quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Jaragua 2016

Ahhh e faltou escrever algo de Jaraguá 2016, fui lá por alguns dias mas como a meteorologia não estava grande coisa, aumentei um pouco a estadia, que no final valeu a pena, afinal no ultimo dia deu um voo um pouco maior, de 165km, mas este ano a meteorologia só funcionou bem no início do mês, durante minha estadia o tempo não foi tão espetacular. 

Mas não posso reclamar, afinal fui e voltei em 1 pedaço, com boas decolagens e pousos além de ter faturado um pódio na classe Serial no XCerrado 2016.  Ahhh e vale mencionar que o PT-ZTO cumpriu bem sua missão, e por gentileza do Henrique ficou hangarado durante todo o período em Goianésia, cidade próxima de Jaraguá.  Passageiros Jeison Zeferino (ida) e Paulo Bullara (volta) curtiram um pouco o voo com motor a bordo do RV-7. 

E claro que minha vela Triton2 mandou muito bem no cerrado, continua sendo uma ótima opção na classe Sport. 

O melhor meio de transporte ! 

Após o vôo de 165km 

E o resgate no pé !!! Digo no SOL !!! 

 Decolando !!!

Esperando abertura das decolagens que sol forte !

Com a turma de Pirapora, nossa Van foi premiada !!!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

PWC Portugal - Prova 4 - Encerramento

Prova 4 PWC Portugal

Sábado, último dia de prova do PWC Portugal os ânimos estavam bons na equipe brasileira, afinal o Bigode em primeiro lugar e o Zé Guima em quarta posição já garantiam uma excelente posição.  Saladini subindo de posições novamente e o Malcher tirando o couro do Boomerang 9 , vela com performance inferior aos Enzos 2 em voga no momento.  Quando chegamos na rampa ainda estava de cauda o vento, mas a previsão se confirmou tanto no vento como num dia com menos inversão.  

José Guimarães foi entrevistado, já que virou uma celebridade local por ter ganho 2 provas seguidas no PWC, algo difícil para pilotos brasileiros.  Vale salientar que na primeira prova ele estava na frente de todos, já no planeio para o goal, porém devido as nuvens de tempestade próxima declarou no rádio nível 3 (condições de voo perigosas) e pousou, com isso abrindo mão de ganhar a primeira prova, sábia decisão conforme as palavras do piloto Donizete “Bigode” Lemos que comentou que as nuvens puxavam muito e foi muito difícil descer e pousar com segurança no goal. 

Prova de 121km marcada, e fomos nós para o azul novamente.  Demorei demais para decolar, e na abertura da janela ainda não estava bem posicionado, ou seja baixo... E com isso fiquei de cara para trás, só consegui subir bem mais a frente, pegando muitas velas no caminho, mas cometi um erro que custou caro na prova.  Fiquei muito baixo mais a frente antes da primeira cordilheira, e com isso fui me arrastando por muito tempo, com vento de 25km/h com térmicas bem cisalhadas.  Peguei bastante turbulência a baixa altura, mas fiquei feliz de não ficar muito incomodado, ou seja recobrei minha auto-confiança sem entrar em pânico em situações muito turbulentas, apenas estava bem ineficiente a subida pois próximo do chão estava difícil achar o centro das térmicas. 

Aí começou meu voo totalmente individual num céu completamente azul, com isso a média de velocidade caiu bastante, mas a base estava alta, 2500m e consegui me virar no azulão.   Prova com um zig zag, quando avistei o pelotão principal eles estavam no zag enquanto eu estava no zig ainda... Ou seja estava muito muito atrasado.   O dia foi ficando tarde, afinal havíamos saído para a prova as 14:30, e as 18:00 eu estava em pleno vôo sendo que os vencedores tinham pousado as 17:30... No vôo de cross a idéia é tentar fazer a maior distancia possível então fui pegando as térmicas cada vez mais fracas, sendo que a última decente foi ao redor das 18:30, eu pousei as 18:52, ou seja voei 5h, e fiquei a 7km do goal.  Fui sempre buscando as formações rochosas no solo, borda dos pequenos rios, morros e pequenas elevações de terreno.  Interessante como neste voo sem ter outros parapentes a volta fiquei muito mais atento aos detalhes do solo até porque não havia outra sinalização indicando as regiões de ascendentes.  Voei 4:57 no dia, com uma velocidade baixa, de 26km/h mostrando claramente que o fato de ter ficado muito baixo no início e depois ter descolado de outros parapentes diminui muito minha média.  

O voo foi delicioso, principalmente quando estava alto observando a belíssima paisagem Portuguesa, terreno relativamente plano, parecido com regiões do Brasil, riachos, muitos povoados enfim o visual que sempre nos atrai para o vôo sem motor.  Só neste ultimo dia que vi algumas aves voando, mas elas não são como nossos urubus, não fazem questão de subir muito ???  O ambiente português do voo livre foi muito bom, os pilotos locais muito bacanas e acolhedores.  Os resgateiros felizes por falarmos a língua portuguesa, e mesmo as brincadeiras das semelhanças e diferenças dos dois idiomas foram motivo de humor diário entre os pilotos brasileiros e portugueses.  Fiquei muito bem surpreendido e espero voltar em breve.  Ahh, para voar aqui tem que aprender a lidar com bastante vento em voo, as decolagens bem protegidas não requereram habilidade especial, mas durante o voo e alguns pousos, muita atenção.  Excelente cobertura de rede de celular na região, éramos buscados pelas vans apenas com o sinal do Flymaster, entregue para cada competidor.

Claro que a premiação foi uma festa Brasileira - Lusa, pois o pódio foi nosso: 
1. Donizete “Bigode” Lemos  (BRA)
2. Cláudio Virgilio (PRT)
3. José Guimarães (BRA)
8.     Rafael Saladini (BRA)
52.   Alexandre Malcher (BRA)
81.   Eu 
115. O último


E o assado suíno dentro do castelo de Linhares da Beira 

 A belíssima vista do castelo

Musica da idade média ao vivo e a cores ! 

Vencedoras !!!! 

Donizete Lemos em 1, Claudio Virgilio em 2, José Guimarães 3 

Pódio Luso Brasileiro

A nossa equipe BRAAAAAA

PWC Portugal - Prova 4 - Encerramento

Prova 4 PWC Portugal

Sábado, último dia de prova do PWC Portugal os ânimos estavam bons na equipe brasileira, afinal o Bigode em primeiro lugar e o Zé Guima em quarta posição já garantiam uma excelente posição.  Saladini subindo de posições novamente e o Malcher tirando o couro do Boomerang 9 , vela com performance inferior aos Enzos 2 em voga no momento.  Quando chegamos na rampa ainda estava de cauda o vento, mas a previsão se confirmou tanto no vento como num dia com menos inversão.  

José Guimarães foi entrevistado, já que virou uma celebridade local por ter ganho 2 provas seguidas no PWC, algo difícil para pilotos brasileiros.  Vale salientar que na primeira prova ele estava na frente de todos, já no planeio para o goal, porém devido as nuvens de tempestade próxima declarou no rádio nível 3 (condições de voo perigosas) e pousou, com isso abrindo mão de ganhar a primeira prova, sábia decisão conforme as palavras do piloto Donizete “Bigode” Lemos que comentou que as nuvens puxavam muito e foi muito difícil descer e pousar com segurança no goal. 

Prova de 121km marcada, e fomos nós para o azul novamente.  Demorei demais para decolar, e na abertura da janela ainda não estava bem posicionado, ou seja baixo... E com isso fiquei de cara para trás, só consegui subir bem mais a frente, pegando muitas velas no caminho, mas cometi um erro que custou caro na prova.  Fiquei muito baixo mais a frente antes da primeira cordilheira, e com isso fui me arrastando por muito tempo, com vento de 25km/h com térmicas bem cisalhadas.  Peguei bastante turbulência a baixa altura, mas fiquei feliz de não ficar muito incomodado, ou seja recobrei minha auto-confiança sem entrar em pânico em situações muito turbulentas, apenas estava bem ineficiente a subida pois próximo do chão estava difícil achar o centro das térmicas. 

Aí começou meu voo totalmente individual num céu completamente azul, com isso a média de velocidade caiu bastante, mas a base estava alta, 2500m e consegui me virar no azulão.   Prova com um zig zag, quando avistei o pelotão principal eles estavam no zag enquanto eu estava no zig ainda... Ou seja estava muito muito atrasado.   O dia foi ficando tarde, afinal havíamos saído para a prova as 14:30, e as 18:00 eu estava em pleno vôo sendo que os vencedores tinham pousado as 17:30... No vôo de cross a idéia é tentar fazer a maior distancia possível então fui pegando as térmicas cada vez mais fracas, sendo que a última decente foi ao redor das 18:30, eu pousei as 18:52, ou seja voei 5h, e fiquei a 7km do goal.  Fui sempre buscando as formações rochosas no solo, borda dos pequenos rios, morros e pequenas elevações de terreno.  Interessante como neste voo sem ter outros parapentes a volta fiquei muito mais atento aos detalhes do solo até porque não havia outra sinalização indicando as regiões de ascendentes.  Voei 4:57 no dia, com uma velocidade baixa, de 26km/h mostrando claramente que o fato de ter ficado muito baixo no início e depois ter descolado de outros parapentes diminui muito minha média.  

O voo foi delicioso, principalmente quando estava alto observando a belíssima paisagem Portuguesa, terreno relativamente plano, parecido com regiões do Brasil, riachos, muitos povoados enfim o visual que sempre nos atrai para o vôo sem motor.  Só neste ultimo dia que vi algumas aves voando, mas elas não são como nossos urubus, não fazem questão de subir muito ???  O ambiente português do voo livre foi muito bom, os pilotos locais muito bacanas e acolhedores.  Os resgateiros felizes por falarmos a língua portuguesa, e mesmo as brincadeiras das semelhanças e diferenças dos dois idiomas foram motivo de humor diário entre os pilotos brasileiros e portugueses.  Fiquei muito bem surpreendido e espero voltar em breve.  Ahh, para voar aqui tem que aprender a lidar com bastante vento em voo, as decolagens bem protegidas não requereram habilidade especial, mas durante o voo e alguns pousos, muita atenção.  Excelente cobertura de rede de celular na região, éramos buscados pelas vans apenas com o sinal do Flymaster, entregue para cada competidor.

Claro que a premiação foi uma festa Brasileira - Lusa, pois o pódio foi nosso: 
1. Donizete “Bigode” Lemos  (BRA)
2. Cláudio Virgilio (PRT)
3. José Guimarães (BRA)
8.     Rafael Saladini (BRA)
52.   Alexandre Malcher (BRA)
81.   Eu 
115. O último

domingo, 10 de julho de 2016

PWC Portugal Prova 3

Prova 3 - PWC Celorico da Beira
Após 2 dias sem voar pelo tempo ruim acordamos animados. Pela primeira vez neste evento fomos para a rampa de linhares da Beira, próxima da nossa cidade. Na rampa deu para ver 2 inversões bem marcadas, algo difícil de ser visualizado. Pelo menos durante o parawaiting lembrei do ótimo churrasco na casa dos pilotos portugueses na noite anterior, ótima companhia com boa carne e vinhos ótimos. Alugaram uma casa grande, moderna com piscina sem duvida uma ótima opção.
Com 2 inversões perfeitamente visíveis o dia estava um pouco estranho, cozinhamos na rampa durante um bom tempo esperando a melhora das condições. Prova de 101km marcada e lá fomos nós novamente. No início 70/90 parapentes na mesma fraca térmica. Mas o dia evoluiu bem, e já após a largada foram todos agressivamente para frente. Foram longos planeios com boas linhas de sustentação, e base a 2600m no azul, não consegui acompanhar os Fórmula 1s (Enzo 2), mas fiz a lição de casa direitinho e voei alto. As térmicas estavam bem espaçadas o que foi derrubando vários pilotos pelo caminho e atrasando muito outros. Consegui acelerar da forma que queria com as condições tranquilas do dia.
Planeio final com reserva e fiz meu primeiro goal em PWC na Europa. Terminei em 64 de 120, o que para mim foi ótima colocação, sendo que são poucas as velas Cs e Ds de 3 linhas. Foi um voo veloz para minha pessoa , 2h53 para 101km, 19 minutos atrás do vencedor. Nada se compara a excelente colocação dos outros Brasileiros, ZeGuimatador e o Bigode+Saladini que empataram em segundo lugar excelente colocações. Malcher com seu Boom9 também teve boa colocação.
A noite música medieval com comida no Castelo de Linhares da Beira com tradicional festa de fim de campeonato e uma vista sensacional dos povoados e hélices de energia éolica piscando no horizonte.





PWC Portugal Prova 3


segunda-feira, 4 de julho de 2016

PWC PORTUGAL - PROVA 1


Novamente fomos para Azinha, decolagem a 1h30 de Celorico da Beira, previsão de muita instabilidade que depois veio a se confirmar.  Decolei mais para o final mesmo, meio tenso porque estava um pouco turbulento.  Um pouco de dificuldade para subir alguns foram para o pouso, mas aos poucos fui subindo. A largada era 8km à frente com vento meio contra, e acabei indo para a prova após a janela estar aberta. Muita gente por perto mas agora com nível bem mais alto com a maioria das velas de 2 linhas.

Voei no início próximo do piloto inglês que estava com uma vela Spicy (Cayenne5 light). Com tantas velas mais rápidas foi bom ter alguém com desempenho similar próximo. Ficamos ambos um pouco baixos mas eu subi mais rápido e depois disso voei apenas com  Enzos a minha volta e a frente. Nuvens crescendo e vento forte mas estava rendendo bem o dia. E eis que escuto uma gritaria danada no rádio, colisão em voo e em seguida ambos pilotos descendo com reserva, um teve a vela completamente rasgada.  Ele levou uma fechada no meio da térmica girou e entrou no outro parapente por trás ... Vale salientar que deu para ver claramente que o piloto com o reserva Beamer estava descendo muito mais lentamente que o outro com o paraquedas redondo. Ainda bem que estavam ambos altos e tudo terminou bem. Mais um motivo para ficar muito esperto nas situações de muitas velas ao redor.

No último pilão antes do planeio final para o gol voei muito lento pois o vento tinha apertado um pouco mais, mas como estava acima de 2000m tinha bastante altura para buscar as térmicas. Virado o ponto, finalmente um bom vento de cauda para o goal.  Subindo na estrada de nuvens foi sem dúvida a parte mais fácil do voo.  Quando estava com 300m de reserva a poucos km da chegada a prova foi parada devido a um CB proximo é uma linha de nuvens pesadas. Estava a 2500m mal, aproei o vento para fugir das nuvens, e vi vários parapentes mais baixos fazendo o mesmo. Pousei no mesmo local que outros tinham acabado de pousar, fui bastante chacoalhado pelas térmicas misturadas com o vento, mesmo de Triton2 estava quase parado no ar.  

Dobrei rapidamente a vela junto com meia dúzia de franceses, escutando os trovões próximos,  pedi carona pra 2 senhoras que estavam a conversar comigo mas estava atrasadas e não quiseram dar "boleia" para nós . Resolvemos então seguir o conselho da Japonesa Keiko e caminhamos cerca de 1km para a pequena vila chamada de Pomar.

Levaram apenas 3 horas para nos resgatar, acho que um novo recorde de resgate furado em campeonatos.  E ainda ficamos num posto de gasolina esperando mais pilotos para encher o ônibus vintage.   Sistema de resgate deixando a desejar, a prova inclusive foi atrasada porque alguns pilotos não "couberam" nas vans.  Poderiam repensar um pouco ...

Bigode (Donizete Lemos) ficou em 2do lugar na prova ! Eu fiquei em 58 posição, ótimo para mim, a primeira das classes Sport e Serial (D). 


 As "cabeçudas" antes da decolagem

 Prova parada por um bom motivo...


 Caminhando para a aldeia de Pomar

Recepção calorosa na vila... 

Resgateiros papeando comigo no posto de gasolina 

El Ultra Possante e Temido Bus Vintage 

A bordo finalmente, após mais de 3h de espera


PWC Portugal 2016 - Celorico da Beira

Primeiro dia 

Chegamos na Serra da Estrela, Celorico da Beira (fala Celôrico) Portugal, mais 7 dias de campeonato, aqui bem menos vento e mais um pouco de Portugal que tem surpreendido como destino, pessoas simpáticas, tudo organizado, limpo, ensolarado e bons vinhos.  Claro que tive que sobreviver ao rally de automóvel com o Saladini voando raso a 150km/h com o pequeno e valente carrinho francês.

Então hoje foi um "parawaiting" animal, no primeiro dia da etapa Portuguesa do mundial de parapente. Andamos 1h30 para rampa em Manteigas mas o vento insistiu em ficar de cauda, não estava forte mas ainda direção errada.  Melhor papo do dia foi com o piloto Iraniano que teve de pagar €2000 para conseguir o visto de Portugal, se não pagasse seria 6 meses de espera para entrevista no consulado, patrícios ensinaram direitinho como fazer não ?  Mas outra história melhor ainda dele, foram os tiros de artilharia anti aérea de quando ele e entrou num espaço aéreo proibido no país dele. Explosões a volta dele, pousou, cadeia por 3 dias e ainda teve que pagar pelo custo dos tiros... Já pensou se a moda pega no Brasil ??? Nós que voamos 95% do tempo em espaço aéreo ilegal...









quarta-feira, 29 de junho de 2016

Campeonato Português - Provas 2 & 3

Prova 2
Desta vez fomos para a decolagem clássica, lado sul, olhando para Portugal e não para Espanha.  Novamente o vento estava um pouco forte, céu azul muito bonito, fizeram uma prova um pouco mais ousada 37km, com 8 pontos, ou seja um zig-zag danado.  Janela aberta, pessoal decolando e eis que muitos pilotos não conseguiam passar da altura da rampa.  Novamente estava difícil, e eu esperei para decolar pois tinha alguma esperança de melhora das condições.  Desta vez com muita paciência fiquei rodando as bolhas, e larguei para o primeiro pilão com muita cautela, poucos subiam bem a frente, e com muita paciência, voando entre 100 e 400 metros do topo da montanha, que é mais um platô bem largo fui chegando no ponto.  

Quem vai ?

A volta para o start na mesma cordilheira foi mais enrolada ainda, com muitos pilotos pousando e claro que o primeiro pelotão com suas máquinas de 2 linhas já bem a frente.  Fui batalhando bem, entrei no segundo ponto, e depois proa sul para a planície.  Tinha várias velas a minha volta, mas ninguém subia direito.  E foi praticamente um planeio com bolhas no meio do caminho até o chão. 

Entrega dos trackers e leitura dos voos

Serviu de consolo que apenas 7 chegaram no “golo” e desta vez a Japonesa levou o primeiro lugar, podem acompanhar os detalhes no blog dela http://asagirianiki.blog.fc2.com/blog-entry-182.html .  

Resgate impecável super veloz, como de praxe neste evento

Nem só de vôo ...

Prova 3
Prometiam que seria um dia muito melhor, proa marcada com vento de cauda para Mirandela a 62km da decolagem.  No Briefing explicaram que no início a base seria mais baixa, mas próximo a Chaves subiria para 3000m, e teríamos de ser cuidadosos para não passar o limite de 2.750m de altura válido para todo o território Português.  Todo espaço aéreo acima do FL095 neste país é controlado, já começo a entender um pouco nossa “herança portuguesa” na gestão restritiva do espaço aéreo brasileiro.   Antes de decolar dei uma cochilada, pois ficamos bastante tempo esperando debaixo da sombra das árvores.  No início os primeiros subiram melhor, uns 300m acima da rampa, mas depois todos começaram a ter dificuldades.  Lá fui eu pra nova merrecada, após a decolagem vi que meu tirante esquerdo estava torcido, mas com a vela Ikuma En-B isso não foi muito problema, além disso o “pod” da delete estava para dentro, enfim essa cochilada pré decolagem não me fez muito bem não… 

Pensei em pousar na rampa, mas o vento tinha aumentado novamente, e estava tudo bem, fiquei na térmica junto com mais uns 50 parapentes, brigando para subir.  Vale salientar que as decolagens aqui foram todas bem fáceis, com vento de frente, sem ser muito forte.  Largada aberta, tinha jogar para trás da montanha, mas não tinha altura suficiente para passar, então muita paciência para subir.  Quando finalmente fui levado para trás, encarei e fui… alguns parapentes quase pousaram no platô abaixo, eu estava mais alto e peguei mais uma térmica quase no sotavento da montanha.  Desta vez com vento de cauda todos animados com a previsão melhor, mas lá na frente via todo mundo baixo.  Fui escolhendo bem o caminho, e ainda peguei umas bolhas no caminho.  

Pouso impecável !

Quando estava a 10km do start já via muitos pousando, consegui pegar a primeira térmica no vale, mas subia como se fosse lift de montanha, o vento tinha aumentado muito.  Voei para trás várias vezes tentando subir nesta térmica rasgada, e até que consegui ganhar uns 300m, mas estava tenso, pois voar para trás significa estar bem no limite, e mais a frente tinha uma pequena serra sem opções de pouso. Como estou voando uma vela mais lenta que a esmagadora maioria fui pelo lado mais prudente.  Mesmo após ter subido um pouco não via como continuar, pus no caudal escolhi um ótimo terreno e fui perdendo altura no zig zag, até entrar na reta final e fazer um ótimo pouso.  Fiquei extremamente feliz de ter pousado, pois estava turbulento e fiquei inclusive sabendo que alguns pilotos tiveram alguns arranhões em pousos em locais piores...

Resgate veio me pegar no meio do campo onde pousei mesmo

De acordo com um piloto local, a razão do vento forte foi a compressão de vento devido à base baixa e estarmos a sotavento da montanha junto com potencial térmico Max do dia pelo horário.  Efeito vento bem mais forte que na decolagem e turbulência com rajadas de 40km/h , vento meteorológico de 20/25km/h mais as térmicas rasgadas de 20km/h.   Só sei que voar aqui em Trás-os-Montes nesta época do ano é mais Trás-os-Ventos mesmo, impressionante !!!! Até que parece ser um bom treinamento para voar em ventania.    A prova não valeu nada, pois somente 7 pilotos conseguiram passar a distância mínima da prova… 


Resgate entrou na plantação que eu estava, e todos fomos para o bar com um nome sensacional !

 E precisa de legenda ?


terça-feira, 28 de junho de 2016

Campeonato Português 2016 - Monte Alegre

 Portugal !!!!

Minha bagagem extraviada por alguns dias chegou no sábado de manhã em Lisboa e logo em seguida peguei o confortável "comboio" (trem) para o Porto, lá fui apanhado pelo Nuno da Flymaster que me deu carona.  Paramos num pequeno povoado para nos juntar a pilotos do Algarve e assistir a vitória de Portugal sobre a Croácia na Eurocopa de futebol 2016.


Fui para Monte Alegre, província de Trás os Montes a 170km ao NE da cidade do Porto na fronteira com a Espanha. A ideia era ter voado na Serra da Estrela, que possui melhor meteorologia porém, devido à exercícios militares da NATO, o espaço aéreo de toda parte leste do país foi fechado para atividades aerodesportivas.  Ao redor de 75 pilotos participam do Campeonato Português de Parapente, com cerca de 50% estrangeiros, alguns ja treinando para a etapa do mundial  PWC que será aqui próximo na semana que vem.



Inscrição efetuada, briefing de abertura no luxuoso auditório do centro esportiva do pequeno povoado de 10.000 almas demoramos bastante para subir a para decolagem. Na rampa as nuvens estávamos abaixo de nós, o vento norte trazia bastante umidade e com isso o dia demorou bastante para "arrancar". Fomos deslocados para a rampa norte e tudo foi atrasando, decolamos as 16:00 com largada 30min depois.  Claro que demorei a decolar e na abertura da janela ainda estava baixo, o vento estava muito forte tive dificuldades para subir. No contravento o progresso era pequeno, e as térmicas cisalhadas estava sempre próximas das gigantescas hélices geradoras de eletricidade. 



Por vezes tive receio de não conseguir descer para o vale para pousar e cada vez mais próximo das ameaçadoras hélices fiquei tenso. Quando peguei uma térmica melhorzinha, erroneamente passei por cima das hélices cruzando para sotavento das montanhas, voei numa linha de rotores com alguma sustentação, mas não progredi muito, e pousei praticamente parado no ar decido ao vento.



O pouso foi chato pois o vento estava forte, vegetação balançando bastante tive que acelerar para avançar um pouco, pousei quase parado num ótimo matagal.  Estava próximo da estrada de  asfalto principal, mas o meu celular português  ficou sem créditos e eu estava na Galícia (Espanha), logo o pacote de dados não funcionava.  Localizadores por satélite esquecido no hotel, escutava a fonia do resgate mas eles não me escutavam, depois de apertar muitos botões no meu pequeno rádio chinês Baofeng reverti a transmissão para High Power, aí sim consegui transmitir minha posição em coordenadas geográficas, resgate veio em menos de 30min. 

Maior distância voada foi de 30km, eu voei míseros 6km... sem comentários.  Deu tudo certo, e apesar da pequena distância fiquei feliz por estar um pouco mais confiante no vôo.

Ponto de onibus na Galícia (Espanha) onde fiquei esperando o resgate... 

Povoado de Pedrosa 

Outros pilotso reunidos esperando a partida do onibus para Monte Alegre

Islândia - The End

Churrasco de encerramento do campeonato

Eeee, terminou o campeonato Islandês, ótimo pelos cenários surrealistas de uma ilha com intenso movimento geológico,vulcões ativos, imensas capas de gelo e parca vegetação. Campeonato validado FAI2 , apesar da maior prova ter sido 30km, e o maior voo ao redor dos 20km.  Fizeram a lição de casa toda certinha, mas no total devo ter voado no máximo 1h30.   A turma de voo local é pequena mas muito bacana.




Diretor de provas/campeonato/meteorologia e churrasqueiro Agust Gudmudsson lendo os resultados

Hike and Fly ao lado da capital 

Visitei Reykjavik por 2 dias e no segundo já não havia muita coisa a visitar e eis que o piloto Halldór respondeu à mensagem do amigo Israelense Ira, e poucos minutos depois nos levou para um morro a 15min do centro da capital.  Já eram 17:00 mas nesta pequena ilha os horários durante o verão são totalmente relativos pois o sol nunca se põe, por algumas semanas, confundindo meu fuso horário Sul americano.


Os lindos cenários da Islândia que fazem valer a visita. Fomos depois para um segundo local, desta vez com mais alguns pilotos voando, e decolamos também mas o vento estava bem fraco e pousando as 21:00 encerrei a temporada voadora próxima do círculo polar ártico. Com certeza voltarei para uma visita mais demorada e dar a volta na ilha pela ring road.


Fiel ao estilo Hike & Fly estava feliz que ter levado a selete leve, todo meu conjunto pesava 12kg vs. 22kg da mochila tradicional, não conseguiria subir a pé com a mochila pesada


Visto da rampa, ao fundo a Igreja principal da capital, bem no centro da cidade

 De simplicidade Luterana gostei muito da Igreja

Única concessão ao despojamento e o bonito órgão

O foi foi curto, mas o pouso foi em mais um gramado bonito com as flores "Lupens" ao fundo

Islandês, Israelense e BR

E as paisagens Islandesas sempre tem alguma surpresa, aqui alguma brisa diferente entrando, sinalizada pelas nuvens de baixa altura

E as 2030 a ultima decolagem na rampa ao lado, neste pelo menos subimos de carro 


Com o movimeno "tartaruga" dos controladores de voo, filas e atrasos em todos os vôos, e claro que perdi minha conexão para Portugal