segunda-feira, 12 de junho de 2017

CASTELO DE VIDE PRIMEIRA PROVA



Primeiro dia do Campeonato, tivemos o briefing formal de segurança e procedimentos no auditório do hotel sede da competição.  Fomos para a rampa as 12:00, subida rápida totalmente asfaltada.   Um dia com bastante Cirrus na Serra do Mamede prometia alguma dificuldade, mas mesmo assim montaram a prova para Cáceres, em torno de 89 km com alguns pontos no caminho para manter todos em cima das estradas de “alcatrão”.  Decolagem foi um pouco atrasada, e afinal as 14:20 começaram a decolar, eu consegui decolar as 14:41, 1min após a largada, muito apertado tudo.  A rampa bem bagunçada, sem separação entre área de decolagem e velas abertas.  Poucos conseguiam passar de 200m acima da rampa, e lá fui eu a bordo da flamejante Zeno vermelha.  Ficamos uns 20 min tentando subir, todos os pilotos do campeonato.

Não temos como negar a origem de "Pedro" BR - PT

Quando conseguimos chega a 1200m, saímos em direção a Marvão, a ultima cidade Portuguesa antes da fronteira com  Espanha.  Mas eu não consegui chegar com altura para voar em cima da montanha, e já baixo fui para o vale procurando um pouso decente.  Como uma ultima cartada joguei em cima de uma elevação impousável, cheia de pedras, e consegui aos poucos subir.   Estava já preparado para pousar.  Mas num campo de “pedras” começou a desprender um pouco, e com um olho no único pouso bom da região, comecei a subir a 100m do chão, vento forte subia no esquema “carneirinho” mas subia, e aos poucos comecei a pensar que iria continuar voando.  Claro que vários parapentes entraram embaixo de mim, mas como estava mais alto, a 1500m fui em frente tinha uma triton azul que estava liderando a prova, mas logo a frente ele ficou baixo e pousou.  Eu peguei mais uma desta vez a 800m liderando todos.  Sem conhecer muito, fui em frente e o pelotão de Zenos um pouco atrás.  Desta vez esperei todos chegarem na minha altura para não voar sozinho no azulão, tempo ainda fraco com cirrus e vento.


Aos poucos o dia melhorou bem de 1400m de base fomos a quase 3000m , meio padrão isso o início do voo sempre difícil e uns 30km em direção W (Cáceres) a base sobe mais de 1000m, e tudo vai ficando mais fácil.  Voei bastante com a turma da frente, mas ¾ velas conseguiram engatar numa térmica melhor, e fiquei um pouco para trás.  E aí fiz a besteira do meu vôo.... Estava todo feliz faltando 500m para o planeio final voando entre 2400 e 2800 quando encontrei uma bombástica térmica. A 3050m lembrei que tinha limite de altura na Espanha de 3000m .... Fiz a primeira orelha na vela, mas continuava subindo... Esperei parar a subida, tirei as orelhas.  E comecei a rodar uma descendente de 2m/s para desconfigurar qualquer vantagem, desci até 2600m.   Fiquei bravo comigo, pois não tinha colocado no alarme de limite de espaço aéreo, e com o sofrimento do início do voo nem lembrava mais do assunto, erro de principiante mesmo.   Com essa descida e confusão fiquei um pouco fora da rota, até me recompor, mais 1 ou 2 velas me passaram. 

Briefing de segurança e abertura do evento

Aí o caminho para Cáceres foi fácil, tudo subia, uma hora já estava novamente a 2700m preocupado em não varar novamente o espaço aéreo.   O Flymaster me dava 700m de reserva e o Oudie zero... Fui ganhando altura no caminho, e cheguei no goal a 700m, ou seja muito alto mesmo, acho que em Portugal o Flymaster está afiado mesmo.  Poucas velas chegaram no goal, só o único Boomerang 11, Zenos e 1 King, que voou comigo grande parte do voo.   Apesar da furada do espaço aéreo, estava muito feliz de ter completado a prova de 90km nas difíceis condições iniciais.  Levei 4 horas para fazer essa distância !

 Fuso horário diferente, as 21:30 ainda claro, acabamos de chegar do resgate indo jantar na movimenada aldeia, com uma claridade incrível.  O "borrego" com arroz e salada estava ótimo
-->



Nenhum comentário: