quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ultimo voo antes do PWC

No dia 6 de voo o tempo amanheceu super bonito, já que as 7:00 já estávamos no gramado fazendo aula de Yoga (ou Ioga ?) , conseguimos seguir a progressão do dia, entretanto começou entrar umidade mais tarde e isso mudou bem a expectativa do dia.   

Nosso táxi já tinha aprendido que não era necessário buzinar o tempo todo, aqui em média todos motoristas apertam a maldita a cada 10 segundos, acho que sem esse barulho não conseguem dirigir.  Claro que para desviar das pessoas, vacas, motos, buracos nas ruas e até mesmo dos outros carros a buzina ajuda, mas na subida para a rampa, bem menos cheia, não precisa o tempo todo. 

E 45 minutos depois estávamos na área da decolagem, papeamos com os conhecidos entre eles um piloto de duplo Holandês (acho) que voa com a esposa todos os dias com o duplo Kuat  vela Brasileira fabricada pela SOL e também com alguns outros pilotos que fomos conhecendo.  O que mais escutamos mesmo é russo, acho que mais da metade do pessoal que vem para Bir-Billing é deste país, apenas 6h de voo de Moscou.  Sempre temos que tomar muito cuidado, pois muitos deles tem pouca experiência e voam de forma estranha, enfim ainda estão aprendendo, o que com mais de 100 velas voando com base relativamente baixa pode ser um pouco desafiante.   

Voo do dia

Resolvemos voar juntos nesse dia, então logo depois da decolagem da Karina lá fui eu experimentar novamente os ares, vale salientar que a brisa aqui foi constante TODOS os dias praticamente da mesma direção, com velocidade ideal, ou seja decolagens muito fáceis e seguras.  Como muita umidade estava empilhando novamente na proa de NE, resolvemos ir para o lado SW, o mesmo que eu já havia ido no dia anterior.  Voei junto com a Karina, dando alguns toques para ela, pois ela ainda estava um pouco inseguro de sair para navegação.   Com minha vela para peso de 114kg e a dela tamanho small, acabava voando mais rápido, então tive que fazer algumas curvas de espera, para poder voar junto.  E acho que aos poucos ela conseguiu entender melhor a dinâmica do voo de montanha.  Ficou um pouco mais receosa quando estava no vale e levou um pequeno “front” que reabriu rapidamente, mas depois voltou para a montanha e começou a subir bem novamente.

Karina na sua primeira navegação aprendendo a voar perto das montanhas


Nós pilotos acostumados a voar nas planícies, sempre queremos ter muita altura em relação ao solo, como segurança, aqui funciona do contrário, enquanto estamos altos nos vales, tudo desce, as térmicas e o lift funcionam próximo a alta montanha, então se aproximar do solo é sinônimo de subir mesmo.  Muitas aves de rapina voando também nos ajudam a centrar melhor as térmicas das montanhas.  Eu nunca tinha fechado orelhas no meio do voo, mas foi a forma que encontrei para dar mais segurança para nossa pilota que andava um pouco insegura sobre a região.   Conseguimos fazer nosso objetivo, o pilão 360 que é um bom pouso no topo da motanha.  O Adnar com sua vela mais veloz fez todo esse percurso muito mais rápido a bordo do seu Peak3, a performance é totalmente diferente vs. o meu Chili3 (En-D vs. meu En-B) em compensação sofro menos com a turbulência que encontramos nos ares daqui.  Pousamos próximo da outra ponta da cidade, num local não oficial, foi uma boa experiência, achava que o terreno era plano, mas próximo ao pouso vi que eram terraços também, e a técnica é aterrissar ao longo paralelo aos degraus, para não descer batendo tudo. Nós pousamos razoavelmente bem mas vimos o show de outros no meio dos arbustos, caindo dos degraus e assim por diante, engraçado mesmo. 


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