egoistas, minhas, voando !

Pousando em Atibaia

Decolando da Pedra Grande - Atibaia 

Vela Mentor 2 (da Nova) voando no Norte da Itália (Bassano)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Bassano del Grappa, video

Pequeno vídeo da decolagem e pouso em Bassano, e umas poucas e boas fotos...


Italia2012 from tmlkbr on Vimeo.



domingo, 24 de junho de 2012

Itália 2012 - Bassano del Grappa

Lugar bom para aprender a voar e ganhar experiência, tem a ultima linha de montanhas dos Alpes.  Ao sul a planície Italiana, com Veneza a apenas 80km, nos dias claros inclusive é possível ver a cidade e a laguna já no mar Adriático.  Meteorologia não sofre com os problemas de ventos tipo “Foehn” que varrem os vales na região dos Alpes.

Pouso em Mayrhofen

A idéia inicial era voar em Mayrhofen durante 1 semana, e passar 2-3 dias em Bassano.  Mas com o tempo ruim na região de Zillertal (vale que contém Mayrhofen), resolvemos ir para Bassano e talvez voltar no meio da semana, caso o tempo melhorasse.  Voar nos Alpes requer entender as cadeias montanhosas e como os ventos fluem pelos vales.  Prever os ventos analisando os sistemas de pressão nas várias regiões.  Ou seja para nós brasileiros o melhor é usar o conhecimento local para voar por lá.   No dia que cheguei em Mayrhofen o vento Foehn soprava com uma violência incrível, segundo o instrutor Kelly, é uma situação totalmente não controlável, não dá para voar com parapente pois é extremamente turbulento.  O lado bom é que hoje em dia com a internet, é de relativa previsibilidade.

Hotel em Mayrhofen, atrás um dos teleféricos em funcionamento

Não posso deixar de comentar que a região de Mayrhofen é muito bonita, dezenas de pequenos hotéis que ficam lotados nas férias de verão e inverno, todos meio vazios.  Passeios a pé, de bike com os teleféricos principais em funcionamento.  Também bons restaurantes, mas o horário de jantar é bem cedo para os nossos padrões, a maioria fecha ao redor das 22:00 !!


Já que não deu voo, o negócio foi apelar para bike, um frio lascado no topo da montanha

Em Bassano, ficamos hospedados no hotel Garden Relais, sem duvida a melhor opção, pois fica ao lado do pouso oficial e sede do clube de voo livre Monte Grappa.  Além de ter bons quartos, tem um excelente restaurante a preços razoáveis.  Tivemos que comprar o “Fly Card” que é a taxa que cada piloto paga para o clube local, e serve de ajuda para manter o pouso em boas condições além das decolagens é claro.   Seguro de saúde e contra terceiros é obrigatório, e recebemos um sinalizador de fumaça para o caso de pousar nas árvores e necessitar resgate por helicóptero, ainda bem que ninguém precisou !


O detalhe nesta foto é o "Tree Rescue" , um sujeito que cobra Eur$300 para tirar o parapente do meio das árvores no caso de pouso enrolado

Treinamos por 2-3 horas inflar o parapente, algo que eu realmente estava precisando fazer.  O vento vinha um pouco turbulento, mas deu para aproveitar bem.  Inclusive resolvi aprender de vez a decolagem “alpina”, treinando várias vezes no solo.   Bem no final da tarde, com o tempo limpando subimos para a rampa sul #2 , 100m mais baixa que a principal , ideal pois sempre mais vazia com bom espaço para abrir os parapentes e abortar a decolagem com segurança na frente.  Mas o vento catabático (que desce a montanha) já estava soprando levemente, deixamos para o voo para o dia seguinte.   Várias decolagens no Monte Grappa, a nossa ficava a 550m do chão, a principal 100m acima.  Mas vi gente decolando até mesmo a 1500m, num local que leva 1hora para chegar de carro.

Sempre recepcionado pelos cães brincalhões no pouso oficial 

Exíguo painel de instrumentos do TO versão Parapente

Nos primeiros 2 dias decolei com o sistema alpino, que o pessoal usa no RJ ou seja é correr para frente e a vela levantar.  No segundo voo, arranquei com muita energia, e a vela passou, na segunda tentativa decolei sem maiores problemas.  Agora peguei confiança nesta modalidade de decolagem, que é muito boa para vento fraco.

   A turma de voo esperando o dia começar !

A decolagem que usamos quase todos os dias, não era a mais alta, mas bem confortável

O grupo era bem diverso, sendo que apenas o Finlandês Lars tinha menos experiência de voo do que eu.  Cada um com suas deficiências aprendia das dicas passadas pelo instrutor Kelly.  A montanha é bem térmica, e a cada dia aprendemos um pouco mais de onde desprendem as térmicas.   Uma linha de aproximadamente 10km é o cordão principal do Monte Grappa, e virou o nosso playground principal.   No final de semana 2-3 planadores voaram conosco, também aproveitando as boas térmicas geradas pelo relevo.  Diferente do Brasil, existem casas para TODOS os lados, na planície, parece que o norte da Itália é uma sequência de pequenas vilas, e plantações familiares menores ainda. 

 Monumento em honra aos mortos da 1ra Guerra mundial, onde os Reino da Itália combatia as tropas do exército Austro-Húngaro

Visual do vale que vai para o Norte em direção da Áustria

A cordilheira tem vários detalhes como o monumento aos 60.000 mortos na primeira guerra mundial.   Só no ultimo dia consegui chegar perto, pois fica no ponto mais alto a 1800m do nível do mar (aproximadamente).   Outro detalhe interessante é uma enorme marcação na floresta com o WM escrito de outra forma que é atribuído aos simpatizantes “Viva Mussolini” ou mais recentemente os politicamente corretos dizem que é “Viva Madonna”.

 Voando em cima do maciço de Monte Grappa, alguns colegas acima, este sou eu mesmo em boa foto tirada por Kelly



Fizemos algumas provas de distância, sempre seguindo a cordilheira inicialmente, e depois indo para a planície.   Bem esta ultima não funcionou na maior parte dos dias, céu bem azul, forte inversão com térmicas fraquíssimas.  A vantagem foi que tive que subir em térmicas muito fracas e com isso aprimorando a capacidade de mapear térmica e subir sem errar muito.  Vários pilotos iam para o chão nessas condições, mas todos foram aprendendo aos poucos.   Pousei “fora” do oficial apenas 2x uma sempre sem maiores dificuldades, e a não mais que 100m de uma rua asfaltada.   A densidade populacional da região é grande, mas como existem bastante agricultura é fácil achar pouso.  
Preparando para decolar 

Tinhamos o Luigi, que a bordo do possante furgão VW vinha ao nosso encalço “pronto presto”.  Experiente piloto de parapente local, sempre nos ajudava para decolar, é um resgateiro muito profissional !  Durante alguns voos conseguimos voar em turma, e foi muito interessante ver como escolher um bom caminho faz uma diferença ENORME no resultado final, mesmo voando com parapentes de diferente performance. 

Em cima da ponte antiga de Bassano del Grappa, a primeira construída ao redor de 1200 !!!

Fiz alguns voos de 5h, e outros bem mais curtos, no total foram 22h voadas em 7 dias , ou seja deu para aproveitar bem. Sem grandes distâncias voadas, pois a meteorologia não ajudou muito.  É interessante  salientar que no final de semana enquanto eu voei 10h , voando 40km por dia, pois não dava para ir longe na planície muitos pilotos fizeram excelentes voos no meio dos Alpes.  No domingo 17/06/2012 62 pilotos fizeram voos acima de 100km, e 16 acima de 200km !!!  Foram lançados 700 voos no XCContest, tudo bem que a maioria dos voos grande foram com velas C/D, mas mesmo assim !!! A região voada variou bastante, mas sempre no meio dos Alpes e não nas extremidades planas.

Do pequeno museu da 1ra Guerra em Bassano, 1 Korona Austro-Húngara


Fechei o esquema de voo com a AustrianArena, e funcionou bem para mim, a turma bem bacana, a fluência em inglês é importante para compreender bem as dicas do instrutor, mas mesmo quem não tiver a língua 100% pode aproveitar bastante também.   Não tive que me preocupar com local de voo ou resgate, tudo estava organizado.   Várias dicas foram dadas pelo instrutor com o objetivo de aperfeiçoar o vôo, ele ia corrigindo os pilotos algumas vezes da rampa, e outras já voando, ele voou todos os dias, inclusive nas navegações montadas (XCs).


Espero um dia poder voar nos Alpes de verdade, pois desta vez não deu, mas a natureza não respeita agenda mas aproveitei bem a viagem. 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Atibaia em excelente forma

Como é bom voar sem motor !!! Pedra Grande - Atibaia, com o maior mérito de ser próximo a São Paulo, permite uma escapada rápida da grande cidade.  

Preparando o material

Run Forrest Run !!! Decolando

Lift off 

Suave pouso após 1h40 de voo térmico + lift (colina)


Especial agradecimento a Marta Okuyama pelas fotos 

terça-feira, 22 de maio de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Campeonato 15M EUA 2012

Nas minhas andanças, cai de paraquedas em Mifflin County, no meio dos EUA, costa Leste, no campeonato da classe 15M, fotos bacanas, que dizem muito do que está acontecendo por aqui.







 Perfeito sistema de controle de pouso fora !!!


 Humilde caminhão Mack para lastrear os planadores, quase igual ao caminhão tanque que vemos em Bebedouro :)



 Havia uma duzia de motorhomes, apenas esses 2 para dar o exemplo





 O mascote mais badalado do campeonato, apenas 1 ano !!!!











Protótipo #001 do Duckhawk , com algumas soluções muito interessante, área alar muito baixa, vamos ver se vai dar certo, é o primeiro campeonato que o planador voa, será bom com carga alar alta, mas em tempo fraco... feito inteiramente com fibra de carbono pré impregnada. Detalhes: http://windward-performance.com/projects/duckhawk/



 Trem de pouso e flaps elétricos


 John Murray da Eastern Sailplanes

Indo resgatar um Diana2, estava dando sopa e lá fui eu ...