domingo, 27 de dezembro de 2009

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Voando Onda ao Norte de San Martin, Coloque o volume no MAXIMO apenas interessante para quem quer escutar fonia, Controle Chapelco, com um voo comercial, depois com o Diether no seu Ventus - YDM , e eu no XEZ.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Lago Nahuel Huapi e Oxigenio


Peso dos planadores Classe Livre (>25m)

No ultimo campeonato de classe aberta na França, em Vinon, nenhum planador biplace conseguiu passar pela balança, a comissão do campeonato aceitou aumentar o peso máximo de decolagem de todos os planadores.  Com todos os tubos de oxigênio, equipamento de sobrevivência, gasolina adicional, é impossível decolar dentro do limite do fabricante. 


Em cima de Vila Angostura, e o lago Nahuel Huapi

O papo com o Instrutor que esta voando em Bariloche (Bruce Cooper), contratado pelo Jean Marie, foi muito interessante, relatou os vôos de onda em cima do Mar do Norte, que são ainda melhores do que em cima do solo, pois existe maior estabilidade, fazem vôos regulares a mais de 100km da costa !!!   Inclusive comentou que para cada hora de voo no Nimbus aqui na Argentina fazem mais 1h de manutenção, pois constantemente algum detalhe tem que ser arrumado.   Aliás o Jean Marie envia o motor anualmente para a fábrica para que seja feita manutenção geral, logicamente o planador dele voa muito mais que os nossos, mas mostra prudência que é necessária para os vôos nesta região remota.


Cerro Tronador no fundo

Veio nos visitar o Heini Schaffner Suiço, médico, que é um dos grandes especialistas na comunidade volovelista sobre Oxigênio.  Após o meu intensivo bombardeio de perguntas, alguns conceitos bem claros ficaram para uso futuro.  Sempre guardar o cilindro de O2 com pelo menos um pouco de gás, para evitar corrosão interna por umidade.


Proximo a fronteira com o Chile, ao fundo a Cordilheira acaba (lado Chileno)

Comentou que as pesquisas que levaram ao padrão FAA, seguido pelo mundo todo foram feitas no pós guerra usando militares jovens e saudáveis, não totalmente aplicável a maioria dos pilotos hoje em dia.  Devemos sim usar cânula em altitudes acima de 2000-2500m isso aumenta o bem estar do piloto, reduz sonolência enfim apenas benefício ao piloto.  Defende fortemente o sistema EDS (Mountain High) que é o escolhido pela maiorias dos pilotos,  Ter um sistema de emergência totalmente independente dos cilindros instalados é muito importante para os vôos acima de 6000m, pois o tempo de consciência é muito pequeno.  Comprei um sistema portátil que fornece 10minutos de O2, um sistema muito pequeno que pode ser colocado por dentro da roupa de vôo, mais uma precaução para o vôo em grandes altitudes.  Já o piloto Frances usa a cânula do EDS dentro da mascara tipo A14 militar acima de 7000m para conseguir a saturação de O2 (acima de 90) , pois este tipo de máscara fornece uma boa selagem no rosto e por conseqüência um pouco de pressão.  Tem que ser feita algumas adaptações na máscara, por o EDS acima de 7000m pode não fornecer a saturação mínima adequada de O2 de 90%.  Especialmente em momentos como comer, falar no rádio ou alguma manobra mais importante com o planador. 


Ao lado do Cerro Tronador, simbolo de Bariloche

Impressão geral minha que Bariloche é uma boa alternativa para explorar a cordilheira.  A pista de grama/cascalho certamente não é tão boa como o asfalto, mas creio que seja  bem compensado pelo abrigo que temos para guardar o planador  a salvo das ventanias comuns da região.  Existe é verdade um forte efeito do lago Nahuel Huapi, que fica a poucas centenas de metros do aeroclube, mas existem montanhas próximas que facilitam a primeira térmica ou mesmo para pegar onda direto.  Num jantar com o pessoal do Aeroclube local,vi um interesse em aprender muito sobre vôo de onda, e acredito que com um bom esforço local, Bariloche será no futuro uma boa alternativa para o vôo em onda para os Argentinos,   Vale salientar que fomos muito bem recebidos pelo pessoal do AC de Planadores, já não posso dizer o mesmo do AC de Avião, mas sem maiores problemas também.  Praticamente paralelo as estadias de Ohlmann e sua turma em San  Martin, o Jean Marie tem vido todos os anos para o campo de Nahuel.   Uma grande vantagem de Bariloche são os vários vôos diários a Buenos Aires e conexão ao Brasil,bem diferente de Chos Malal onde temos que passar por Neuquen, e depois ônibus.  Mesmo San Martin  tem apenas 2 voos semanais a Capital Argentina durante esta época do ano


Lago formado por água de degelo, cor totalmente diferente

Foi engraçado ver o Ximango estacionado no aeroporto internacional, debaixo de uma cobertura de metal semi aberta, quase como uma ave estranha no meio  dos jatos comerciais, Na Argentina aeronaves com menos de 1000kg não pagam taxa de pouso, o que é uma grande vantagem  para os pilotos locais, pois não inviabiliza o vôo nestes aeroportos maiores.  Mas via de regra as maiores cidades do país (acima de 200.000 hab) tem 2 aeroportos, o comercial de um lado da cidade e o aeroclube do outro.  Assim vi em San Juan, Salta, Bariloche, Santa Rosa, Mendoza e Córdoba durante os périplos locais.


Vulcão Vila Rica, lado Chileno

San Martin -> Bariloche

No grande dia de onda, a carreta do DG estava pronta, e estava planejado ir a Bariloche.


Gap clássico de onda em dias mais encobertos, proximo ao norte de San Martin (Catan Lil)


Tudo encoberto para o lado Oeste


Chegada no Aeroclube de Bariloche, lago Nahuel Huapi a direita



Próximo ao pouso


Aeroclube Nahuel

domingo, 13 de dezembro de 2009

Bariloche Aeroclube

Aeroclube de Bariloche é bem antigo, fundado em 1942 !!! Hoje o pessoal dos planadores está em recuperação, tem um local espectacular.  Se alguém for da lá de férias, tente fazer um voo com o IS28 biplace metálico que eles tem.  Operam mais de final de semana mesmo.





Atiga torre de controle, até hoje preservada



Na segunda feira, um pouco atrasado por causa da carreta em “reparacion” , fui para Bariloche, depois de um vôo de 8 horas, muito brigado pelos fortes ventos a mais baixa altura, até finalmente agarrar a onda, e voar no conforto dos 6000m .  Caí fora várias vezes da onda, ainda não tenho a finesse para saltar de um sistema para outro.  Foi o dia do grande vôo do Karl de 2000km com seu Ventus2CM.  Escutava a esquadrilha Alemã no rádio, e recebia dicas do Karl em alguns pontos do caminho. 



No dia da chegada, com muita roupa, havia acabado de sair do planador


"Voozinho de 2340km" do Nimbus4DM de Jean Marie


O pouso em Bariloche muito interessante, o céu estava um pouco encoberto e o vento bem forte, uns 50-60km/h, cheguei muito alto, e o Horácio Miranda (Chollo) me falou para pousar na taxiway que leva para o hangar do aeroclube de aviões.  Pousei sem problemas, e estacionamos o planador ao lado do S10 Suiço, Antares Inglês e do Nimbus4DM Francês.  Lugar bem abrigado do vento foi um grande alívio vs. San Martin de Los Andes, onde os planadores ficam totalmente expostos ao vento.



Fomos recepcionados pelo piloto inglês e a esposa de Jean Marie, que estavam esperando o pouso do Nimbus4DM, recarreguei oxigênio com uma boa pressão de 180bar, difícil de conseguir, pois normalmente os tubos vão até 150bar apenas.  Jantamos em grande turma spaguetti mesmo, na casa de Jean Marie.  Muita conversa até bem tarde a noite, sobre grandes vôos na cordilheira.

San Martin Voos


Tentando chegar passar na lateral de El Bolson

Um dos aspectos interessantes na cordilheira, é que o tempo é bem mais umido no sul que na região de Chos Malal.  Tentei num dos dias ir até El Bolson, uns 100km ao sul de Bariloche, mas não teve forma de chegar, tempo fechado mesmo, onda ótima, mas ...






Por outro lado as instabilidades surgem com facilidade, mas a chuva quase nunca chega no solo no semi árido,  é a "Virga" dá para ver claramente nesta imagem. Claro que nas enconstas das montanhas isso muda, e a chuva deixa tudo verdejante.



Sede do antigo aeroclube de San Martin, ao lado da cidade, pista ainda claramente visível já que encontra-se dentro de uma área do exército, próximo ao Centro de San Martin, seria ótimo se fosse disponibilizada novamente para nós (sonhar é bom)


Juergen e Mira chegando no ASH25 em San Martin


Em San Martin de Los Andes foi onde tudo começou para mim.  Em 1999 influenciado pelas conversas com o Karl Voetch, amigo que voava no APP em Jundiaí (antes de mudar para Rio Claro), fiquei muito interessado com as histórias dos primeiros vôos em onda efetuados pelo Klaus Ohlmann na cordilheira, até então era bastante novidade o assunto.  Assim encarei a viagem de 9000km (ida e volta) para San Martin com o planador Nimbus 4 que eu voava na época.  Na época tivemos poucos dias de onda, mas foi o suficiente para ser fisgado pelo assunto.  Quando voltei a SP, fui atrás de um motoplanador para me tornar independente do rebocador, sábia decisão, pois praticamente não existe operação de reboque.  O DG800b trouxe uma independência, que mostrou ser ideal para os vôos na região, as histórias do passado podem ser vistas nos links ao lado.

O local é ideal para um aprendizado que leva longos anos, nenhum piloto começa a voar onda sem muita experiência.  Esta deve ser adquirida através de curso especializado, muito leitura, preparo e muitos anos de vôos.  O conhecimento local evidentemente ajuda muito, pois nem sempre temos umidade suficiente para marcar os caminhos que devem ser voados.  Apesar da tecnologia atual permitir por os pontos de onda nos PDAs (IPAQs), eles são apenas indicativos, pois a variação de intensidade do vento e orientação mudam consideravelmente os locais de boa subida, isso eu comprovei pessoalmente voando.  Aos poucos aprende-se a distinguir os rotores das nuvens térmicas, e com isso o caminho vai se abrindo.  As nuvens lenticulares nem sempre estão presentes, depende da umidade em altura.   Os fortes ventos de 60 a 120km/h fazem com que o planejamento tenha que ser bem feito, da mesma forma que a subida pode ser rápida, a descida também é, e em poucos minutos podemos estar em situação difícil com o planador.  A técnica do vento de cauda é sempre importante, caso cair fora da onda, assim pega-se a onda secundária ou terciária, ou mesmo temos um alcance muito grande para procurar uma alternativa de pouso.

Fiz vários vôos térmicos em San Martin, que também são excelentes, térmicas fortes e dias longos, permitem vôos muito longos, com base a 4000m (nível do mar), com visual da cordilheira excelente, alta montanha, vulcões, geleiras e lagos andinos. 

Carreta NUEVA !

Em San Martin, sempre ficamos na simpática Cabanas Del Bosque




Carreta bem arrumada na oficina mecânica em San Martin, levou 3 dias mas valeu a pena, o tubo de ferro de 3mm foi trocado por um tubo de aço de 5mm, então espero nunca mais ter problemas.  As fotos mostram como ficou bom o trabalho.


Reparo no meio da estrada


Antes quando quebrou na estrada


No comments...


Heavy work !


Totalmente nova !!! Brand New

sábado, 12 de dezembro de 2009

Voo de sexta

Pouco tempo para escrever, voo mais longo, tempo melhor poderia ter voado mais de 700km, porém para ser prudente, voltei um pouco mais cedo, e como peguei estrada de  "chuvas tipo Virga que não caem no chão", cheguei muito alto em San Martin.  Nevasca em voo, foi muito bonito !!!  Fotos incríveis para depois.

Algumas idéias:
- voar com 2 EDS ligados em paralelo, voos acima de 6000m
- ter mais garrafas de O2 de menor porte
- algo errado na partida do motor do planador
- carreta ficou pronta !!!
- babel na frequencia, alemão, frances, portugues e até espanhol na 119.60 Chapelco TWR
- e a onda que nao vem ?
- Bariloche algum dia desses

O ASH25 do Juergen pegou confluência ao norte de onde eu estava, tem vários sistemas na região, que somente quem voa muito aqui já sabe.  Ohlmann explicando que em Caviahue tem a brisa maritima do Pacífico que detona um pouco as térmicas, que montanhas da região de CatanLil são melhores do lado Leste de manhã, já a tarde do outro lado para aproveitar o sol.  Tem miniondas no periodo da tarde, e assim vai !!! Quem sabe sabe...  Até que me virei bem hoje com os 650km, sem água, térmicas de 4m/s , chuva, neve, etc...

Papo bom mesmo foi a noite, a história do voo de S10 do México até aqui ano passado, passando pelo enrolado Peru com controle mais complicado de todos, proibido voar visual em Machu Pichu... América Central, etc etc... Muito bacana mesmo.  Quem sabe um dia ...

Video do NE do Brasil , para os que pediram !!!  Valeu Sergioooooooooooooooooo.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Voo de quinta

Hoje, quinta feira, a previsão era de apenas termicas.  Bati papo com o pessoal do ASH25Mi, sobre o planador, notícias da Alemanha, enfim absorvendo as notícias frescas dos fabricantes.


Imagine quantas horas de voo tem esses 4 !!!  Chollo, Rudi, Karl e Diether


Copilota do ASH25

 Decolei tarde, pois o dia térmico demorou, ralei a 200m de altura ao lado da pista, mas consegui subir, fui passear pelas montanhas nevadas e lagos da região entre S Martin de Los Andes e Chile.  Muitos vulcões no horizonte, picos nevados e lagos lindos, visual INCRÍVEL !!



A meteorologia foi melhorando, e resolvi ir para o norte que parecia menos coberto que Bariloche.  E aos poucos o voo de passeio  tornou-se um 500km.  Voei principalmente no topo das montanhas entre 3000 e 3500m do nível do mar (que dava de 500 a 2000m do solo, dependendo de onde), térmicas boas funcionava bem, pouco vento, de 15-20km (aqui isso é quase zero).  Usei o sistema de O2 Draeger, antigo, máscara chata ! Pois o sistema EDS estava no chão para ser recarregado, só usei um pouco acima de 3300m a quase os 4000m, pois o oximetro estava mostrando % baixo de O2 no sangue....


Tudo bem nevado proximo a San Martin

E o final foi um pouco  suado, pois depois das 19:00 local estava brigando para subir, tinha andado para atrás observando a rodovia que era a alternativa de pouso fora (Landing xx no meu GPS), estava a 700m do solo, faltava 1000m para chegar em casa.  E morros altos na minha frente (morrinho aqui tem 1500m do chão hehehhe). Pensei em tentar a encosta ao lado do pouso fora que estava na posição boa vs o sol mais baixo no horizonte, e deu cerrrto ! Subi.. E aos poucos, no melhor planeio, fui para San Martin, boa sustentação fui ganhando altura, no final cheguei 600m acima do solo, tinha começado  no zero a zero...


Aeroporto de S Martin, muito bonito, pena que os planadores ficam confinados na poeira e terra, hoje um planador teve o pneu furado, quem sabe no futuro proximo possamos ficar no canto de concreto ! Afinal também somos usuários.

Consegui o permiso provisório para entrar no aeroporto com meu carro, ajudou bem.  Entreguei a terceira copia de documentos a PSA (Policia do Aeroporto), já havia entrege para Força Aérea e para a Gerencia do Aeroporto, muitos órgãos do controle por aqui.  Inclusive alguns estão lendo o Blog !!!

O Rudi pos 212 bar (3000 Psi) na minha garrafa de O2, a primeira vez na viagem que consigo encher tanto, OBRIGADO !!!!



Painel do ASH 25

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ação Social

Um pouco de ação social foi feita em Chos Malal, o pessoal do encontro de montanha fez doação de brinquedos a uma escola pequena situada 50km da cidade.  As fotos foram tiradas pela Mireille, Osvaldo Ferrado, Ramon Chialvo dentre outros que organizaram esta boa ação.





Também fizeram doação para hospital local, em forma de material hospitalar.  Mas como nem tudo é trabalho, abaixo o tradicional final de dia a la Chosma.


O jantar de todos os dias no Canay em ChosMalal


Chuvas em volta

Na terça, decolei as1430, e fiz um voo de 3 horas, em volta das diversas chuvas.  Paisagem linda, lagos, vulcão Lanin, etc... Paisagem bem mais verde, sempre subia bem o planador no topo das montanhas, térmicas de 3-4m/s, mas não podia ir longe pelas chuvas.  Fui o unico a voar.




Lanin bem de perto, voei pertinho dele !


O pessoal do Canay onde sempre jantamos em Chos Malal, Chollo no meio

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

De ChosMalal a San Martin de Los Andes

Dia com fortes emoções !

Resolvemos partir para o sul, uma vez que não havia mais planadores em ChosMalal, todos haviam ido embora.  Agradeci ao Custódio (chefe do aeroporto) pela ajuda, guardamos o sistema de oxigênio para o próximo ano, carreta engatada, fui preparar o planador.


Vejam no canto direito da foto o "Cholo" numa esquina de Neuquen !!!

O dia estava bem instável, quando decolei as 11:20, o vulcão Tromen estava todo encoberto com chuva e tempo bem feio.  Resolvi ir pela Pampa seca, em vez do vale principal mais apoiado em pistas, mas com sinais claros de chuva.  Este caminho estava cheio de nuvens baixas, mas consistentes.  Com o vento Leste, batendo nas montanhas baixas, consegui voar ao lado da “ruta 40” com boa sustentação das térmicas desprendidas destas formações.  Não estava muito confortável pois voava em média a 2500m msl, ou seja entre 800 e 1300m acima do solo impousável.

Como apoio usei os pontos que tenho no GPS, primeira alternativa, Chorriaca 60km de Chosmalal, procurei a pista e não achei, depois Cholo me explicou que “a pista” foi feito para a Fuerza Aerea Argentina, ou seja é a rodovia um pouco alargada e 2 quadrados de concreto em cada ponta (vi do ar).  Aliás 2-3 anos atrás Rafael Larghi  pousou neste lugar com seu planador Minimbus.  Consegui manter contato com o Cholo, que estava levando a carreta e camionete, com seu rádio Terra e potente antena, conseguimos manter contato grande parte do vôo, aliás rádio este que não sofre interferência do motor do carro.

Em Zapala o tempo estava bem feio, tive que ter muita paciência, pois havia grande sombreamento e chuva, e Cholo me chama pelo rádio “Thomas la lança del carro se partio” pensei um pouco, o que é a lança da carreta ???  Bom, novamente o tubo que conecta a carreta no automóvel rachou, Cholo parou a tempo, pois notou um barulho estranho, que foi a rachadura, e a carreta mais instável.  Tentou andar mais um pouco, mas a rachadura aumentou, e chegou a poucos quilômetros de Zapala, mas não entrou na cidade.  Foi atrás de um pessoal de solda, que trouxeram uma máquina em cima de caminhão, etc etc   Faltou checar a carreta na parte da frente antes da saída em Chos Malal, com certeza a péssima ruta 40 vinda de Malargue com seu longo trecho de terrível cascalho ajudou a fragilizar a peça.  Também creio que o “nariz” da carreta estava  pesado, com material do planador, camping, etc... mas com certeza não pesava 100kg que é o limite, a peça já deu problemas antes.


Cholo me avisou por rádio, que eu poderia continuar que iria resolver o assunto rapidamente, eu estava subindo na frente da chuva, próximo a pista de Zapala.  E pensei, puxa pousar aqui na chuva não será legal, então continuei o vôo.


Notem o caminhão que trouxe a máquina de solda no meio da estrada !

O tempo estava estranho novamente, chuva por vários lados, cumulus mal formados não subia fui aos poucos desviando para o lado SE de San Martin, pois estava sombreado.  No final liguei o motor em cima da pista de Quemquemtreu que vi apenas no ultimo momento, pois fica mais baixo, num pequeno vale ao lado de um rio, de grama, estreita, não sei se daria para pousar.   A chegada em San Martin foi ótima, os alemães me receberam muito bem, ajudaram a levar o planador até o estacionamento de planadores.  Estacionei ao lado do ASH25Mi do Jurgen, e ao lado dele o Nimbus 4DM do Christof e Ohlmann.  Ou seja em boa companhia, espero que o planador aprenda um pouco como voar onda ao lado desses 2 !!! Os pequenos Ventus2CM 15m, Memerth e o Karl (o nosso voador de onda), estacionados do outro lado.


Nós voamos perto de vários vulcões, e sempre consideramos eles lindos !!! Mas de vez em quando eles "acordam", como este no lado Chileno

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Voo de Domingo

Voozinho de 420km (aprox), térmico, ida pelo vale da Cordilheira, passei nas pistas de Loncopué, Las Lajas até Zapala, todas asfaltadas e em bom estado.  A volta mais enrolada, CBs se espalhando, tive que ir pela Pampa Seca, onde não existe local de pouso alguma. Deserto total, voei os ultimos 150km em cima do Rio Neuquen, minha alternativa de aterrisagem em caso de tudo dar errado.  Térmicas fortes, fracas, rasgadas e outras ótimas.  Atravessei um pouco de chuva.  Voei entre 800 a 1500m acima do chão, meio "freak" pois o solo aqui é meio lunar.

Experimental:
Para ver este voo, só clicar neste link, tem os dados básicos do voo.  Dá até para baixar o arquivo .kmz e visualizar no Google Earth, queria algo mais simples, tipo por o google maps e sair direto.  Alguém pode testar o link, e ver se dá tudo certo e se tiver a dica de como eu ponho o google maps aqui no site, com o voo em cima, seria melhor ainda.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Fotos do Passeio ao Domuyo

Resolvemos andar um pouco de carro, fomos visitar o parque nacional do Domuyo, montanha mais alta da região, ao redor de 170km de estrada.  Nos primeiros 50km asfalto, e o resto, caminho de cascalho mesmo (ripio).


Povoado pitoresco no meio do caminho deve ter 100x1 ovelhas vs. pessoas


Preferencia total delas


A estrada no final era assim mesmo, precipicio total

Para quem pensa que andar na serra do mar é zig zag, vale a pena dar uma volta por aqui, é muito bonita a estrada, mas tem que prestar muita atenção, passamos por vários riachos que simplesmente passam por cima da "ruta 43".  Velocidade média bem baixa, e quase 2 horas sem cruzar com veículo algum.


Formações bacanas


A 2800m começamos a ter problemas para passar a neve

Aprendei usar o 4x4 da Toyota, pois atolamos de leve, tive que por o  reduzido total, demos a volta pelo mato mesmo, mas na segunda "lingua de neve", resolvemos voltar, pois se ficar atolado não teria ninguém para o resgate, ninguém sabia que estávamos lá em cima, celular não pega, etc etc... melhor testar o carro na neve em local mais adequado antes, só não sei onde !!! Estamos em pleno verão mas a quase 3000m ainda tem neve.


Soy jo


Papai curtindo na neve Andina