quarta-feira, 15 de abril de 2015

Baixo Guandu P3

Marcaram a subida para rampa mais cedo, 08:30, todos pensando que seria marcada uma prova de 100km, conforme os rumores diziam.  Mas ainda bem que foram mais conservadores e a prova do dia foi de 75km, que parecia totalmente possível.  Mas o dia estava bem diferente, umidade um pouco mais baixa significou céu azul o dia todo, sem o auxílio das nuvens mostrando as térmicas.  Além disso elas estavam mais distantes uma das outras, um dia mais técnico sem dúvida.  Já antes da largada vi um paraquedas reserva do tipo dirigível, não sei quem foi o piloto.  Parece que tivemos 3 reservas lançados no dia, com pilotos de várias nacionalidades. 

Antes da largada o céu estava bonito !

Decolei meio tarde, faltava 25 minutos para a largada, e foi uma correria para me posicionar, no último momento ainda consegui subir, e larguei médio, amanhã tentarei ser um dos primeiros a decolar, melhor esperar em voo mesmo que no chão, com o risco de vento atravessado, etc et all.    

Após a largada, e eu já ficando na retaguarda

Já na primeira esticada fomos para a ponta de umas montanhas, e tivemos que entrar um pouco num vale bem inclinado com cafezais e pouca opção de pouso, mas pelo vento e sol tinha que “brotar” térmicas, e foi isso mesmo que aconteceu.  Alguns pilotos que deram a volta pela esquerda acabaram atrasando um pouco, pois apesar de parecer mais seguro, não conseguiram aproveitar as melhores térmicas do dia (pelo menos para mim).  Atravessar o vale para o próximo ponto tive que prestar muita atenção no relevo, já que nuvens não haviam, e os pelotões da frente já estavam distantes e com isso os melhores pilotos, com certeza. 

Essa térmica foi ótima, mas o terreno embaixo um "pouco" ondulado

E agora rumo ao primeiro pilão depois de subir nessa região mais alta

No contravento tudo ficou complicado, pois além do vento o sol foi filtrado pelas nuvens altas, cirrus, que rapidamente enfraqueceram a potência das térmicas.   Apostei muito nas pedras grandes mas não subia muito, e com o vento de frente, o progresso foi muito lento.  Já próximo ao ponto vi muita gente pousando, fiquei baixo, fui com vento de cauda, na contramão, para tentar achar alguma térmica que me levasse para cima novamente.  Surfei em cima das pedras por um tempo, até que finalmente consegui subir a 1200m, mas no contravento fui quase para o chão novamente.  Fiquei nesta história durante muito tempo, mas não conseguia ir para o ponto de virada, mas tive a oportunidade de apreciar de perto os “pedrucos” deste vale que parece tirado de um filme dos Flinstones (Hanna Barbera) tamanha a beleza do lugar. 

As famosas pedras...

 Não parece o vale dos Flinstones ? Visual incrível mas sempre baixo...

Acabei pousando junto com ½ dúzia de pilotos ao lado da rodovia, sim hoje não teve caminhada de 1 hora, o que já foi ótimo !!!!!!  Venceu a prova o piloto Urs SCHOENAUER com 25.9km/h , o primeiro Brasileiro foi o Luis Tavares em 10 colocado.  Saladini e Frank pousaram no meio da prova, escorregando para 10 lugar, mas ainda teremos várias provas e descartes, avanti Brasil !!!

Trem de pouso baixado e travado !

Filmado pelo amigo Gustavo Crispy Blanco da Argentina um dos 3 reservas do dia, Boomerang 10, Enzo2 e este do Icepeak, a partir dos 15 segundos impagável a narração que mais parece de um jogo de futebol, o piloto pousou bem !


Um comentário:

Anônimo disse...

show de bola os relatos, vi na midia essa noticia de uma Japonesa que jogou o reserva não sei se foi esse do video

http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2015/04/atleta-japonesa-sofre-acidente-de-parapente-em-baixo-guandu.html