domingo, 28 de junho de 2015

Krushevo British Open Resultados


A organização do campeonato foi impecável, sem crítica alguma.  Os briefings sempre começavam no horário, curtos e objetivos liderados pelo Goran, organizador do campeonato.  O time de resgate também funcionou bem, e isso que estávamos numa região que poucos falam inglês e na média 70% não chegavam no goal. Cerimonia de encerramento incluiu show de dança típica local, que foi super interessante, musica com grande influência Turca, certamente influência da invasão Otomana que durou uns 400anos na região.  Cores das roupas e a própria coreografia um pouco parecida com as danças típicas da Hungria, também invadida pelos Otomanos...




Vale salientar a performance de 2 pilotos da Sport, o Mentor 4 pilotado por Jake Herbert que não deu sossego a todos os pilotos, pegava linhas muito boas, e subia bem nas térmicas.   Ele ficou em 11 na geral, e 28 pontos a minha frente.  O piloto local Martin Jovanoski a bordo do seu Icaro Maverick fez ótimas provas, mas foi ousado demais, acabou não chegando no goal nos últimos dias, sua vela com cor muito diferente chamava atenção e ele estava quase sempre na dianteira. 

Os pilotos brasileiros André, Michel, Alan e Bruxel foram também absorvendo bem os conhecimentos da região, cada um aprendendo bastante.  Formamos uma boa equipe, demos muitas risadas durante a semana toda.   O Time Força Sul Americana, que além dos pilotos acima incluiu a vencedora feminina, Venezuelana,  Joanna de Grigoli terminou em #3 lugar entre as esquipes formadas, rendeu um bom brinde de Pro Secco que eu trouxe da Itália.


Eu tive uma performance acima das expectativas, pódio da Sport

Joanna levou o primeiro Feminino voando Gin Gto2

Resultado geral #2 Sport, #3 Serial e #12 na Geral




 Resultado da Sport, classe que eu vôo


 Resultado Geral





Krushevo Fotos Fotos Fotos

Pequeno filme para dar idéia da região

Menu de refeição num dos pequenos restaurantes 

 Ruela da pequena Krushevo

 Montana Hotel sobressaindo na paisagem da cidade

Os espanhóis e Joanna, quando voltava para o hotel

 Pouso no aeroclube, nenhuma avião a vista, mas mantinham a pista gramada, vi máquinas cuidando, mas o movimento é 1 a 2 aeronaves por mês... (eu acho que é aeroclube, se alguém conseguir decifrar o que está escrito :-)

 Todos querem voar 

 Comemorando goal com o Michel no penultimo dia, quando cheguei bem

 E pusemos o Pro Secco ganho na Itália para comemorar

Chegada em mais um goal

A conta do jantar de 5 pessoas , equivalente a 7 euros por cabeça...

Os Brasileiros 

 Dia sem voo fomos visitar o antigo monastério de Treskavec

Em estado bastante precário, sendo recuperado 

 Construção muito antiga, que tem longa história desta conturbada região da Europa

 Subimos até o topo da montanha ao lado de Prilep, uma íngreme caminhada com ótima paisagem, não parece um dos monstrengos do filme Senhor dos Anéis (Rowlings) ?

 No topo !

 Grande parte do Monastério pegou fogo várias vezes

 Corte de cabelo em Krushevo, Euro 1,10 ...

Solar impulse é notícia aqui também ! 

Tentei ler o jornal enquando cortava o cabelo... mas foi meio difícil entender alguma palavra

Krushevo Resumo das Provas


Não consegui manter o blog em dia, mas aqui vai um resumo geral deste excelente local de voo.   Voamos do segundo ao penúltimo dia, 5 provas válidas, sendo que uma delas foi interrompida por vento forte no pouso.  

Antes da largada, muita gente com dificuldade para subir no início

Local muito bom para voar de parapente, a grande planície de Pelagonia, protegida por montanhas por todos os lados, e por este motivo é um local com relativa pouca turbulência e com muita opção de pouso.  Pequenos vilarejos pontuam a região toda, e plantações familiares por todos os lados, com ampla possibilidade de pouso. 

A pequena Krushevo ao fundo

Tivemos meteorologia relativamente fraca, apesar de ser o início do verão, as temperaturas estão muito abaixo do normal, com noites em Krushevo sempre abaixo de 10 graus, alguns dias com 5/6 graus.  Nos voos tivemos que ter muita paciência alguns dos dias, especialmente no ultimo, com vento forte e muita sombra, a estratégia acabou sendo muito importante para completar a prova.  Alguns momentos voamos totalmente no contra vento para ir para o sol e esperar alguma térmica encorpar.  Em outros momentos era planeio sem acelerar torcendo para encontrar algo em cima dos vilarejos e elevações, pois o céu não mostrava nada.  

No planeio final, quando fui o ultimo a pousar no Goal, mas cheguei ! Notem a pequena elevação a frente, sempre nessas regiões subia.

Aprendi bastante neste campeonato, corrigindo meu erros iniciais, em especial nos primeiros dias quando ainda teimava em voar sozinho, não me preocupando muito com os pelotões.  Nas Provas #2 e #3, fui um pouco mais lento que os demais justamente por não analisar melhor o que o grupo estava fazendo, foram dias secos, com céu azul, e com a planície funcionando muito pouco a maior parte dos pilotos deu uma volta maior pelas montanhas, e eu fui pela planície.  Resultado que fiquei baixo várias vezes, fui salvo por uma cegonha mas mesmo assim foi o último a chegar no goal dos 23 (de 85) com média de velocidade bastante reduzida. 

Pedras salvadoras depois de longo voo na planície

Já na prova #3, novamente fui um pouco mais lento por insistir em ir para a frente sozinho e não usar mais as informações do grupo.  Peguei uma bombástica térmica de 3,5m/s (média), e estava quase no planeio final, faltava 300m para entrar no cone, mas nessa prova interromperam ela quando os primeiros estavam próximo do goal.  E como aqui eles rodam o relógio 10minutos para trás, minha posição era baixa... e com isso minha pontuação sofreu bastante.  A decisão foi muito acertado, pois o vento aumentou muito depois, apesar da chuva ter passado do lado, estava bem ameaçador.


Já nos últimos dos dias tentei voar um pouco mais com o grupo que estava por perto, estratégia que funcionou um pouco melhor apesar da meteorologia ser ainda mais difícil.  Tivemos que enfrentar vento, grandes sombras e usar muita estratégia.  Vários pilotos que num momento estavam altos ao meu lado logo em seguida estavam pousando por não usarem boas linhas de sustentação, ou por saírem cedo demais da térmica.  Claro que conhecer melhor a região começou a ajudar também o meu voo.   Na prova #4 comecei a acelerar um pouco mais nos momentos possíveis, sentindo mais segurança na vela, mas ainda posso apertar um pouco mais.  Cheguei com 500m no pouso, altura excessiva, que tenho que trabalhar melhor, praticamente empatei na prova chegando 3 pontos atrás do primeiro colocado da Sport.

Pousando no dia da prova suspensa

No ultimo dia a tática de ir para o sol, e praticamente “estacionar” funcionou bem, foi um dia de muita paciência tivemos que rodar térmicas de 0,8m/s e algumas vezes sem subir, tinha que esperar o pessoal do pelotão a ir em frente, pois voar sozinho seria pouso na certa.   Grupo dividiu-se, fui para o sol quase no contra vento junto com mais ½ dúzia de velas de alta performance, entre eles o André Becker.  Alguns acabaram pousando, pois chegaram baixo demais em cima do morro onde tinha um zerinho.   Esperamos até que o sol apareceu, pois o vento do Norte vinha limpando o céu, trazendo mais claridade. O André subiu tão bem na térmica que abriu mais de 500m de mim !!!  E partiu sozinho em frente, estava seguramente em primeiro lugar na prova do dia, mas infelizmente acabou pousando cedo demais sem chegar ao goal.  Eu encontrei um outro grupo mais a frente e fomos juntos rastreando as esparsas térmicas existentes.  E a maioria deste grupo chegou ao goal, fiquei em primeiro nesta ultimo prova na classe Sport.

Largada no ultimo dia 

Ultima térmica ao lado de Bitola, salvou todo mundo 

Pousando no Goal, próximo a 3 km da fronteira com a Grécia

segunda-feira, 22 de junho de 2015

British Open Prova 1

Krushevo – British Open

Prova 1

A noite fez 6 graus, e eu esqueci uma janela entreaberta, resultado fez um frio danado dentro do motorhome também, isso porque eu tinha deixado o aquecimento ligado no mínimo.  Claro que o gradiente térmico prometia um dia bem forte.

Estava muito frio na rampa !!!!

E o termometro não mente !

O briefing das 09:30 começou antes do horário !!! Subimos para a rampa logo em seguida.  A prova foi um pouco mais curta, 60km, o que depois veio a confirmar que estava totalmente correto, pois apesar do dia parecer lindo, clássico, o ar ainda estava muito frio, deixando o dia um pouco mais complicado.  Vento quase norte, fomos num zigzag rumo sul, com o Goal depois da cidade de Bitola, 2km da fronteira com a Grécia.

Preparando para decolar

 Larguei muito bem, voando com o primeiro pelotão grande parte da prova.  Muitas velas da classe Sport, um Triton 2 Laranja estava o tempo todo comigo, invertendo posição foi bem divertido.  Ahhh um Mentor 4 também voava muito forte, arriscando bem, no final as 2 velas chegaram bem na minha frente, pois errei na ultima térmica, em vez de ir pela direita, peguei um caminho pior, e quase pousei, estava a menos de 300m com vento forte, o que me salvou foi a irrigação numa forma de linha, fui em cima dela, e ali disparou uma boa térmica de 2m/s que me colocou no planeio final.  Cheguei alto e feliz no Goal, apesar de ter perdido no mínimo umas 10 posições com essa “atrasada”. 


 Visual incrível do voo de hoje                                     @fotos de Alan Ceccato

A volta dentro das vans bem organizada, tudo funcionou muito bem, dos 84 pilotos 41 chegaram no goal, eu fiquei em 22 posição na geral e 3/4 na Sport.  E o nosso time, Força Sul Americana ficou em 3ro lugar !!!  André Becker levou um front com seu Boomerang 10, e caiu algumas posições, Michel Ceccato também chegou no goal, já o Alan e Bruxel ficaram pelo caminho.  Para mim foi um voo suave, sem sustos, apesar de ter que trabalhar um pouco a vela em alguns momentos mais turbulentos.


Feliz no Goal !!!




domingo, 21 de junho de 2015

Krushevo - British Open Briefing

Realmente tudo muito bem organizado, briefing bem objetivo e sem enrolação.  Mesmo o registro foi bem rápido, camiseta do campeonato, e brindes de outros patrocinadores.  Pelo menos não serei o único brasileiro, chegaram os demais que também vieram passear no ares da Macedônia: 
- Andre Becker - Voando na Open com Boomerang 10
- Thomas Milko - Voando Triton 2
- Michel Ceccato - Delta 2
- Alan Bruxel - Tequila 2
- Marco Bruxel - Chilli 3

Detalhe que temos que voar com passaporte, pois estamos a 30km da fronteira com a Grécia, mas se atravessarmos voando por algum motivo a organização não poderá nos ajudar, pois segundo eles os 2 países não são muitos "amigos" então sempre complicam o que for possível.  


Teremos sistema de tracking em tempo real, acima os loggers sendo carregados 

Campeonato categoria FAI 2 

 Briefing feito pelo Goran, que também está na organização do campeonato

País muito pequeno, de apenas 2 milhões de habitantes




etc etc...