quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Zapoltitic Prova 2

Prova 2

Todos os dias realizam um briefing as 09:00 no auditório do hotel, comentando o dia anterior, informações gerais muito bem conduzidas pelo inglês Jocky Sanderson.  Tudo é falado apenas em inglês, formato bom já que todos ficam bem acomodados sem torrar no sol.  

O caminho para rampa de Zapoltitic dura ao redor de 45 minutos, de Ciudad Guzman por estradas de asfalto esburacadas, e a subida da rampa que tem um desnível de quase 1000m leva mais um bom tempo.  A estrada de terra foi alargada para o campeonato e ainda tem muita poeira por causa do grande movimento de terra.   A bordo do possante Volkswagen Touareg do amigo Manuel a subida foi muito mais confortável do que nas vans do evento.

Definiram uma prova menor pois havia dúvidas sobre a meteorologia.  Como temos muitos pilotos iniciantes, resolveram dar maior oportunidade de mais pilotos no goal.  Mas já na decolagem vimos que o dia estava bem mais fraco, o piloto de duplo de Vale del Bravo não conseguiu manter-se em vôo.  Mas mesmo assim as decolagens prosseguiram e ficamos boiando na frente da rampa sem passar de 2300m (altura da rampa).  Alguns pousaram antes da largada, pois estava um pouco difícil de subir, tinha que ter um pouco de paciência.  Após a largada fomos ralando pelas montanhas até o primeiro ponto, e depois de volta para a serra da rampa.  Voamos baixo, encostamos na montanha abaixo da rampa para aos poucos subir novamente.  Foi um pouco difícil essa parte inicial do vôo, mas depois a base começou a subir e conseguimos voar um pouco mais alto, mas não passei de 2800m.   Desta vez tentando errar menos que no dia anterior.  Fui por cima das montanhas, os grandes grupos de parapentes que andavam lento não saíam da térmica mesmo enfraquecida.  Fui voando um pouco mais veloz e conseguir alcançar os pilotos que estava na frente da prova.  Porém um piloto conseguiu furar a segunda (ou terceira) camada de inversão e estava voando uns 1000m acima de todos no que parecia ser uma outra massa de ar.  Mas como ele foi um pouco conservador acabou vencendo a prova por poucos pontos.

No excelente gramado para dobrar a vela, após o pouso no arado

Fiz a lição de casa direitinho, seguindo o plano de voar nas montanhas, porém quando consegui mais altura 2 velas Zenos (iguais a minha) resolveram ir para a borda da cordilheira, enquanto o Quintanilla e o Gunnuscio que estava mais baixos a frente forçaram mais a direita para dentro do terreno elevado.  Em vez de seguir meu plano me deixei levar pelo conforto de ter as 2 velas ao meu lado.  Não foi uma decisão acertada, tive que girar  algumas térmicas fracas para depois chegar 450m acima do goal !!! 


O pouso era num arado gigante com fiação elétrica bem visível, o diretor de provas Jocky estava de pé no aradão com rádio na mão avisando da fiação a cada 2/3 minutos na frequência de  segurança.  Do outro lado da rua o campo de futebol do povoado local, e um excelente gramado para dobrarmos as velas.   O vencedor completou a prova de 50km em 1h37 eu cheguei 11 minutos depois.   

Hotel do campeonato de parapente, todos os dias com alguma vela aberta no estacionamento...

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