domingo, 10 de outubro de 2010

FOI A PRIMEIRA VEZ

Primeira prova do 52 Campeonato Brasileiro de Voo a Vela, em Luis Eduardo Magalhães (BA), prometia ser um pouco complicada.  Com uma massa de ar mais umida, e muita fumaça proveniente das queimadas iríamos ter um dia bem difícil.  Tivemos que inverter a cabeceira da decolagem, sempre usamos a cabeceira #10 durante a etapa Centro Oeste, mas o dia estava realmente diferente.  Fui o quarto a decolar, e via algumas nuvens a 10km da pista, para lá fui todo feliz, e começaram as dificuldades.  Fiquei a 300m em cima de uma pista, mas não conseguia voltar para LEM, se eu pousasse faria zero pontos na prova do dia.  Mas depois de uns bons30 minutos consegui subir, já com 40 litros a menos de água nas asas.  Quando estava na base avistei embaixo meia duzia de planadores classe std, vários planadores modelo Jantar Std3 que acabavam de partir para a prova. 

Voltei  a LEM e dei a largada com 1000m, proximo a pista a bruma estava muito forte, mas uns 10-15km fora a visibilidade melhorava bastante e até um pouco de sol aquecia mais o solo, térmicas de 2m/s que foram melhorando para até mesmo os famosos 4m/s , que saudades de etapa centro oeste com meteorologia fantástica.   Seguindo os cumulus um pouco maiores  entre na primeira área, mas com a velocidade média baixa, fui logo para a segunda área, e ai começaram os problemas.  Grandes desvios foram necessários para conseguir manter-se em vôo.   E logo depois começou o festival de pouso fora, YY, B1, CJ e assim por diante foram pousando.  Dava para ver que a região que estavam voando estava sem atividade térmica.   Como estava voando na nova Classe „C” planadores de maior performance, nossa prova era um pouco maior, e para chegar no o ultimo ponto de virada teria de atravesar essa região „morta” de atividade termal.  
Tive que fazer praticamente um planeio final para beliscar o segundo ponto de virada, em seguida voltei para as nuvens na direção contrária a prova que estava voando.   E resolvi que iria retornar para próximo de LEM, e aos poucos fui dando a volta em direção quase oposta da prova.  Voei convergência, chuva, o planador ficou todo molhado, me assustei com os raios que caíram muito próximo, enfim, bem diferente dos dias anteriores, quando a meteorologia nos ofereceu tempo seco e térmicas fortíssimas de 4 a 5m/s.   Mas consegui voar por bastante tempo até as 17:20, estava a 40km de LEM, mas precisava subir mais 400m para entrar no planeio final.

A 40km de LEM, resolvi abrir o motor, acionei tudo, e ele começou a subir o mastro, mas parou, pelo espelho vi que a hélice já não estava na vertical, fiz o checklist, mas nada, o disjunto havia pulado, enfiei ele de volta.  Descia mas não subia muito, resignado tentei chamar radio FBVV, mas estava muito baixo para ter contato rádio.  Me preparei para o pouso com o motor um pouco para fora, uma otima pista de terra, com silos de metal na propriedade, indicando uma grande fazendo agroindustrial.  Pouso tudo ok, as 5:20 da tarde, saí do planador, e vi que o cabo de aço havia enrolado na hélice, desenrolei, e consegui por o motor para fora.  O elástico que ajudou a recolher o cabo de aço havia rompido. Decolei e fui rumo a LEM, consegui chegar 2 minutos antes do por do sol, com visibilidade bastante reduzida, pois a fumaça era forte no ar.

Foi a primeira vez em 10 anos que não consegui ligar o motor em vôo !! Valeu a pena o procedimento de dar partida de preferencia em cima de uma pista.  Foi um grande susto, e mais nada !!  Vale a máxima, um dia o motor não irá pegar, tem que ter uma alternativa, de preferência uma pista, se não for possível um bom campo de pouso fora. 

sábado, 9 de outubro de 2010

Campeonato de LEM

Faixas espalhadas por toda a cidade, inclusive na rodovia, efetuado pela Prefeitura Municipal, grande apoiadora do campeonato.



Clima muito seco, fogo abundante, inclusive muito próximo a nossa pista, assustou um pouco sim



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

LUIS EDUARDO MAGALHÃES BAHIA

Sede das etapas Centro Oeste e Final do Campeonato Brasileiro de Vôo a Vela.

Começa agora em outubro.  Nossa janta de ontem foi abará !! Abará é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé. O abará tem a mesma massa que o acarajé: a única diferença é que o abará é cozido, enquanto o acarajé é frito. O preparo da massa é feito com feijão fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirada toda a casca, passa-se novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescentam-se cebola ralada, um pouco de sal, duas colheres de dendê.
Quando for comida de ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão, e, quando fizer parte da culinária baiana, colocam-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que podem ser moído junto com o feijão, além de alguns inteiros.

Voamos a etapa Centro Oeste, com térmicas fortíssimas ! Veja mais no site www.planadores.org.br

LUIS EDUARDO MAGALHÃES BAHIA

Sede das etapas Centro Oeste e Final do Campeonato Brasileiro de Vôo a Vela.


Começa agora em outubro


Nossa janta de ontem foi abará !!


Abará é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé.
O abará tem a mesma massa que o acarajé: a única diferença é que o abará é cozido, enquanto o acarajé é frito.
O preparo da massa é feito com feijão fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirada toda a casca, passa-se novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescentam-se cebola ralada, um pouco de sal, duas colheres de dendê.
Quando for comida de ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão, e, quando fizer parte da culinária baiana, colocam-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que podem ser moído junto com o feijão, além de alguns inteiros.